Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
Depois de anunciar que não haveria manifestação oficial sobre a demissão de Maria Silvia Bastos Marques da presidência do BNDES, a Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto divulgou nota em que Temer manifesta seu “profundo agradecimento” à executiva. As coisas não foram bem assim como estão sendo contadas. Maria Silvia não tropeçou em um repentino problema pessoal que exigiu sua saída do cargo. Ela já estava na frigideira mas a informação corrente entre políticos governistas é a de que Temer antecipou sua saída tentando fazer um agrado aos empresários que vinham se queixando dela. O substituto, Paulo Rabello de Castro, já estava convidado e havia aceito o cargo quando Temer a chamou para uma conversa, na noite de anteontem.
No dia 7 passado Temer deu um prazo de três meses ao ministro Moreira Franco para encontrar um substituto para ela. Mas em sua desesperada busca de apoio e de um bote salva-vidas para continuar no cargo, decidiu fazer imediatamente este aceno ao empresariado descontente com a gestão austera de Silvia. Outro gesto inútil, outro tiro no pé, como no caso do chamado ao Exército para as ruas de Brasília. O empresariado não moverá palha em defesa de Temer e a saída de Maria Sílvia do BNDES está sendo vista com reserva por analistas, investidores e agentes do chamado mercado.
Maria Silvia, além da competência profissional, distingue-se também por aquela elegância holística, que vai da aparência às palavras e aos atos, mesmo quando a saia é justa. Ela divulgou sua carta aos funcionários do BNDES mas não o pedido formal de demissão, embora tenha tratado do assunto em encontro com Temer, que não estava na agenda dele e nem na dela. Ontem à noite, as coisas se precipitaram e o encontro foi marcado.
Não conheço os bastidores do caso mas pelo menos de políticos colhi a convicção de que Maria Silva foi descartada, antes da hora prevista, porque Temer achou que assim marcaria um ponto com os empresários. Temer é um presidente acuado e sem saída que vem dando tiros a esmo. Quase todos, acabam atingindo seu próprio pé.
No dia 7 passado Temer deu um prazo de três meses ao ministro Moreira Franco para encontrar um substituto para ela. Mas em sua desesperada busca de apoio e de um bote salva-vidas para continuar no cargo, decidiu fazer imediatamente este aceno ao empresariado descontente com a gestão austera de Silvia. Outro gesto inútil, outro tiro no pé, como no caso do chamado ao Exército para as ruas de Brasília. O empresariado não moverá palha em defesa de Temer e a saída de Maria Sílvia do BNDES está sendo vista com reserva por analistas, investidores e agentes do chamado mercado.
Maria Silvia, além da competência profissional, distingue-se também por aquela elegância holística, que vai da aparência às palavras e aos atos, mesmo quando a saia é justa. Ela divulgou sua carta aos funcionários do BNDES mas não o pedido formal de demissão, embora tenha tratado do assunto em encontro com Temer, que não estava na agenda dele e nem na dela. Ontem à noite, as coisas se precipitaram e o encontro foi marcado.
Não conheço os bastidores do caso mas pelo menos de políticos colhi a convicção de que Maria Silva foi descartada, antes da hora prevista, porque Temer achou que assim marcaria um ponto com os empresários. Temer é um presidente acuado e sem saída que vem dando tiros a esmo. Quase todos, acabam atingindo seu próprio pé.
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