Por Altamiro Borges
O “Centrão” tomou conta de vez do laranjal. Para evitar o impeachment, Jair Bolsonaro cede tudo ao bloco fisiológico. A Folha informa que "após pressão do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o Conselho de Administração do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) destituiu o presidente da instituição, Romildo Rolim, e nomeou Anderson Possa, que fica no cargo interinamente".
"A decisão foi tomada nesta quinta-feira (30), três dias depois de Valdemar divulgar um vídeo em que pede a exoneração do presidente e de toda a diretoria do banco. O líder do Centrão, que foi condenado no processo do mensalão, indicou uma nova pessoa para ficar efetivo no lugar de Rolim: o engenheiro Ricardo Pinto Pinheiro”. O nome está sob análise da Casa Civil, comandada por Ciro Nogueira – também do Centrão –, mas a tendência é que a indicação seja efetivada.
Ainda segundo o jornal, “o imbróglio veio à tona após Valdemar criticar um contrato assinado pelo banco que estava em vigor desde 2003. No vídeo divulgado na segunda-feira (27), o político deixou claro que a indicação da cúpula do órgão é do PL... Antes deste episódio, ele havia publicado vídeos nos quais expôs publicamente divergências com outras bandeiras de Bolsonaro”.
O líder do Centrão, que é “profissa” e não dá ponto sem nó, postou críticas à proposta de privatização dos aeroportos de Congonhas e Santos Dumont. Antes, ele expôs a posição contrária do PL ao voto impresso defendido pelo presidente. Os vídeos bastaram para “convencer” o presidente-refém a ceder o comando do estratégico BNB! O total de operações de crédito do banco em 2020 foi de R$ 40 bilhões. Desse montante, R$ 15 bilhões foram para operações de microcrédito.
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