Por Altamiro Borges
Marcada para 1º de julho, a greve dos entregadores de aplicativo (APP) merece toda a solidariedade das forças que lutam contra a precarização do trabalho. A jovem categoria, formada por dezenas de milhares de trabalhadores sem direitos, reivindica aumento no valor mínimo por entrega e no pagamento das corridas e que as empresas arquem com os custos dos equipamentos de proteção individual (EPIs).
Diante da pandemia do coronavírus, ela também cobra licença remunerada dos contaminados. A pauta ainda inclui o fim das regras e do sistema de pontuação, que levam trabalhadores a serem penalizados e excluídos das plataformas indevidamente e sem chance de revisão; o seguro contra roubo e acidentes.
Outra exigência é a do vale-refeição. “Não dá pra gente trabalhar, carregando comida nas costas, com fome. Isso mexe com o psicológico. A nossa luta é para fazer que os aplicativos garantam café da manhã, almoço, lanche da tarde, janta e lanche da madrugada ao entregador que trabalhar nesses períodos”, afirma Paulo Roberto da Silva Lima, o Galo, uma das jovens lideranças da categoria.
Ausência de representação sindical
Como informa a Rede Brasil Atual, os entregadores por APPs ainda não possuem representação sindical. “Por prestarem serviço sem carteira assinada, eles não são representados pelo sindicato dos motofretistas, os motoboys. Mas o Sindicato dos Mensageiros Motociclistas de São Paulo (SindimotoSP) apoia a mobilização”.
O presidente da entidade, Gerson Silva Cunha, afirma que há legislações federais, estaduais e municipais que regulamentam os direitos e deveres das empresas e dos entregadores. “No entanto, corporações como iFood, Rappi e Uber e outras desrespeitam a legislação, contando com a cumplicidade da falta de fiscalização”.
A mobilização da jovem categoria, que já vinha crescendo nos últimos meses, ganhou impulso com a tragédia do coronavírus. Em abril passado, os entregadores realizaram um buzinaço em São Paulo. Já em junho, eles organizaram um protesto na Avenida Paulista, que teve forte repercussão. Essas ações criaram o clima para a marcação da greve nacional em 1º de julho. Os efeitos dramáticos da Covid-19 aceleraram esse processo.
Pandemia acelerou o processo de mobilização
Como aponta a Folha, “as condições de trabalho dos entregadores pioraram durante a pandemia pelo risco sanitário e pelo tempo que eles gastam em supermercados para abastecer a população que está em casa. Em meio à pandemia, Ministério Público do Trabalho emitiu nota técnica com uma série de medidas a serem tomadas pelas empresas de transporte de mercadorias e de passageiros por plataformas digitais”.
Entre outros itens, o MPT exigiu que as companhias forneçam, gratuitamente, álcool em gel, lavatórios com sabão e papel toalha, espaço e serviço de higienização para os veículos e água potável para o consumo dos profissionais. “Segundo representantes da categoria, porém, a distribuição não foi suficiente e o profissional tem que arcar com os custos da compra do EPI”. Esse desprezo pela vida atiçou a revolta da categoria.
Marcada para 1º de julho, a greve dos entregadores de aplicativo (APP) merece toda a solidariedade das forças que lutam contra a precarização do trabalho. A jovem categoria, formada por dezenas de milhares de trabalhadores sem direitos, reivindica aumento no valor mínimo por entrega e no pagamento das corridas e que as empresas arquem com os custos dos equipamentos de proteção individual (EPIs).
Diante da pandemia do coronavírus, ela também cobra licença remunerada dos contaminados. A pauta ainda inclui o fim das regras e do sistema de pontuação, que levam trabalhadores a serem penalizados e excluídos das plataformas indevidamente e sem chance de revisão; o seguro contra roubo e acidentes.
Outra exigência é a do vale-refeição. “Não dá pra gente trabalhar, carregando comida nas costas, com fome. Isso mexe com o psicológico. A nossa luta é para fazer que os aplicativos garantam café da manhã, almoço, lanche da tarde, janta e lanche da madrugada ao entregador que trabalhar nesses períodos”, afirma Paulo Roberto da Silva Lima, o Galo, uma das jovens lideranças da categoria.
Ausência de representação sindical
Como informa a Rede Brasil Atual, os entregadores por APPs ainda não possuem representação sindical. “Por prestarem serviço sem carteira assinada, eles não são representados pelo sindicato dos motofretistas, os motoboys. Mas o Sindicato dos Mensageiros Motociclistas de São Paulo (SindimotoSP) apoia a mobilização”.
O presidente da entidade, Gerson Silva Cunha, afirma que há legislações federais, estaduais e municipais que regulamentam os direitos e deveres das empresas e dos entregadores. “No entanto, corporações como iFood, Rappi e Uber e outras desrespeitam a legislação, contando com a cumplicidade da falta de fiscalização”.
A mobilização da jovem categoria, que já vinha crescendo nos últimos meses, ganhou impulso com a tragédia do coronavírus. Em abril passado, os entregadores realizaram um buzinaço em São Paulo. Já em junho, eles organizaram um protesto na Avenida Paulista, que teve forte repercussão. Essas ações criaram o clima para a marcação da greve nacional em 1º de julho. Os efeitos dramáticos da Covid-19 aceleraram esse processo.
Pandemia acelerou o processo de mobilização
Como aponta a Folha, “as condições de trabalho dos entregadores pioraram durante a pandemia pelo risco sanitário e pelo tempo que eles gastam em supermercados para abastecer a população que está em casa. Em meio à pandemia, Ministério Público do Trabalho emitiu nota técnica com uma série de medidas a serem tomadas pelas empresas de transporte de mercadorias e de passageiros por plataformas digitais”.
Entre outros itens, o MPT exigiu que as companhias forneçam, gratuitamente, álcool em gel, lavatórios com sabão e papel toalha, espaço e serviço de higienização para os veículos e água potável para o consumo dos profissionais. “Segundo representantes da categoria, porém, a distribuição não foi suficiente e o profissional tem que arcar com os custos da compra do EPI”. Esse desprezo pela vida atiçou a revolta da categoria.
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