terça-feira, 19 de junho de 2018

A luta contra a privatização das refinarias

Do site da FUP:

A Federação Única dos Petroleiros ajuizou ação no Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (18), questionando a privatização das refinarias Landulpho Alves (RLAM), Abreu e Lima (RNEST), Alberto Pasqualini (REFAP) e Presidente Getúlio Vargas (REPAR), já anunciada pela Petrobrás, em abril deste ano, como “oportunidades de desinvestimento referentes à alienação de sua participação em refino e logística”, nomeando os pacotes de entrega como cluster Nordeste e cluster Sul, que juntos representam quase 40% de toda a capacidade de refino do Brasil. Destes, a empresa pretende vender 60% de sua participação acionária em cada uma.

A ação da FUP questiona os impactos sociais e trabalhistas da privatização, já que os direitos dos trabalhadores, minimamente, deveriam ser preservados, e nenhuma providência nesse sentido foi tomada pela gestão golpista. “A venda das refinarias, além de não se traduzir em qualquer espécie de investimento para a sociedade, deixa dúvidas sobre a geração de renda e empregos nas regiões atingidas. A alienação das refinarias, avaliada sob a ótica de sua expressividade, representará, portanto, prejuízos à União Federal e, consequentemente, à sociedade como um todo”.

No processo, a FUP pede a suspensão de qualquer transferência acionária, pela Petrobrás, das refinarias e dos seus sistemas integrados (dutos e terminais), assim como a apresentação do estudo técnico dos impactos socioeconômico e trabalhista sobre os empregados. “É urgente, portanto, um estudo sobre os impactos da transferência acionária das refinarias nos contratos de trabalho, analisando criteriosa e tecnicamente as formas de proteção ao emprego dos seus trabalhadores”.

Como descrito na inicial da ação, “as refinarias não são meros ativos em abstrato, mas são formadas de trabalhadoras e trabalhadores titulares do direito ao trabalho e à busca do pleno emprego”. Porém, a lógica de destruição da Petrobrás prossegue, e com pressa. Se puderem vender tudo durante a Copa do Mundo, o farão. Mas os petroleiros estão atentos ao país, enquanto a bola rola na Russia, tentam privatizar o Brasil. E não permitiremos!

2 comentários:

Unknown disse...

É notória a falta de competência revelada, até o presente momento, pelos nacionalistas, pelos indivíduos conscientes do papel estratégico da Petrobras e das reservas de petróleo representadas pelo Pré-sal, para impedir o processo de entrega desses recursos promovido por todos os agentes do golpe (e não apenas pelo governo golpista, mas também pela grande mídia, ruralistas, bancadas da bíblia e da bala, Poder Judiciário, etc). Comprovadamente, o enredo do GOLPE (ao qual pertence a trama da Lava-Jato) e seus protagonistas (entre eles partidos inteiros formados por entreguistas e TRAIDORES DA PÁTRIA, juízes, promotores, delegados da PF,generais, pastores pentescostais,MBL, "Vem pra rua", etc.)tinham como principal propósito a entrega de nossas reservas de petroleo e da Petrobras ao capital transnacional. Sendo esse, para mim, o principal objetivo do golpe, me soa extranho que toda responsabilidade pela resistência a esse crime de lesa-pátria tenha recaído nas costas da FUP. Em minha opinião, quando não se tem forças para travar todas as lutas que gostaríamos de realizar, deve-se eleger aquela que pode deflagrar um movimento virtuoso de acúmulo de forças, para que seja travada prioritariamente POR TODAS AS FORÇAS SOCIAIS E POLÍTICAS interessadas no objetivo dessa luta particular. Se isso já era válido antes da paralisação dos caminhoneiros, após esse movimento tornou-se mais pertinente ainda, abrindo-se uma janela de oportunidades para as forças nacionalistas conduzirem um amplo e vigoroso movimento de defesa da Petrobras e das reservas nacionais de petroleo. Entretanto, parte da esquerda não consegue enxergar nada além da palavra de ordem " Lula Livre",sucessora do "Fora Temer", que, por sua vez, sucedera a " Não vai ter golpe", todas encaminhadas nas ruas pelos militantes, tendo, contudo, revelado muito pouca capacidade de mobilizar os trabalhadores e o povo. No meio de nosso povo existe uma quantidade incalculável de novos lutadores, esperando que um movimento coerente, vinculado aos seus interesses o encontre, fazendo a sua consciência política despertar como, em algum lugar do passado, a consciência dos que somos conscientes foi também assim despertada. Uma reedição da campanha "O petróleo é nosso" teria grande capacidade reveladora da mesquinharia e sordidez que patrocinou o golpe. A luta principal na sociedade brasileira de nossos dias é a que opõe patriotas e traidores da pátria. Essa luta não é ECONOMICISTA, e tem grande interesse para o nosso povo. Não obstante, a cegueira economicista não admite que o homem comum, homem do povo, possa um dia protagonizar a História,defendendo ele mesmo, sem tutores e pretensos protetores,os seus próprios interesses, convertendo-se também em mais um de nós, participando ativamente da luta que travamos para transformar o Brasil em um país democrático,livre, soberano e socialista.

Unknown disse...

Digitar um comentário em um smartphone tela 4 dá um trabalho enorme. É praticamente inevitável cometer erros de pontuação ou ortográfico. Se os cometi, peço desculpas.