terça-feira, 31 de março de 2020

Petardo: O pronunciamento do farsante na TV

Por Altamiro Borges

Bolsonaro é um farsante. Em mais um pronunciamento em cadeia nacional de TV, o "capetão" falou que está preocupado com o "camelô, o ambulante, o vendedor de churrasquinho, a diarista...". Logo ele que golpeou os aposentados na "reforma" da Previdência, que ampliou a terceirização e já fez tantas maldades.

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Bolsonaro nunca deu bola para os trabalhadores informais e os excluídos. Ele só se preocupa com a família – a dele. Uma de suas primeiras medidas foi expulsar os médicos cubanos que atendiam milhares de brasileiros. Ele também cortou drasticamente as verbas para a saúde pública. Sempre foi um inimigo do SUS.

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Quando o coronavírus já causava centenas de mortes pelo mundo, o "capetão" disse que era só uma "gripezinha". Depois, apresentou um projeto que suspendia por quatro meses o salário do trabalhador e concedia uma merreca de R$ 200 aos informais. Agora faz demagogia na TV. Farsante! Verme!

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Mas o povo está despertando. Até muitos que votaram no "capetão", iludidos com suas mentiras, hoje já batem panelas e gritam "Bolsonaro assassino". Durante seu pronunciamento na TV, ocorreu mais um "barulhaço". Foi o 15º dia consecutivo de protestos em todo o país. E bem mais barulhento!

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Nem as redes sociais aguentam as bizarrices macabras do "capetão". Segundo relata o site brasileiro da BBC de Londres, "após Twitter, Facebook e Instagram excluem vídeo de Bolsonaro por 'causar danos reais às pessoas'". De fato, Bolsonaro mata! O presidente nativo faz mal à saúde.

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Um porta-voz confirmou à BBC que "Facebook e Instagram optaram por excluir vídeo em que o presidente conversava com vendedor ambulante em Taguatinga (DF). 'Removemos conteúdo que viole nossos padrões, que não permitem desinformação que possa causar danos reais às pessoas'".

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Ainda segundo a BBC, "a decisão do Facebook acontece no dia seguinte a exclusão de dois vídeos de Bolsonaro pelo Twitter... A empresa declarou que as postagens violaram as regras de uso da plataforma por potencialmente 'colocar as pessoas em maior risco de transmitir covid-19'".

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Em sessão por videoconferência, Senado aprovou nesta segunda-feira projeto que prevê o pagamento de auxílio de R$ 600 para os trabalhadores informais. Já apelidado de ‘coronavoucher’, o auxílio segue para sanção do genocida Bolsonaro. Quem tem fome tem pressa, "capetão" da morte!

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Pelo projeto elaborado na Câmara e aprovado no Senado, serão contemplados com R$ 600 os trabalhadores informais e autônomos e também microempreendedores individuais, os MEI que não recebam aposentadoria ou seguro-desemprego. A ajuda é urgente-urgentíssima, viu "capetão da morte"!

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O temor é de que Bolsonaro, partidário da morte, retarde o pagamento desse auxílio. Até ex-bolsonaristas criticam a sua lentidão. Para o senador Major Olímpio (PSL-SP), ele é "bom de iniciativa, mas não de terminativa... Precisamos de mais ações para injetar na veia o dinheirinho”.

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Enquanto o insano BolsoNero passeia pelas ruas de Brasília, dá abraços e tira selfies, a Itália anunciou nesta semana a prorrogação até 12 de abril da sua quarentena nacional. O país europeu tem o maior número de mortes do mundo, com mais de 11.500 óbitos. Sabe o peso da irresponsabilidade!

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Já nos EUA, motivo de paixão do antipatriótico Bolsonaro e dos bolsominions, Donald Trump finalmente recuou e decidiu que o confinamento será mantido até fim de abril. De cada quatro ianques, três estão em quarentena devido ao coronavírus – mais de 225 milhões estão em casa no país.

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Talvez o "capetão" queira aproveitar o caos provocado pelo coronavírus para seguir a trilha do seu ídolo Viktor Orbán. O premiê húngaro baixou lei emergencial que amplia seus poderes. O fascista governará por decreto, podendo fixar pena de até cinco anos de prisão a seus críticos.

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O risco de uma nova regressão fascista foi reforçado pela nota do Ministério da Defesa sobre os 56 anos do golpe militar de 31 de março de 1964. A infame "ordem do dia" afirma que a ditadura – que torturou, matou, censurou e cometeu outros crimes – foi “um marco para a democracia brasileira”.

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