quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Pesquisa aponta vitória de Lula no primeiro turno

Foto: Ricardo Stuckert
Por Altamiro Borges

A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (10) vai agravar as insônias de Jair Bolsonaro e atiçará ainda mais a agressividade da direita nativa. Ela mostra o ex-presidente Lula com 48% das intenções de voto para as eleições de 2022 contra 21% do fascista no poder. Em votos válidos, o líder petista venceria o pleito já no primeiro turno.

Ainda segundo a pesquisa, a “terceira via” – tão desejada pela mídia neoliberal e por setores da cloaca burguesa – ainda não decolou. O juizeco Sergio Moro – que se filiou ao Podemos – surge com 8%; o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) tem 6%; o governador tucano João Doria (PSDB) empacou nos 2%; e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), tem só 1%.

Já na pesquisa espontânea – que o sociólogo Felipe Nunes, diretor da Quaest Consultoria, considera o melhor indicador das tendências eleitorais –, os números também impressionam: 49% dos entrevistados afirmam que estão indecisos. Na comparação com a sondagem de outubro, Lula cresce sete pontos, pulando para 29% das intenções de voto; e Bolsonaro cai um ponto – para 16%. Ciro Gomes aparece com 1% e os outros postulantes nem pontuam.

As simulações do segundo turno

O instituto, em parceria com a Genial Investimentos, também fez seis simulações para o segundo turno. Em todas elas, o petista aparece com folgada vantagem. No primeiro cenário, Lula venceria com 57% das intenções de voto, contra 27% de Jair Bolsonaro. No segundo cenário, Lula tem 57% e Moro tem 22%. No terceiro, Lula tem 53%, contra 20% de Ciro.

Contra os tucanos Eduardo Leite e João Doria, o petista também está disparado na frente: 57% a 14% no caso do gaúcho; e 58% a 13% contra o paulista. No sexto e último cenário, na eventual disputa entre Lula e Rodrigo Pacheco, a diferença é de 59% contra 12% do presidente do Senado.

Queda recorde de popularidade de Bolsonaro

A Quaest também avaliou a popularidade do “capetão” – o que ajuda a explicar as suas recorrentes idas ao banheiro para chorar. De acordo com a sondagem, a avaliação negativa do governo pulou de 48%, em setembro, para 56% agora. Já os que consideravam seu governo positivo caiu de 23%, em setembro, para 19%. É o pior índice da gestão. Um desastre!

A pesquisa ainda identificou os principais problemas do país na visão dos eleitores. Em primeiro lugar surge a economia. O tema cresce desde julho, quando foi citado por 28% dos entrevistados e vem subindo: foi a 32% em agosto; 42% em setembro; chegou a 44% em outubro e, em novembro, subiu para 48%.

Já a saúde, com destaque para a pandemia da Covid-19, também figura entre os principais problemas, porém num caminho inverso ao da economia, com uma trajetória decrescente. O tema aparecia como maior preocupação em julho, com 41%; caiu para 36% em agosto, 28% em setembro, 24% em outubro e ficou em 17% em novembro.

Em terceiro lugar, o tema corrupção também apresentou uma trajetória descendente. Em julho e agosto, 11% apontavam como principal problema do país. Em setembro e outubro eram 10%; em novembro, 9%. Já o tema “questões sociais”, que reflete o drama da fome, cresceu. Com 9% em agosto e setembro, ele subiu para 10% em outubro, agora, bateu em 13%.

1 comentários:

Darcy Brasil Rodrigues da Silva disse...

O principal dado que as pesquisas indicam é a distância temporal do pleito. O tempo, nesse caso, possui grande relevância, permitindo que nada seja feito encima da hora. Mudanças o tempo prepara e costumam surprender os metafísicos, que desconhecem o materialismo histórico. Meus ouvidos ficaram acostumados dos gritos de euforia dos lulistas, entre eles, alguns parteiros da montanha acariciam ratos que nasceram em 2018. Quando estivermos em maio de 2022, as pesquisas começarão a esboçar tendências confiáveis. Antes, apenas as coligações consolidadas em apoio a cada um dos candidatos interessam conhecer. Os lulistas vendem o gato por lebre, acenando os números dessas pesquisas, tentando atrair partidos e seus militantes para a coligação em apoio a Lula. Disso advém o "oba oba", o "vai ganhar no 1° turno". Tentam, com isso, frustrar o esforço de Ciro Gomes para participar dessa campanha com estrutura de candidato prá valer, protagonista, capaz de vencer. Sabem que o nome de Ciro desfruta de simpatias fora do PT, e tentam evitar as referidas surpresas desagradáveis como, por exemplo, o apoio do PSB (ou do ...) à candidatura de Ciro. Ao mesmo tempo, disputam o fisiologismo com Bolsonaro, buscando levar estrelas do Centrão para o palanque "do criolo doido" que Lula costuma montar. Para mim, que também gosto de dar os meus pitacos, até maio de 2022, as pesquisas dirão que Lula pode vencer no 1° turno, ou, senão, disputar o 2° turno com Bolsonaro e vencer pelo placar de 7 x 1 o fascista de Rio das Pedras. Porém, se Ciro conseguir neutralizar as articulações do PT para isolá-lo tal como fizeram em 2018, consolidando uma estrutura de campanha de primeira grandeza, passaremos a ter o político cearense que nasceu em Puracicaba disputando o 2° lugar com Bolsonaro. Isso seria o pesadelo dos lulistas.