Por Laura Bécquer Paseiro, no blog Resistência:
Os governos progressistas em países como Argentina, Equador ou Brasil foram uma alternativa cujo ciclo chega ao seu fim?
Interrogações como esta marcam o debate sobre o papel da esquerda em um contexto regional dominado pelo retorno da direita.
Sociólogos como a argentina Paula Klachko afirmam categoricamente que ‘não existe tal fim de ciclo progressista na América Latina’. Em diálogo com a Prensa Latina, a pesquisadora social lamentou que se fale nesses termos usando um enfoque filosófico reducionista.
A coautora de ‘Desde abajo, desde arriba. De la resistencia a los gobiernos populares: escenarios y horizontes del cambio de época en América Latina’, reiterou que muitos defendem a ideia de que o progressismo governou amparado pelo alto preço dos commodities.
Os que falam de ‘fim de ciclo’ são certos intelectuais com um ar ‘progressista’, afirmou a pesquisadora, que argumentou que ‘a direita não perde tempo nisso, prefere nos ignorar’.
Klachko foi uma das participantes do terceiro seminário internacional ‘América Latina em disputa’, que reuniu de 7 a 9 de agosto na cidade boliviana de Santa Cruz destacados pensadores da região.
Nesse cenário, a socióloga argentina somou-se ao debate e comentou que, além de difundir o mito do fim de ciclo e a visão reducionista, os detratores do progressismo usam termos como ‘populista’ em uma tentativa de desmontar e desqualificar as grandes obras sociais criadas nos últimos anos.
Também tentam desprestigiar as lideranças indiscutíveis como as dos comandantes Fidel Castro e Hugo Chávez, ou perseguem através da justiça ex-governantes como o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, o equatoriano Rafael Correa e a argentina Cristina Fernández, ressaltou.
A professora universitária concordou com muitos de seus colegas ao denunciar a ‘tremenda ofensiva imperialista’ e a necessidade urgente de rearticular as forças políticas e aprender com os erros cometidos.
É necessário retificar os caminhos e aprender com os erros, valorizar nossos enormes acertos, nossa história de luta permanente e a importância de voltar à base dos movimentos sociais e políticos em cada um de nossos países, alertou.
Klachko sublinhou cada palavra de sua compatriota Stella Calloni, que também participou do seminário e denunciou que os Estados Unidos e seus aliados ‘descarregam nos povos uma operação de terrorismo ideológico e psicológico’.
Para isso, acrescentou, usam diferentes instrumentos de dominação como os meios de comunicação em massa, mudando as balas pela informação.
Na avaliação de Paula Klachko cometeram-se erros como ‘não investir mais na base destes processos, desconsiderar a participação popular ou desenvolver uma política de comunicação articulada, assim como não ferir os interesses do capital por medo da relação de força com o mesmo’.
Argumentou nesse sentido que a América Latina e o Caribe devem ter suas próprias instâncias de pensamento, reflexão e articulação para sair esclarecidos da batalha que se empreende na atualidade.
É por isso que são fundamentais encontros como o seminário de Santa Cruz porque mobilizam as diferentes realidades de cada país para a luta ante um inimigo comum, comentou.
Paula Klachko aposta por lutar desde as bases para gerar outras formas de vida, relações sociais, trabalhistas e reinventar assim o caminho.
A socióloga finalizou o diálogo apontando que a Bolívia emerge hoje como o farol na região e a esperança da mudança diante da arremetida direitista.
Aqui está se empreendendo a batalha central, a eterna disjuntiva da continuidade ou da interrupção de processos progressistas nos países que constituem a região latino-americana e caribenha, pontuou.
Os governos progressistas em países como Argentina, Equador ou Brasil foram uma alternativa cujo ciclo chega ao seu fim?
Interrogações como esta marcam o debate sobre o papel da esquerda em um contexto regional dominado pelo retorno da direita.
Sociólogos como a argentina Paula Klachko afirmam categoricamente que ‘não existe tal fim de ciclo progressista na América Latina’. Em diálogo com a Prensa Latina, a pesquisadora social lamentou que se fale nesses termos usando um enfoque filosófico reducionista.
A coautora de ‘Desde abajo, desde arriba. De la resistencia a los gobiernos populares: escenarios y horizontes del cambio de época en América Latina’, reiterou que muitos defendem a ideia de que o progressismo governou amparado pelo alto preço dos commodities.
Os que falam de ‘fim de ciclo’ são certos intelectuais com um ar ‘progressista’, afirmou a pesquisadora, que argumentou que ‘a direita não perde tempo nisso, prefere nos ignorar’.
Klachko foi uma das participantes do terceiro seminário internacional ‘América Latina em disputa’, que reuniu de 7 a 9 de agosto na cidade boliviana de Santa Cruz destacados pensadores da região.
Nesse cenário, a socióloga argentina somou-se ao debate e comentou que, além de difundir o mito do fim de ciclo e a visão reducionista, os detratores do progressismo usam termos como ‘populista’ em uma tentativa de desmontar e desqualificar as grandes obras sociais criadas nos últimos anos.
Também tentam desprestigiar as lideranças indiscutíveis como as dos comandantes Fidel Castro e Hugo Chávez, ou perseguem através da justiça ex-governantes como o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, o equatoriano Rafael Correa e a argentina Cristina Fernández, ressaltou.
A professora universitária concordou com muitos de seus colegas ao denunciar a ‘tremenda ofensiva imperialista’ e a necessidade urgente de rearticular as forças políticas e aprender com os erros cometidos.
É necessário retificar os caminhos e aprender com os erros, valorizar nossos enormes acertos, nossa história de luta permanente e a importância de voltar à base dos movimentos sociais e políticos em cada um de nossos países, alertou.
Klachko sublinhou cada palavra de sua compatriota Stella Calloni, que também participou do seminário e denunciou que os Estados Unidos e seus aliados ‘descarregam nos povos uma operação de terrorismo ideológico e psicológico’.
Para isso, acrescentou, usam diferentes instrumentos de dominação como os meios de comunicação em massa, mudando as balas pela informação.
Na avaliação de Paula Klachko cometeram-se erros como ‘não investir mais na base destes processos, desconsiderar a participação popular ou desenvolver uma política de comunicação articulada, assim como não ferir os interesses do capital por medo da relação de força com o mesmo’.
Argumentou nesse sentido que a América Latina e o Caribe devem ter suas próprias instâncias de pensamento, reflexão e articulação para sair esclarecidos da batalha que se empreende na atualidade.
É por isso que são fundamentais encontros como o seminário de Santa Cruz porque mobilizam as diferentes realidades de cada país para a luta ante um inimigo comum, comentou.
Paula Klachko aposta por lutar desde as bases para gerar outras formas de vida, relações sociais, trabalhistas e reinventar assim o caminho.
A socióloga finalizou o diálogo apontando que a Bolívia emerge hoje como o farol na região e a esperança da mudança diante da arremetida direitista.
Aqui está se empreendendo a batalha central, a eterna disjuntiva da continuidade ou da interrupção de processos progressistas nos países que constituem a região latino-americana e caribenha, pontuou.
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