terça-feira, 20 de junho de 2023

Os protestos contra os juros abusivos do BC

Foto: Facebook da CUT
Por Altamiro Borges


Nesta terça-feira (20), as centrais sindicais e os movimentos sociais realizaram atos unitários em vários estados contra os juros pornográficos impostos pelo Banco Central. Os protestos espinafraram Roberto Campos Neto, o bolsonarista infiltrado na instituição, que trava o crescimento da economia e a geração de emprego e renda. Bob Fields Neto, como o abutre financeiro é apelidado, atualmente é o principal inimigo do povo brasileiro.

As manifestações marcaram o Dia Nacional de Luta Contra os Juros Altos. Em Brasília, em frente à sede do BC, os sindicalistas foram enfáticos: “Se não baixar a taxa de juros, já temos uma audiência marcada com Rodrigo Pacheco, porque sabemos que o Senado pode afastar Campos Neto do cargo e, na nossa visão, há motivo para isso, porque o presidente do BC está sabotando o crescimento do país”, discursou Sérgio Nobre, presidente da CUT.

Já em São Paulo, também em frente à sede do BC, o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, enfatizou que a taxa Selic é um desastre. “O trabalhador se prejudica em duas questões: no emprego, porque com a taxa de juros alta não há investimento na produção, então, ele é desempregado. E com juros altos ele não pode comprar”. E Juvândia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), desmascarou o presidente do Banco Central:

“Campos Neto está a serviço dos banqueiros, do mercado financeiro, contra o povo brasileiro. Os juros altos do BC causam desemprego, retração da economia, impedem investimentos que geram emprego e transferem renda da população para os ricos, os investidores, especuladores – aqueles que investem em títulos da dívida pública, que ganham dinheiro com juros altos”.

Nesta terça-feira, teve início a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que dura dois dias. Ela anunciará a nova taxa básica de juros, a Selic. Segundo o noticiário da mídia rentista, o banco deverá manter a taxa pornográfica de 13,75%, índice mantido desde agosto de 2022 e o segundo maior do planeta. Só muita pressão social, seguindo o exemplo dos protestos desta semana, poderá reverter essa política criminosa.

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