quinta-feira, 15 de julho de 2021

O relatório da Abin engasga o “Véio da Havan”

Por Altamiro Borges


O site Metrópoles informa que a "Câmara Federal enviará ao ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, um pedido de informação sobre as irregularidades apontadas pela Abin [Agência Brasileira de Informação] na fortuna do empresário bolsonarista Luciano Hang", dono da rede de lojas Havan. A solicitação está nas mãos do vice-presidente da Casa, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), que se comprometeu a encaminhá-la nos próximos dias.

O relatório da Abin foi elaborado em julho de 2020, “como uma forma de orientar o Palácio do Planalto sobre o risco de proximidade de Hang com integrantes do governo... O documento de 15 páginas foi enviado à Casa Civil e afirma, entre outras coisas, que Luciano Hang parece 'possuir fonte oculta de recursos, que não se explicaria apenas por sonegação fiscal e contrabando de artigos importados para lojas'".

CPI do Genocídio convoca o ricaço

Aos poucos, o “Véio da Havan” parece que vai se engasgando – assim como seu ídolo, o “cagão” Jair Bolsonaro. A CPI do Genocídio já decidiu convocá-lo para que explique o seu estranho interesse na compra de vacinas. Os senadores tiveram acesso a documentos citando o empresário em um negócio de R$ 5 bilhões com o laboratório chinês CanSino.

Segundo denúncia do jornal O Globo, Luciano Hang seria o lobista da firma paranaense Belcher Farmacêutica, de Emanuel Catori, que é importadora da CanSino. Além dele, também participaria desse lobby o ex-dono da escola de inglês Wizard, o fujão Carlos Wizard. Os dois já tinham sido citados como garotos-propaganda da cloroquina e do tratamento precoce.

O jornalista Moisés Mendes, em postagem no Diário do Centro do Mundo, especula que “os dois empresários estariam reforçando o suporte político ao importador Emanuel Catori, pelas influências dentro do governo. É possível também que os sujeitos estejam disputando parte das vantagens nos negócios com gente do próprio Centrão”.

“Mas que vantagens? A CPI terá de desvendar que interesses são esses. Por que dois empresários de áreas tão distintas e alheias à saúde envolvem-se com cloroquina e vacinas? (...) O Véio da Havan, frequentador da Saúde e amigo de Bolsonaro, deve saber da partilha dos negócios e quem fica com o quê. O depoimento na CPI, que precisa ser marcado logo, terá com certeza a maior audiência já alcançada pelos interrogatórios da comissão”.

2 comentários:

Clóvis Teixeira disse...

Aos poucos, descobre-se que o atual governo é um grande balcão de negócios privados dentro do Estado brasileiro... É o livre mercado atuando dentro da administração federal. É o sonho de consumo dos ultra neo liberais sendo realizado...

Clóvis Teixeira disse...

Aos poucos vai se descobrindo que a administração do atual governo virou um grande balcão de negócios privados dentro do Estado brasileiro. É o sonho de consumo dos ultra neo liberais. É o Estado mínimo sendo sugado ao máximo por essa gente!!!