Foto: Ricardo Stuckert |
A partir de conversas com especialistas na área, vamos a alguns elementos para entender a história dos vídeos de 8 de janeiro, que levaram à demissão do general Gonçalves Dias, chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional).
O vídeo exibido pela CNN, mostra o general andando pelo 3º andar do Palácio do Planalto e conduzindo manifestantes para o 2º andar.
Não há nenhuma dúvida de que foi um vídeo plantado, que a CNN exibiu como se fosse furo de reportagem. A grande questão é: quem vazou?
As explicações do general são verossímeis.
Foi até o 3º andar, onde fica o gabinete do Presidente e convenceu os manifestantes a descerem até o 2º andar, onde estava armado o alçapão para prender os invasores.
Os vídeos estavam disponíveis desde o dia 8 de janeiro.
Qual a razão de serem divulgados apenas ontem?
Há um conjunto de coincidências, que sugerem uma ação articulada:
- As invasões de escolas, com jovens desequilibrados sendo estimulados a assassinar alunos.
- A convocação do ex-chefe da ABIN, general Augusto Heleno, ex-Ministro do GSI pela Assembléia Distrital do DF.
- A visita de Lula à China e suas declarações de aproximação com China e Rússia.
Para montar o quebra-cabeças, é necessário juntar algumas peças:
O Ministro do GSI precisa ser um oficial general de última patente, da ativa ou da reserva. E o 02, o vice-Ministro é sempre um general indicado pelo comando do Exército, de acordo com uma fila.
Saindo o general Gonçalves Dias – da confiança de Lula – o Exército passa a comandar o GSI.
Não resta dúvida de quem vazou as imagens teve a intenção de colocar o GSI nas mãos do Exército.
O governo tem duas alternativas:
O Ministro do GSI precisa ser um oficial general de última patente, da ativa ou da reserva. E o 02, o vice-Ministro é sempre um general indicado pelo comando do Exército, de acordo com uma fila.
Saindo o general Gonçalves Dias – da confiança de Lula – o Exército passa a comandar o GSI.
Não resta dúvida de quem vazou as imagens teve a intenção de colocar o GSI nas mãos do Exército.
O governo tem duas alternativas:
Retirar a medida provisória que está em tramitação para extinguir o GSI.
Ou, alterar o decreto lei que define que o GSI precisa ser comandado por um general.
Se for por decreto, é mais fácil. Poderia ser um decreto lei definindo que o comando do GSI ficasse com um oficial general ou um diplomata de último posto, na ativa ou aposentado.
Haveria um equilíbrio entre civil e militar. Poderia ser indicado Celso Amorim, por exemplo, como GSI ou Assessor de Segurança Nacional, como é em outros países.
O problema é que a Casa Civil está demorando muito para preparar as propostas legislativas que dividem a estrutura do GSI.
O Gabinete cuida da segurança presidencial, do Conselho de Defesa Nacional, de autorizações para pesquisa científica em águas territoriais, acesso a patrimônio genético, programa nuclear, autoridade credenciadora, segurança de infraestrutura críticas, incidentes na rede.
Todas essas funções teriam que ser redistribuídas e a Casa Civil ainda não conseguiu fazer o novo desenho.
Tudo isso deixa o governo vulnerável.
Luiz Fernando, o delegado indicado para dirigir a ABIN (Agência Brasileira de Inteligência), por exemplo, está empenhado em ter um diagnóstico do golpe.
Mas até hoje não foi sabatinado para assumir o posto. Por isso, não pode assinar nada. A ABIN é uma entidade civil, pois sua força está na diversidade.
Neste momento, é fundamental saber quem vazou os vídeos do GSI e quem estava alimentando os ataques nas escolas, para dividir a atenção das forças de segurança e da própria ABIN.
Quando esse episódio for superado, seria relevante que o governo começasse a desmontar a estrutura de comunicação social do Exército e a assessoria parlamentar, contratando tudo na EBC (Empresa Brasileira de Comunicação), no Ministério da Defesa ou na Secretaria de Comunicação.
Militar não faz lobby, não tem canal de TV ou Youtube. Não tem lógica manter essas estruturas.
De qualquer modo, o episódio serve para reforçar o alerta que já fizemos por aqui: o tempo político está andando muito mais rapidamente que o tempo econômico.
E a área econômica tem que acordar para isso.
Ou, alterar o decreto lei que define que o GSI precisa ser comandado por um general.
Se for por decreto, é mais fácil. Poderia ser um decreto lei definindo que o comando do GSI ficasse com um oficial general ou um diplomata de último posto, na ativa ou aposentado.
Haveria um equilíbrio entre civil e militar. Poderia ser indicado Celso Amorim, por exemplo, como GSI ou Assessor de Segurança Nacional, como é em outros países.
O problema é que a Casa Civil está demorando muito para preparar as propostas legislativas que dividem a estrutura do GSI.
O Gabinete cuida da segurança presidencial, do Conselho de Defesa Nacional, de autorizações para pesquisa científica em águas territoriais, acesso a patrimônio genético, programa nuclear, autoridade credenciadora, segurança de infraestrutura críticas, incidentes na rede.
Todas essas funções teriam que ser redistribuídas e a Casa Civil ainda não conseguiu fazer o novo desenho.
Tudo isso deixa o governo vulnerável.
Luiz Fernando, o delegado indicado para dirigir a ABIN (Agência Brasileira de Inteligência), por exemplo, está empenhado em ter um diagnóstico do golpe.
Mas até hoje não foi sabatinado para assumir o posto. Por isso, não pode assinar nada. A ABIN é uma entidade civil, pois sua força está na diversidade.
Neste momento, é fundamental saber quem vazou os vídeos do GSI e quem estava alimentando os ataques nas escolas, para dividir a atenção das forças de segurança e da própria ABIN.
Quando esse episódio for superado, seria relevante que o governo começasse a desmontar a estrutura de comunicação social do Exército e a assessoria parlamentar, contratando tudo na EBC (Empresa Brasileira de Comunicação), no Ministério da Defesa ou na Secretaria de Comunicação.
Militar não faz lobby, não tem canal de TV ou Youtube. Não tem lógica manter essas estruturas.
De qualquer modo, o episódio serve para reforçar o alerta que já fizemos por aqui: o tempo político está andando muito mais rapidamente que o tempo econômico.
E a área econômica tem que acordar para isso.
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