Por João Guilherme Vargas Netto
Em um romance de Julio Verne um trem percorre as vastidões da Sibéria e dois jornalistas, sentados cada um em um lado do vagão, descrevem o que veem pelas janelas, duas paisagens completamente diferentes.
Analisando-se hoje a situação sindical no Brasil o mesmo fenômeno de contraposição e de estranhamento se manifesta.
Se a analisarmos olhando para Brasília, para o governo, para o Congresso Nacional e para as cúpulas dirigentes das centrais e das confederações, o que se vê é uma tripla iniciativa configurada pela PEC do deputado Marcelo Ramos, pelo projeto de lei do deputado Lincoln Portela e pelos trabalhos do GAET que, sob a batuta do famigerado Rogério Marinho, produzirá também uma proposta de novo arranjo para os sindicatos.
Esta é a paisagem vista de um lado do trem.
Mas olhando pela janela oposta, para a planície, o que se vê é o esforço de algumas direções e de algumas bases sindicais em enfrentarem no dia a dia a terrível situação porque passam os trabalhadores e os sindicatos.
São as campanhas salariais em curso com mobilizações, assembleias, negociações e greves, são as campanhas de sindicalização e ressindicalização, são as vitórias exíguas garantindo um ou outro direito ameaçado. A soma de tudo isto produz a realização da resistência.
Neste panorama adquire um peso simbólico extraordinário a greve dos petroleiros decretada para começar no sábado, dia 26. Unificando na ação as duas entidades mais representativas, a FUP e a FNP, as direções sindicais respaldadas pelas bases em assembleias durante toda a campanha salarial enfrentam a mais poderosa empresa brasileira, a Petrobrás, que atualmente se esmerou em se contrapor intransigentemente aos trabalhadores com as mais insidiosas manobras escudando-se nos desvarios da lei trabalhista celerada e até mesmo na Justiça do Trabalho.
Dessa greve dos petroleiros e de seus resultados depende em larga medida o futuro da ação sindical brasileira. E é exatamente por isso que eles e seus sindicatos e federações merecem o mais efetivo apoio de todo o movimento sindical, até mesmo daqueles que estão olhando pela outra janela do trem.
Em um romance de Julio Verne um trem percorre as vastidões da Sibéria e dois jornalistas, sentados cada um em um lado do vagão, descrevem o que veem pelas janelas, duas paisagens completamente diferentes.
Analisando-se hoje a situação sindical no Brasil o mesmo fenômeno de contraposição e de estranhamento se manifesta.
Se a analisarmos olhando para Brasília, para o governo, para o Congresso Nacional e para as cúpulas dirigentes das centrais e das confederações, o que se vê é uma tripla iniciativa configurada pela PEC do deputado Marcelo Ramos, pelo projeto de lei do deputado Lincoln Portela e pelos trabalhos do GAET que, sob a batuta do famigerado Rogério Marinho, produzirá também uma proposta de novo arranjo para os sindicatos.
Esta é a paisagem vista de um lado do trem.
Mas olhando pela janela oposta, para a planície, o que se vê é o esforço de algumas direções e de algumas bases sindicais em enfrentarem no dia a dia a terrível situação porque passam os trabalhadores e os sindicatos.
São as campanhas salariais em curso com mobilizações, assembleias, negociações e greves, são as campanhas de sindicalização e ressindicalização, são as vitórias exíguas garantindo um ou outro direito ameaçado. A soma de tudo isto produz a realização da resistência.
Neste panorama adquire um peso simbólico extraordinário a greve dos petroleiros decretada para começar no sábado, dia 26. Unificando na ação as duas entidades mais representativas, a FUP e a FNP, as direções sindicais respaldadas pelas bases em assembleias durante toda a campanha salarial enfrentam a mais poderosa empresa brasileira, a Petrobrás, que atualmente se esmerou em se contrapor intransigentemente aos trabalhadores com as mais insidiosas manobras escudando-se nos desvarios da lei trabalhista celerada e até mesmo na Justiça do Trabalho.
Dessa greve dos petroleiros e de seus resultados depende em larga medida o futuro da ação sindical brasileira. E é exatamente por isso que eles e seus sindicatos e federações merecem o mais efetivo apoio de todo o movimento sindical, até mesmo daqueles que estão olhando pela outra janela do trem.
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