O bilionário excêntrico Elon Musk, que hoje lidera um órgão de extermínio de empregos públicos no governo de Donald Trump e faz campanha para partidos de extrema direita em vários países, está colecionando inimigos no mundo inteiro. Nos últimos dias, um grupo de ativistas de Londres colou adesivos em carros nas ruas para protestar contra a Tesla, a marca de veículos elétricos do fascistoide. Nos colantes, Elon Musk aparece fazendo a saudação nazista que chamou atenção durante a posse do novo presidente dos EUA. “Não compre um suasticarro”, afirma o adesivo.
O grupo também espalhou cartazes contra a Tesla nos pontos de ônibus da capital inglesa. Eles fazem paródia da propaganda do carro elétrico, relacionando a empresa do ricaço com o governo de Adolf Hitler na Alemanha nazista. “Vai de zero a 1939 em três segundos. Tesla: o suasticarro”. A mensagem ironiza o apoio de Elon Musk a AfD, o partido de extrema direita alemão, que obteve 20,8% dos votos e ficou em segundo lugar nas eleições da Alemanha no último domingo (23).
"Não queremos seus carros nem sua política fascista"
A montadora de Elon Musk é líder de vendas no Reino Unido, mas está em declínio, sofrendo com a concorrência dos carros elétricos chineses. A campanha contra o fascistoide radicado nos EUA contribuiu ainda mais para essa queda. Em comunicado enviado à imprensa britânica, os ativistas disseram: “A extrema direita está se espalhando pela Europa e Elon Musk está amando isso. Ele vem fazendo campanha para Tommy Robinson [candidato da extrema direita] e demandando novas eleições no Reino Unido. Não queremos seus carros nem sua política fascista”.
Os protestos contra o fascistoide também ocorrem em outras partes do mundo. No ano passado, o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, chamou o empresário sul-africano radicado nos EUA de “bilionário arrogante que pensa estar acima da lei e da decência básica” em função de uma disputa judicial sobre a rede X. Ele também afirmou que o ricaço “é um sujeito que escolheu o ego e a violência em vez do bom senso”. No início desse ano, Elon Musk foi um dos principais alvos das gigantescas manifestações antinazistas na Alemanha.
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