Por Fernando Brito, em seu blog:
Onde está Queiroz?
Onde sempre esteve, cuidando de nomeações de cupinchas para Flávio Bolsonaro, agora “terceirizadas”, em gabinetes de políticos que “fazem fila” no gabinete do filho-senador, talquei.
O escândalo do dia é o áudio obtido pela repórter Juliana Dal Piva, de O Globo, especializada em falcatruas da família imperial, digo, presidencial.
Nele, o ex-assessor do “Filho 01” mostra que ainda continua, informalmente no cargo de agente-laranja do político:
Tem mais de 500 cargos lá, cara, na Câmara e no Senado. Pode indicar para qualquer comissão ou, alguma coisa, sem vincular a eles (família Bolsonaro) em nada, em nada.
20 continho aí para gente caía bem para c***, meu irmão, entendeu?
Não precisa vincular ao nome. Só chegar lá e, pô cara, o gabinete do Flávio faz fila de deputados e senadores, pessoal para conversar com ele, faz fila.
Só chegar lá e, pô meu irmão, nomeia fulano aí para trabalhar contigo aí, salariozinho bom desse aí, cara, para a gente que é pai de família, cai como uma uva.
Aqui, para quem quiser escutar:
Ou seja, para ficarem amigos do “príncipe”, deputados e senadores abrigariam, nos cargos para os quais podem indicar, os recrutados por Queiroz para os esquemas políticos da familícia, com a vantagem que será “sem vincular a eles”
Queiroz, procurado pelo jornal, admite que tem influência, ou melhor “algum capital político” junto a Flávio. Este, por sua vez, manda dizer pelo advogados que “pode ser qualquer um falando ali” e que não conversa com Queiroz há meses.
Fica bem claro, porém, que Fabrício não pode estar prometendo cargos sem poder indicar, porque a receita da “rachadinha” é justamente abocanhar parte dos vencimentos dos nomeados, para ele próprio e para a “chefia”.
Quando todos achavam que o ex-PM estava politicamente morto, esquecido após o engavetamento da ação contra Flávio, ele “levanta” e vem cuidar da salada de frutas, juntando caindo como uma “uva” nos bagaços das laranjas.
E, neste momento, caindo como uma luva, para usar a expressão certa, na briga dos bivaristas contra os filhotes pelo controle dos muitos “vinte continhos” do Fundo Partidário.
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