Nesta semana, o jornal O Globo revelou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), durante as trevas de Jair Bolsonaro, monitorou ilegalmente mais de 10 mil celulares para rastrear a localização dos seus usuários. Diante da gravíssima denúncia do estado policial fascista, o ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou na quarta-feira (15) a abertura de investigação da Polícia Federal. O Ministério Público Federal (MPF) também já entrou no caso. O general-terrorista Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), será um dos alvos da apuração.
Programa "FirstMile" custou R$ 5,7 milhões
Segundo documentos revelados pelo jornal, a Abin usou um programa secreto para rastrear a localização de pessoas. Na prática, qualquer celular poderia ser monitorado sem justificativa oficial – o que é ilegal. A contratação do serviço, feita em caráter sigiloso, ocorreu em 26 de dezembro de 2018, nos estertores do governo golpista de Michel Temer. Mas a arapongagem foi plenamente usada nos três primeiros anos do covil fascista de Jair Bolsonaro. Até mesmo agentes da Abin foram rastreados, conforme revelou O Globo.
De acordo com a reportagem, a ferramenta “FirstMile” permitia monitorar os passos de até 10 mil proprietários de celulares a cada 12 meses e possibilitava identificar a “localização da área aproximada de aparelhos que utilizam as redes 2G, 3G e 4G”. Ainda segundo o jornal, o programa de monitoramento foi desenvolvido pela empresa israelense Cognyte e comprado por R$ 5,7 milhões no fim de 2018. O uso da ferramenta gerou críticas até de agentes da Abin, uma vez que a agência não possui autorização legal para acessar dados privados. Agora, os envolvidos estão na mira!
Polícia Federal vai investigar a ação fascista
“Nós tivemos a comprovação do uso indevido desse equipamento. E é claro que a investigação sobre espionagem ou sobre mau uso dos equipamentos da Abin será procedida pela Polícia Federal”, anunciou o ministro, que alegou que há “possíveis crimes contra a administração pública” e “de associação criminosa”. “A Abin faz inteligência de estado. Ela não investiga pessoas, juridicamente falando. Então, se há um rastreamento seu ou de qualquer cidadão, ou meu, é claro que isso não é missão da Abin. Quem investiga no Brasil são as polícias judiciárias com acompanhamento do Ministério Público e do Poder Judiciário”, explicou em entrevista à CNN-Brasil
De acordo com a reportagem, a ferramenta “FirstMile” permitia monitorar os passos de até 10 mil proprietários de celulares a cada 12 meses e possibilitava identificar a “localização da área aproximada de aparelhos que utilizam as redes 2G, 3G e 4G”. Ainda segundo o jornal, o programa de monitoramento foi desenvolvido pela empresa israelense Cognyte e comprado por R$ 5,7 milhões no fim de 2018. O uso da ferramenta gerou críticas até de agentes da Abin, uma vez que a agência não possui autorização legal para acessar dados privados. Agora, os envolvidos estão na mira!
Polícia Federal vai investigar a ação fascista
“Nós tivemos a comprovação do uso indevido desse equipamento. E é claro que a investigação sobre espionagem ou sobre mau uso dos equipamentos da Abin será procedida pela Polícia Federal”, anunciou o ministro, que alegou que há “possíveis crimes contra a administração pública” e “de associação criminosa”. “A Abin faz inteligência de estado. Ela não investiga pessoas, juridicamente falando. Então, se há um rastreamento seu ou de qualquer cidadão, ou meu, é claro que isso não é missão da Abin. Quem investiga no Brasil são as polícias judiciárias com acompanhamento do Ministério Público e do Poder Judiciário”, explicou em entrevista à CNN-Brasil
No mesmo rumo, o MPF já abriu uma apuração preliminar. A “notícia de fato criminal” foi assinada pelo procurador Peterson de Paula Pereira, do Distrito Federal. No despacho, ele determina que seja investigada “suposta utilização ilegal de sistema capaz de monitorar a localização de qualquer pessoa por meio do número de telefone celular pela Abin”. Há ainda a possibilidade de o Senado aprovar a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). “Isso é muito grave e mostra o que foi o descalabro desses quatro anos, em que até a vida privada das pessoas foi perseguida”, justificou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Além do general-terrorista Augusto Heleno, o ex-chefe da Abin, Alexandre Ramagem, eleito deputado federal pelo PL, também está na berlinda. Procurado pela Folha, ele já tentou tirar o corpo fora. “Isso é com a Abin. Tem contrato, tem tudo. A contratação está toda regular. Se tiver algum questionamento, tem que fazer à Abin”. Nessa semana, o parlamentar bolsonarista contratou como assessor José Matheus Sales Gomes, que integrou – junto com Tercio Arnaud e Mateus Diniz – o famigerado “gabinete do ódio” do covil fascista, comandado pelo filhote 02 do “capetão”, Carluxo Pitbull.
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