Por Bepe Damasco, em seu blog:
1) O verdadeiro amigo do peito de Queiroz não é o senador Flávio Bolsonaro, mas sim o presidente Jair. Foi o pai quem apresentou Queiroz ao filho. Além de ocupar, junto com sua mãe, cargo comissionado no gabinete do então deputado na Alerj, a filha de Queiroz também foi nomeada por Bolsonaro para função de confiança na Câmara dos Deputados. O cheque depositado por Queiroz na conta da primeira-dama Michele diz muito sobre o grau de intimidade entre o miliciano e o presidente.
2) Frederick Wassef é bem mais do que advogado de Flávio e de seu pai. Homem de confiança da família, transita pelos palácios do Planalto e Alvorada a qualquer hora do dia ou da noite.
3) A alcunha de “anjo” não coube a Wassef por acaso. Militante de extrema direita do tipo raiz, ele é fechado com a turma do gabinete do ódio. Midiático, não perde um holofote. No caso da suposta facada sofrida pelo então candidato, colecionou calúnias contra o PSOL e o PT, o que lhe custou inclusive um processo da presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Bolsonaro é acusado de interferência na Polícia Federal? Lá está o advogado a defendê-lo na TV. O chefe ataca as instituições e ameaça a democracia? O “anjo” aparece na mídia para passar pano.
4) Há um erro importante de foco nas manchetes dando conta do escândalo que significa um sujeito acusado de ter cometido vários crimes se esconder justamente no casa do advogado de Flávio, fato agravado por Wassef ter mentido em várias entrevistas anteriores, nas quais afirmou que não sabia onde estava Queiroz. O buraco é mais embaixo: na verdade, a obstrução da justiça partiu de um operador jurídico e político do presidente da República.
5) Bastam não mais do que dois neurônios para ligar os pontos. Quem tem poder de mando no clã mafioso Bolsonaro é o velho Jair. Ninguém preza mais a hierarquia do que essas “famíglias”. Tudo leva a crer, portanto, que a ordem para Wassef receber Queiroz em Atibaia foi dada pelo poderoso chefão.
6) Se Queiroz está para Jair Bolsonaro, 01, 02, 03 e 04 assim como PC Farias esteve para Collor, por que, além das rachadinhas na Alerj, da loja de chocolate e dos inúmeros imóveis adquiridos por Flávio, não entra no radar da mídia e dos investigadores o patrimônio imobiliário do presidente, também incompatível com seus rendimentos dos últimos 30 anos ?
7) Nesta quinta-feira (18), dia em que a casa caiu para Queiroz, foram exibidas várias imagens na TV com Bolsonaro se contradizendo. Primeiro, diante do gado bolsonarista, em frente ao Alvorada, se refere a Wassef como seu advogado. Depois, na live semanal, nega que o anfitrião de Queiroz seja seu advogado. Embora seja do conhecimento público que Bolsonaro é um mentiroso contumaz, um mitômano que constrói uma realidade paralela, a imprensa, se não fosse a piada que é no Brasil, não abordaria com naturalidade algo dessa gravidade.
8) As fortes evidências de envolvimento do presidente em toda essa trama seriam, por óbvio, o fio condutor da cobertura de veículos de comunicação menos sabujos e dispostos a trazer à tona a verdade.. No Brasil do oligopólio midiático, porém, verifica-se um “comovente“ esforço para limitar a patranha a Flávio Bolsonaro, Queiroz e Wassef.
1) O verdadeiro amigo do peito de Queiroz não é o senador Flávio Bolsonaro, mas sim o presidente Jair. Foi o pai quem apresentou Queiroz ao filho. Além de ocupar, junto com sua mãe, cargo comissionado no gabinete do então deputado na Alerj, a filha de Queiroz também foi nomeada por Bolsonaro para função de confiança na Câmara dos Deputados. O cheque depositado por Queiroz na conta da primeira-dama Michele diz muito sobre o grau de intimidade entre o miliciano e o presidente.
2) Frederick Wassef é bem mais do que advogado de Flávio e de seu pai. Homem de confiança da família, transita pelos palácios do Planalto e Alvorada a qualquer hora do dia ou da noite.
3) A alcunha de “anjo” não coube a Wassef por acaso. Militante de extrema direita do tipo raiz, ele é fechado com a turma do gabinete do ódio. Midiático, não perde um holofote. No caso da suposta facada sofrida pelo então candidato, colecionou calúnias contra o PSOL e o PT, o que lhe custou inclusive um processo da presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Bolsonaro é acusado de interferência na Polícia Federal? Lá está o advogado a defendê-lo na TV. O chefe ataca as instituições e ameaça a democracia? O “anjo” aparece na mídia para passar pano.
4) Há um erro importante de foco nas manchetes dando conta do escândalo que significa um sujeito acusado de ter cometido vários crimes se esconder justamente no casa do advogado de Flávio, fato agravado por Wassef ter mentido em várias entrevistas anteriores, nas quais afirmou que não sabia onde estava Queiroz. O buraco é mais embaixo: na verdade, a obstrução da justiça partiu de um operador jurídico e político do presidente da República.
5) Bastam não mais do que dois neurônios para ligar os pontos. Quem tem poder de mando no clã mafioso Bolsonaro é o velho Jair. Ninguém preza mais a hierarquia do que essas “famíglias”. Tudo leva a crer, portanto, que a ordem para Wassef receber Queiroz em Atibaia foi dada pelo poderoso chefão.
6) Se Queiroz está para Jair Bolsonaro, 01, 02, 03 e 04 assim como PC Farias esteve para Collor, por que, além das rachadinhas na Alerj, da loja de chocolate e dos inúmeros imóveis adquiridos por Flávio, não entra no radar da mídia e dos investigadores o patrimônio imobiliário do presidente, também incompatível com seus rendimentos dos últimos 30 anos ?
7) Nesta quinta-feira (18), dia em que a casa caiu para Queiroz, foram exibidas várias imagens na TV com Bolsonaro se contradizendo. Primeiro, diante do gado bolsonarista, em frente ao Alvorada, se refere a Wassef como seu advogado. Depois, na live semanal, nega que o anfitrião de Queiroz seja seu advogado. Embora seja do conhecimento público que Bolsonaro é um mentiroso contumaz, um mitômano que constrói uma realidade paralela, a imprensa, se não fosse a piada que é no Brasil, não abordaria com naturalidade algo dessa gravidade.
8) As fortes evidências de envolvimento do presidente em toda essa trama seriam, por óbvio, o fio condutor da cobertura de veículos de comunicação menos sabujos e dispostos a trazer à tona a verdade.. No Brasil do oligopólio midiático, porém, verifica-se um “comovente“ esforço para limitar a patranha a Flávio Bolsonaro, Queiroz e Wassef.
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