Por Renato Rovai, em seu blog:
Mesmo sem ter conseguido emplacar dois dígitos nas pesquisas eleitorais até o momento, após governar o maior estado da federação por quase quatro mandatos, Alckmin parecia estar conseguindo empinar sua candidatura para uma ida segura ao segundo turno por alguns motivos. Não teve adversários internos no PSDB e por absoluta necessidade Serra e Aécio terão de apoiá-lo, mesmo que de forma discreta. O plano Huck parece ter sido deixado de lado. E Lula deve ter sua candidatura impedida. Se é que não estará preso durante o processo eleitoral.
Ou seja, a candidatura Alckmin seria a principal ao centro e levaria vantagem em um eventual segundo turno contra Bolsonaro ou mesmo contra um candidato mais à esquerda. Principalmente se viesse a conseguir apoio de boa parte do governo Temer tendo como vice o atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Mas o primeiro sinal de que isso pode não dar certo surgiu na recente pesquisa CNT-MDA. No cenário de voto espontâneo, Alckmin aparece com 1,4% e Álvaro Dias com 1,2%. Ou seja, absolutamente empatados e absolutamente nanicos. Mas o relevante é que Dias, que nunca foi candidato a presidente (Alckmin foi em 2006) e não governa o seu estado desde 1990, há quase três décadas, tem a mesma intenção que o atual governador de São Paulo.
Na pesquisa estimulada com Lula, Alckmin vai a 6,5% e Dias tem 3,3%. Sem Lula, no cenário com Haddad sendo o candidato do PT, Alckmin tem 8,7% e Álvaro Dias 4,1% .
Só esses dados já deveriam levar os estrategistas de Alckmin a uma reflexão. Se vier a ter alguma coisa de tempo de TV, Dias pode vir a criar problemas.
Mas há outros dois elementos que podem criar uma onda a favor para Dias. O futuro governador de São Paulo e candidato à reeleição, Márcio França (PSB), declarou que seu partido poderia apoiar Dias para presidente. E mais, mesmo que isso não viesse a acontecer, sinalizou que poderia fazer este movimento em voo livre.
Ao mesmo tempo o PRB, partido da Record e de boa parte das Igrejas evangélicas, acaba de anunciar que deve apoiar Dias.
E para quem não sabe, Álvaro Dias já é o preferido da ampla maioria dos promotores e procuradores lavajateiros e do casal Moro. Em sua página de internet a foto em destaque é essa que destaco no post, em que ele aparece ao lado de Rosângela Moro num evento onde garantiu a aprovação de um fundo de reserva para as Apaes numa comissão do Senado.
Ou seja, a candidatura do senador pelo Paraná parece estar atraindo parte da centro-direita que não vê em Alckmin um candidato empolgante ou confiável.
Até o momento Álvaro Dias está escondido. Tem aparecido pouco na mídia. Se vier a ter seu espaço ampliado tem potencial para passar Alckmin nas pesquisas. Isso abriria uma crise no PSDB e poderia fazer com que alguns partidos que hoje estão em dúvida sobre apoiar o tucano migrassem para o candidato do Podemos, lhe garantindo tempo de TV suficiente para se tornar um ator político real na disputa de outubro.
Álvaro Dias, com seu cabelo acaju, pode vir a ser o Macron que alguns setores procuravam. E pode se tornar, por exemplo, a opção de Marina para se oferecer como vice (este blogue não acredita em Marina candidata e acha que ela está a procura de um lugar de vice na chapa de alguém).
Não é exatamente simples que isso tudo aconteça, mas como há uma crise de opções, não se pode desprezar algo que mesmo não sendo novo, pareça. E mesmo sendo um velhaco na cena pública, este é o caso do senador pelo Paraná.
Mesmo sem ter conseguido emplacar dois dígitos nas pesquisas eleitorais até o momento, após governar o maior estado da federação por quase quatro mandatos, Alckmin parecia estar conseguindo empinar sua candidatura para uma ida segura ao segundo turno por alguns motivos. Não teve adversários internos no PSDB e por absoluta necessidade Serra e Aécio terão de apoiá-lo, mesmo que de forma discreta. O plano Huck parece ter sido deixado de lado. E Lula deve ter sua candidatura impedida. Se é que não estará preso durante o processo eleitoral.
Ou seja, a candidatura Alckmin seria a principal ao centro e levaria vantagem em um eventual segundo turno contra Bolsonaro ou mesmo contra um candidato mais à esquerda. Principalmente se viesse a conseguir apoio de boa parte do governo Temer tendo como vice o atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Mas o primeiro sinal de que isso pode não dar certo surgiu na recente pesquisa CNT-MDA. No cenário de voto espontâneo, Alckmin aparece com 1,4% e Álvaro Dias com 1,2%. Ou seja, absolutamente empatados e absolutamente nanicos. Mas o relevante é que Dias, que nunca foi candidato a presidente (Alckmin foi em 2006) e não governa o seu estado desde 1990, há quase três décadas, tem a mesma intenção que o atual governador de São Paulo.
Na pesquisa estimulada com Lula, Alckmin vai a 6,5% e Dias tem 3,3%. Sem Lula, no cenário com Haddad sendo o candidato do PT, Alckmin tem 8,7% e Álvaro Dias 4,1% .
Só esses dados já deveriam levar os estrategistas de Alckmin a uma reflexão. Se vier a ter alguma coisa de tempo de TV, Dias pode vir a criar problemas.
Mas há outros dois elementos que podem criar uma onda a favor para Dias. O futuro governador de São Paulo e candidato à reeleição, Márcio França (PSB), declarou que seu partido poderia apoiar Dias para presidente. E mais, mesmo que isso não viesse a acontecer, sinalizou que poderia fazer este movimento em voo livre.
Ao mesmo tempo o PRB, partido da Record e de boa parte das Igrejas evangélicas, acaba de anunciar que deve apoiar Dias.
E para quem não sabe, Álvaro Dias já é o preferido da ampla maioria dos promotores e procuradores lavajateiros e do casal Moro. Em sua página de internet a foto em destaque é essa que destaco no post, em que ele aparece ao lado de Rosângela Moro num evento onde garantiu a aprovação de um fundo de reserva para as Apaes numa comissão do Senado.
Ou seja, a candidatura do senador pelo Paraná parece estar atraindo parte da centro-direita que não vê em Alckmin um candidato empolgante ou confiável.
Até o momento Álvaro Dias está escondido. Tem aparecido pouco na mídia. Se vier a ter seu espaço ampliado tem potencial para passar Alckmin nas pesquisas. Isso abriria uma crise no PSDB e poderia fazer com que alguns partidos que hoje estão em dúvida sobre apoiar o tucano migrassem para o candidato do Podemos, lhe garantindo tempo de TV suficiente para se tornar um ator político real na disputa de outubro.
Álvaro Dias, com seu cabelo acaju, pode vir a ser o Macron que alguns setores procuravam. E pode se tornar, por exemplo, a opção de Marina para se oferecer como vice (este blogue não acredita em Marina candidata e acha que ela está a procura de um lugar de vice na chapa de alguém).
Não é exatamente simples que isso tudo aconteça, mas como há uma crise de opções, não se pode desprezar algo que mesmo não sendo novo, pareça. E mesmo sendo um velhaco na cena pública, este é o caso do senador pelo Paraná.
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