Editorial do site Vermelho:
O país ultrapassou a triste e trágica marca de 50 mil mortes pela Covid-19, bem como a de mais de um milhão de infectados. Diante desses números, que encerram tanta tristeza, luto e dor, o presidente da República, Jair Bolsonaro, não se dignou a sequer emitir uma nota de consolo, de pesar, às famílias enlutadas.
Não disse uma palavra sobre o que o seu governo fez ou pretende fazer para conter a pandemia que, segundo as autoridades sanitárias, ainda está num estágio elevado de disseminação e letalidade.
O presidente, que no passado ocupou cadeia de rádio e televisão para dizer que a pandemia era uma “gripezinha” e pregar contra o isolamento social, poderia ter feito pelo menos um pronunciamento sobre essa tragédia. Mas ele estava ocupado com a defesa de Fabrício Queiros, figura de quem é amigo íntimo, preso por crimes que teriam sido cometidos quando fora do gabinete do filho do presidente, o então deputado estadual e hoje senador do Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro.
Bolsonaro também estava ocupado em dar fuga com passaporte diplomático ao ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito das fake news e que participou de manifestações que pediam medidas para a implantação de um Estado autoritário.
Na defensiva e encalacrado com tantas denúncias, o presidente se cala momentaneamente e procura uma trégua com o STF e os órgãos de controle do Estado. Enviou três ministros a São Paulo em missão de paz para ter audiência com o ministro do Supremo, Alexandre de Moraes.
Essa trégua é algo difícil. Bolsonaro tem uma trajetória política, que passa pela campanha eleitoral e pelo exercício da Presidência da República, como a expressão da extrema direita, do neofascismo, com ameaças permanentes ao regime democrático. Acreditar que ele possa abdicar do seu projeto golpista, empreendendo uma metamorfose para se transformar em democrata, ou tirano arrependido, é um desatino.
Seu movimento de trégua não tem credibilidade alguma entre os interlocutores dos demais Poderes da República. A prova disso é que enquanto ele esteve relativamente calado nos últimos dias seus apoiadores saíram às ruas no domingo (21) com as mesmas bandeiras golpistas e criminosas de sempre.
É impossível, ademais, um acordo à margem da Constituição e do ordenamento civil e penal do país, aos quais todos estão submetidos. As acusações de crimes que pesam contra Bolsonaro precisam ser investigadas, julgadas e, se comprovadas, punidas. Não tem como passar uma borracha em tudo o que envolve Bolsonaro e seu clã.
Há ainda os números da tragédia da pandemia do coronavírus, com uma parte considerável de mortes e contaminações que poderia ser evitada se o presidente cumprisse com o seu dever. E há também a quebradeira de empresas, gerando recorde de desemprego, por exclusiva irresponsabilidade do governo ao se negar a pôr o Estado a serviço do socorro da economia nacional.
Com esses dados, entende-se por que o presidente está relativamente mudo nesse momento tão crítico. Ele, ao longo do exercício do cargo que ocupa no Palácio do Planalto, vem se enforcando nas cordas da sua própria irresponsabilidade e dos crimes de que ele e seu clã são acusados. Sua metamorfose de serpente em pomba da paz não passa de mais uma de suas falsas promessas para tentar enganar incautos.
O país ultrapassou a triste e trágica marca de 50 mil mortes pela Covid-19, bem como a de mais de um milhão de infectados. Diante desses números, que encerram tanta tristeza, luto e dor, o presidente da República, Jair Bolsonaro, não se dignou a sequer emitir uma nota de consolo, de pesar, às famílias enlutadas.
Não disse uma palavra sobre o que o seu governo fez ou pretende fazer para conter a pandemia que, segundo as autoridades sanitárias, ainda está num estágio elevado de disseminação e letalidade.
O presidente, que no passado ocupou cadeia de rádio e televisão para dizer que a pandemia era uma “gripezinha” e pregar contra o isolamento social, poderia ter feito pelo menos um pronunciamento sobre essa tragédia. Mas ele estava ocupado com a defesa de Fabrício Queiros, figura de quem é amigo íntimo, preso por crimes que teriam sido cometidos quando fora do gabinete do filho do presidente, o então deputado estadual e hoje senador do Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro.
Bolsonaro também estava ocupado em dar fuga com passaporte diplomático ao ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito das fake news e que participou de manifestações que pediam medidas para a implantação de um Estado autoritário.
Na defensiva e encalacrado com tantas denúncias, o presidente se cala momentaneamente e procura uma trégua com o STF e os órgãos de controle do Estado. Enviou três ministros a São Paulo em missão de paz para ter audiência com o ministro do Supremo, Alexandre de Moraes.
Essa trégua é algo difícil. Bolsonaro tem uma trajetória política, que passa pela campanha eleitoral e pelo exercício da Presidência da República, como a expressão da extrema direita, do neofascismo, com ameaças permanentes ao regime democrático. Acreditar que ele possa abdicar do seu projeto golpista, empreendendo uma metamorfose para se transformar em democrata, ou tirano arrependido, é um desatino.
Seu movimento de trégua não tem credibilidade alguma entre os interlocutores dos demais Poderes da República. A prova disso é que enquanto ele esteve relativamente calado nos últimos dias seus apoiadores saíram às ruas no domingo (21) com as mesmas bandeiras golpistas e criminosas de sempre.
É impossível, ademais, um acordo à margem da Constituição e do ordenamento civil e penal do país, aos quais todos estão submetidos. As acusações de crimes que pesam contra Bolsonaro precisam ser investigadas, julgadas e, se comprovadas, punidas. Não tem como passar uma borracha em tudo o que envolve Bolsonaro e seu clã.
Há ainda os números da tragédia da pandemia do coronavírus, com uma parte considerável de mortes e contaminações que poderia ser evitada se o presidente cumprisse com o seu dever. E há também a quebradeira de empresas, gerando recorde de desemprego, por exclusiva irresponsabilidade do governo ao se negar a pôr o Estado a serviço do socorro da economia nacional.
Com esses dados, entende-se por que o presidente está relativamente mudo nesse momento tão crítico. Ele, ao longo do exercício do cargo que ocupa no Palácio do Planalto, vem se enforcando nas cordas da sua própria irresponsabilidade e dos crimes de que ele e seu clã são acusados. Sua metamorfose de serpente em pomba da paz não passa de mais uma de suas falsas promessas para tentar enganar incautos.
0 comentários:
Postar um comentário