O jornal Estadão teve acesso ao inquérito da Polícia Federal que apura, a pedido do Supremo Tribunal Federal (STF), a ação das hordas fascistas no país. A conclusão é bombástica: "Inquérito vê elo de grupos antidemocracia no Planalto”, destaca o título da reportagem publicada na semana passada.
Segundo o jornal, "o inquérito sigiloso aberto em abril para apurar a organização e o financiamento de manifestações contra a democracia revela que um negócio muito lucrativo estava por trás dos protestos contra o STF e o Congresso Nacional".
A investigação indicou que os ataques postados no YouTube saíram do próprio Palácio do Planalto. "A rede do ódio, alimentada por servidores que atuam ao lado do presidente Jair Bolsonaro, registrou faturamento de R$ 100 mil mensais, chegando até a R$ 1,7 milhão no período de dez meses".
Os youtubers do 'gabinete do ódio'
Após oito meses de diligências, o inquérito com 1.152 páginas mostra "a convivência harmoniosa da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) com os youtubers do 'gabinete do ódio', o núcleo palaciano que adota estilo beligerante nas redes sociais". A matéria dá nome aos fascistas:
“A poucos metros do gabinete de Bolsonaro, o assessor especial da Presidência Tércio Arnaud Tomaz e o coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ajudante de ordens do presidente, são os interlocutores do blogueiro Allan dos Santos, dono do canal Terça Livre, dentro do Planalto”.
Tércio Arnaud é apontado como elo entre o governo e os youtubers, que declararam faturar mais de R$ 100 mil por mês. Ele repassa os vídeos do presidente e participa de grupo de WhatsApp com os blogueiros. Já o coronel Mauro Cesar admitiu que age como “mensageiro” de Jair Bolsonaro.
Como aponta a matéria do Estadão, “a investigação feita pela PF em inquérito conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, ainda não terminou, mas já atormenta Jair Bolsonaro por fechar o cerco sobre a militância digital bolsonarista”. Mais ainda: fecha o cerco sobre sua própria famiglia!
Carluxo e Dudu Bananinha
Até agora, foram ouvidas mais de 30 pessoas, entre elas o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), que foi apontado como comandante do “gabinete do ódio”, e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). A conclusão da Polícia Federal, em relatório de 9 de julho divulgado agora pelo jornal, é taxativa:
“A propaganda de conteúdo extremista no campo digital culmina, de fato, em ações subsequentes: as manifestações reais contra o Estado Democrático de Direito, criando um ciclo que se realimenta, com a difusão das manifestações pelos canais de internet dos produtores, que, por sua vez, são alardeados e replicados em perfis pessoais de redes sociais de agentes do Estado”.
Será que agora os filhotes 02 e 03 do presidente – Carluxo e Dudu Bananinha – serão acionados pela Justiça? Será que as várias ações contra Eduardo Bolsonaro avançarão na Câmara Federal? Será que os youtubers bolsonaristas, que fazem fortuna de maneira sinistra, serão punidos? A conferir!
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