Por Sergio Araújo, no site Sul-21:
Quer conhecer alguém? Repare nas atitudes e não nas palavras. Antes mesmo de assumir, Jair Bolsonaro dá mostras de que pretende ter um mandato com garantias de conclusão e até mesmo de continuidade. Cerca-se de ministros militares. Envia o filho para os EUA para se reunir com autoridades e empresários americanos. Recebe em sua residência o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton. E faz diversos acenos para agradar o presidente Donald Trump, como por exemplo, a transferência da embaixada brasileira para Jerusalém, críticas à política econômica da China e movimentos anti-Cuba (saída dos médicos cubanos).
Aliás, é bom lembrar que a aproximação efetiva entre Bolsonaro e Trump teve início na campanha eleitoral, quando Steve Bannon, marqueteiro e estrategista do hoje presidente norte-americano, foi procurado pelos filhos do ex-capitão, em encontros realizados nos EUA e no Brasil. Apesar da constatação da ingerência americana nas eleições brasileiras, paira no ar a dúvida sobre quem foi o(s) elo(s) de ligação entre os “times” Bolsonaro e Trump e que intenções moveram essa aproximação. Sim, ou alguém acredita que o apoio do presidente americano, um empresário conhecido por jogar pesado na busca dos seus interesses, foi um ato voluntarioso?
Mas o apoio pesado ao projeto representado por Jair Bolsonaro não limitou a ajuda externa. Outros segmentos de grande poder de indução social forram arregimentados, como as igrejas pentecostais, onde o fundamentalismo religioso deu vez ao messianismo político; os partidos e movimentos com feições de extrema-direita; os defensores do liberalismo-econômico, com destaque para as grandes empresas varejistas e para o agronegócio; o apoio de importantes lideranças das forças armadas e até mesmo de alguns setores da imprensa. Com todo esse respaldo, consolidou-se a máxima populista do “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, uma reedição contemporânea da antiga Tradição, Família e Propriedade (TFP).
A questão é o que Bolsonaro pretende com todo esse aparato de apoiadores? A primeira vista, parece ser a composição de um governo formado por afins. Ele passou boa parte de sua existência nos quartéis e, mesmo na reserva, manteve uma postura pessoal com feições militaristas. É evangélico e, por conseguinte, põe fé nos seus irmãos de credo e nas práticas religiosas por eles defendidas. É uma mistura de conservador nos costumes e liberal na economia, o que explica sua identificação com o republicano Donald Trump e com o economista Paulo Guedes, legítimo representante do liberalismo econômico forjado pela universidade americana de Chicago. Integrou o baixo clero da Câmara dos Deputados onde se destacou por manifestações ultraconservadoras e discriminatórias, natural portanto que se identifique com parlamentares desse meio.
Mas o que se destaca nesse cinturão de congêneres é a união de forças com potencial para viabilizar não apenas projetos legislativos e ações governamentais, mas servir de avalista para a manutenção do presidente em qualquer circunstância. E é esse “Exército Bolsonariano” que irá ditar os rumos do país pelos próximos quatro anos. A menos que haja fogo amigo, como foi aventado por Carlos Bolsonaro, que integra o grupo familiar do novo governo. O que não pode ser descartado, tendo em vista as belicosas divergências internas manifestadas diariamente nas redes sociais, antes mesmo do novo governo tomar posse. É ver para crer.
Quer conhecer alguém? Repare nas atitudes e não nas palavras. Antes mesmo de assumir, Jair Bolsonaro dá mostras de que pretende ter um mandato com garantias de conclusão e até mesmo de continuidade. Cerca-se de ministros militares. Envia o filho para os EUA para se reunir com autoridades e empresários americanos. Recebe em sua residência o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton. E faz diversos acenos para agradar o presidente Donald Trump, como por exemplo, a transferência da embaixada brasileira para Jerusalém, críticas à política econômica da China e movimentos anti-Cuba (saída dos médicos cubanos).
Aliás, é bom lembrar que a aproximação efetiva entre Bolsonaro e Trump teve início na campanha eleitoral, quando Steve Bannon, marqueteiro e estrategista do hoje presidente norte-americano, foi procurado pelos filhos do ex-capitão, em encontros realizados nos EUA e no Brasil. Apesar da constatação da ingerência americana nas eleições brasileiras, paira no ar a dúvida sobre quem foi o(s) elo(s) de ligação entre os “times” Bolsonaro e Trump e que intenções moveram essa aproximação. Sim, ou alguém acredita que o apoio do presidente americano, um empresário conhecido por jogar pesado na busca dos seus interesses, foi um ato voluntarioso?
Mas o apoio pesado ao projeto representado por Jair Bolsonaro não limitou a ajuda externa. Outros segmentos de grande poder de indução social forram arregimentados, como as igrejas pentecostais, onde o fundamentalismo religioso deu vez ao messianismo político; os partidos e movimentos com feições de extrema-direita; os defensores do liberalismo-econômico, com destaque para as grandes empresas varejistas e para o agronegócio; o apoio de importantes lideranças das forças armadas e até mesmo de alguns setores da imprensa. Com todo esse respaldo, consolidou-se a máxima populista do “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, uma reedição contemporânea da antiga Tradição, Família e Propriedade (TFP).
A questão é o que Bolsonaro pretende com todo esse aparato de apoiadores? A primeira vista, parece ser a composição de um governo formado por afins. Ele passou boa parte de sua existência nos quartéis e, mesmo na reserva, manteve uma postura pessoal com feições militaristas. É evangélico e, por conseguinte, põe fé nos seus irmãos de credo e nas práticas religiosas por eles defendidas. É uma mistura de conservador nos costumes e liberal na economia, o que explica sua identificação com o republicano Donald Trump e com o economista Paulo Guedes, legítimo representante do liberalismo econômico forjado pela universidade americana de Chicago. Integrou o baixo clero da Câmara dos Deputados onde se destacou por manifestações ultraconservadoras e discriminatórias, natural portanto que se identifique com parlamentares desse meio.
Mas o que se destaca nesse cinturão de congêneres é a união de forças com potencial para viabilizar não apenas projetos legislativos e ações governamentais, mas servir de avalista para a manutenção do presidente em qualquer circunstância. E é esse “Exército Bolsonariano” que irá ditar os rumos do país pelos próximos quatro anos. A menos que haja fogo amigo, como foi aventado por Carlos Bolsonaro, que integra o grupo familiar do novo governo. O que não pode ser descartado, tendo em vista as belicosas divergências internas manifestadas diariamente nas redes sociais, antes mesmo do novo governo tomar posse. É ver para crer.
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