Charge: Adam/Gulf |
Não me lembro, nem mesmo nos tempos de breu da ditadura que durou de 1964 a 1985, de ter visto o Brasil tão isolado, principalmente de seus vizinhos sul-americanos, como agora, com Jair Messias.
Até mesmo porque ao longo dos longuíssimos 21 anos, dois fatores contribuíram para que o isolamento não fosse como o que vivemos hoje.
Primeiro, houve a coincidência de várias outras ditaduras terem sido implantadas no Uruguai, no Chile, na sempre instável Bolívia, na Argentina, e já fazia muito tempo, no Paraguai.
O segundo fator foi a eficácia do Itamaraty.
A sequência de generais se sucedendo na poltrona presidencial não impediu que houvesse uma sequência de ministros de Relações Exteriores que levaram adiante uma política de real defesa dos interesses brasileiros.
Claro que, como em tudo, aconteceram exceções: os patéticos e subservientes Juracy Magalhães e Magalhães Pinto. Mas seus desmandos foram corrigidos por diplomatas do calibre de Mario Gibson Barbosa, Azeredo da Silveira e, principalmente, Ramiro Saraiva Guerreiro.
Acontece que nem os dois Magalhães alcançaram o grau de absurdo de Ernesto Araújo, que não só desmantelou décadas de política externa como assumiu o triste papel de ministro de Aberrações Exteriores. E, não contente em desmantelar o país por dentro, o Aprendiz de Genocida se empenhou ao máximo para isolar o país no exterior.
Com o principal parceiro comercial na América do Sul, a Argentina, não fez outra coisa que transformar o presidente Alberto Fernández e principalmente sua vice, Cristina Kirchner, em alvo permanente de críticas, deboche e acusações infundadas.
Gaba-se da sua amizade com o presidente paraguaio, o direitista Mario Abdo Benítez, que chama de “Marito”.
A recíproca, em todo caso, não existe.
O mandatário vizinho é, acima de tudo, um pragmático. E sabe os efeitos internos que causaria uma aproximação pessoal sua com Jair Messias.
Outros direitistas entenderam que qualquer distância a ser mantida com o brasileiro é pouca.
O chileno Sebastián Piñera, por exemplo, teve de recriminar falas do Ogro em visita a Santiago elogiando a tenebrosa ditadura de Augusto Pinochet, que deu emprego para Paulo Guedes e ensanguentou o país.
O uruguaio Luis Lacalle Pou foi mais radical: durante a campanha eleitoral, recusou energicamente o apoio de Jair Messias.
Deixou claro que qualquer vínculo com o brasileiro poria sua candidatura em sério risco.
O colombiano Ivan Duque vem se mostrando péssimo presidente. Para não desgastar mais sua já corroída imagem, mantém prudente distância.
Na Bolívia, a vitória de Luis Arce à presidência marcou o fim de um ano de governo golpista Jeanine Áñez, calorosamente apoiada pelo Aprendiz de Genocida brasileiro.
Suas agressões a Evo Morales, patrono do partido de Arce, só complicam o cenário. Isso, claro, para não falar do resto do mundo. O Brasil não apenas se transformou num pária: foi radicalmente isolado.
O quadro tende a piorar agora, a partir de janeiro, com a chegada de Joe Biden à Casa Branca. A teimosia estúpida do Ogro brasileiro em rejeitar a vitória do democrata e ficar bajulando o derrotado Trump certamente vai ter um preço, que não será baixo.
Na Europa, o Brasil é visto como um caso perdido. Também aqui ao lado a perspectiva não é nada boa: no Chile vai haver um plebiscito para apagar de vez a Constituição herdada de Pinochet, elogiada pelo Ogro. E como se fosse pouco, há claros indícios de que a esquerda ganhará peso nas eleições presidenciais do ano que vem.
Resumindo: o isolamento do Brasil tende a se agravar. Mais e mais. E o prejuízo será de todos nós.
Gaba-se da sua amizade com o presidente paraguaio, o direitista Mario Abdo Benítez, que chama de “Marito”.
A recíproca, em todo caso, não existe.
O mandatário vizinho é, acima de tudo, um pragmático. E sabe os efeitos internos que causaria uma aproximação pessoal sua com Jair Messias.
Outros direitistas entenderam que qualquer distância a ser mantida com o brasileiro é pouca.
O chileno Sebastián Piñera, por exemplo, teve de recriminar falas do Ogro em visita a Santiago elogiando a tenebrosa ditadura de Augusto Pinochet, que deu emprego para Paulo Guedes e ensanguentou o país.
O uruguaio Luis Lacalle Pou foi mais radical: durante a campanha eleitoral, recusou energicamente o apoio de Jair Messias.
Deixou claro que qualquer vínculo com o brasileiro poria sua candidatura em sério risco.
O colombiano Ivan Duque vem se mostrando péssimo presidente. Para não desgastar mais sua já corroída imagem, mantém prudente distância.
Na Bolívia, a vitória de Luis Arce à presidência marcou o fim de um ano de governo golpista Jeanine Áñez, calorosamente apoiada pelo Aprendiz de Genocida brasileiro.
Suas agressões a Evo Morales, patrono do partido de Arce, só complicam o cenário. Isso, claro, para não falar do resto do mundo. O Brasil não apenas se transformou num pária: foi radicalmente isolado.
O quadro tende a piorar agora, a partir de janeiro, com a chegada de Joe Biden à Casa Branca. A teimosia estúpida do Ogro brasileiro em rejeitar a vitória do democrata e ficar bajulando o derrotado Trump certamente vai ter um preço, que não será baixo.
Na Europa, o Brasil é visto como um caso perdido. Também aqui ao lado a perspectiva não é nada boa: no Chile vai haver um plebiscito para apagar de vez a Constituição herdada de Pinochet, elogiada pelo Ogro. E como se fosse pouco, há claros indícios de que a esquerda ganhará peso nas eleições presidenciais do ano que vem.
Resumindo: o isolamento do Brasil tende a se agravar. Mais e mais. E o prejuízo será de todos nós.
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