Charge: Izanio |
A deputada Carla Zambelli (PL-SP), cúmplice do genocídio promovido pelos sionistas em Gaza, não teve tempo para comemorar a coleta de mais de 120 assinaturas para o pedido de abertura do processo de impeachment contra o presidente Lula. Nesta quarta-feira (21), em pleno plenário da Câmara Federal, ela recebeu mais uma intimação do Supremo Tribunal Federal (STF). O documento foi entregue por um oficial de Justiça numa cena que constrangeu outros parlamentares bolsonaristas – alguns até choraram.
A intimação foi despachada pelo ministro Gilmar Mendes em 14 de fevereiro, mas só foi entregue agora – não tendo qualquer relação com o discurso de Lula contra a matança patrocinada por Israel. Mesmo assim, a deputada-pistoleira, como é chamada pelos corredores do Congresso Nacional, tentou posar de vítima. No documento, o ministro do STF determina que a parlamentar preste esclarecimentos no âmbito do processo que decidirá se ela incorreu em porte ilegal de arma de fogo ao sacar um revólver contra um jovem negro na capital paulista, em outubro de 2022.
Multa de R$ 30 mil por difusão de fake news
Essa não foi a única péssima notícia dos últimos dias contra a hidrófoba bolsonarista. Um dia antes, na terça-feira (20), o Tribunal Superior Eleitoral decidiu aplicar uma multa de R$ 30 mil à deputada por veiculação de propaganda mentirosa na internet durante a campanha eleitoral de 2022. A representação foi ajuizada pela coligação Brasil da Esperança, que elegeu o presidente Lula, que alegou que Carla Zambelli veiculou fake news contra o sistema eleitoral brasileiro e o então candidato à presidência da República.
Conforme relembra a Folha, “a parlamentar agiu contra a confiabilidade no processo democrático brasileiro, quando divulgou informação falsa de que haveria fraude no QR Code de títulos de eleitores para favorecer Lula. As postagens afirmavam que o código contido na versão digital do título de eleitor contabilizaria de forma automática votos em benefício de Lula. Todos os ministros votaram pela condenação da parlamentar, mas o ministro Kassio Nunes Marques divergiu em relação ao valor da pena. Ele sugeriu aplicação de multa de R$ 15 mil, mas foi voto vencido entre os colegas”.
Assessor da pistoleira e o "gabinete do ódio"
Dias antes, outra péssima notícia. A Polícia Federal identificou a participação de um assessor da deputada na disseminação de informações falsas sobre as urnas eletrônicas após a derrota de Jair Bolsonaro em 2022. De acordo com a PF, o objetivo da ação desse aspone seria fomentar o ambiente para um golpe no Brasil. “De acordo com os dados apurados, Jean Hernani Vilela foi o responsável por disponibilizar na internet um vídeo no qual um argentino que se apresenta como consultor político, Fernando Cerimedo, apresentava informações falsas sobre supostas vulnerabilidades dos modelos de urnas eletrônicas. Cerimedo atuou, posteriormente, na campanha eleitoral do presidente argentino Javier Milei, também aliado de Bolsonaro”, descreve o site UOL.
Ainda segundo a PF, o assessor de Carla Zambelli disponibilizou fake news “em um sistema de compartilhamento de arquivos e o assessor do Palácio do Planalto, Tércio Arnaud Tomaz, integrante do chamado ‘Gabinete do Ódio’, foi responsável por disseminar o endereço para acesso. A investigação obteve elementos de prova que demonstram a ação coordenada pelo grupo para utilizar influenciadores digitais, militares e o Partido Liberal para potencializar os ataques ao sistema eletrônico de votação, com o fim de criar o ambiente propício para a execução do Golpe de Estado”.
Esses e outros vários rolos complicam ainda mais a vida da deputada-pistoleira. Tanto que cresce a boataria de que ela ouvirá em breve o “toc toc toc” da Polícia Federal. No final de janeiro, em sua coluna no jornal O Globo, o jornalista Lauro Jardim já havia antecipado que “depois de ordenar a busca e apreensão no gabinete de Carlos Jordy (PL-RJ), o próximo alvo de Alexandre de Moraes já está definido. Será outro símbolo do bolsonarismo raiz na Câmara: Carla Zambelli. Uma das possibilidades no jogo é seu afastamento do mandato de deputada”. Será?
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