sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Bolsonaro não tem voto entre as mulheres

Charge: Miguel Paiva
Por Altamiro Borges


No final de janeiro, em uma entrevista à TV Fórum coordenada por Anderson Moraes, o sociólogo Marcos Coimbra, fundador do instituto de pesquisas Vox Populi, afirmou que Jair Bolsonaro pode nem chegar ao segundo turno das eleições presidenciais de outubro e ainda corre o sério risco de ser ultrapassado por algum candidato da chamada terceira via no primeiro turno.

“O cara é tão ruim e está muito desmoralizado... Tem pesquisas qualitativas que mostram o desconforto de parte do seu próprio eleitorado, especialmente entre as mulheres... Esse comportamento do Bolsonaro na pandemia é tão oposto ao que uma mãe ou filha que cuida de pessoas morrendo em hospital pensam, que gera muito incomodo, até em quem votou nele... Há pesquisas que revelam que de cada 10 mulheres que votaram em Bolsonaro em 2018, mais de cinco falam que não votarão mais nele”.

Esse dado impactante agora foi confirmado por uma sondagem feita pelos próprios governistas, segundo relata a jornalista Thaís Oyama na Folha desta quarta-feira (2). Ela escreve que “dois pontos calaram fundo nos participantes da reunião realizada no Palácio do Planalto na semana passada para apresentar os resultados da pesquisa sobre o governo encomendada por Valdemar Costa Neto, do PL. O levantamento foi feito com o objetivo de orientar a campanha de Bolsonaro à reeleição”.

A alta rejeição no eleitorado feminino

“O primeiro ponto a chamar a atenção dos ministros e assessores palacianos presentes à apresentação foi o tamanho da rejeição do presidente em meio ao eleitorado feminino. ‘Bolsonaro não tem voto entre as mulheres’, chegou a dizer um ministro. O segundo ponto foi o estrago que causou à popularidade presidencial o comportamento do ex-capitão diante da campanha de vacinação infantil contra a Covid-19”.

“Diante dos dados da pesquisa do PL, aliados voltaram a insistir com o presidente para que refreie seu negacionismo. Já a constatação da alta rejeição do eleitorado feminino à candidatura do presidente fez voltar à tona a alternativa, anteriormente defendida por Valdemar, da ministra Tereza Cristina como vice na chapa presidencial. Bolsonaro já fez saber que está decidido a por Walter Braga Netto [o general capacho que ocupa o Ministério da Defesa] no posto. É uma escolha baseada na sua relação pessoal com o ministro e no perene receio que ele tem de ser traído”.

Será que o “capetão” vai chorar no banheiro, vai ter outro nó nas tripas ou vai orquestrar novos golpes terroristas contra a democracia brasileira? A conferir!

1 comentários:

Giorgio disse...

A era Bolsonaro acabou, afinal Deus e pai e brasileiro.
#evangélicoscontrabosonaro