sexta-feira, 28 de março de 2025

Sobrinho de Bolsonaro foge para a Argentina

Por Altamiro Borges


A famiglia Bolsonaro adora posar de valentona e durona, mas é um bocado covarde. O filhote 03 do ex-presidente, o famoso Dudu Bananinha, já fugiu para os EUA. E agora se sabe que o sobrinho do fascista, Leonardo Rodrigues de Jesus – vulgo Léo Índio –, escapuliu para a Argentina. A Justiça e a Polícia Federal precisam ficar atentas com o chefão do clã, que acaba de virar réu no Supremo Tribunal Federal (STF). O fujão já disse várias vezes que não aceitará ser preso por seus crimes.

No caso de Léo Índio, o ministro Alexandre de Moraes determinou nesta quinta-feira (27) que seus advogados esclareçam nas próximas 48 horas a notícia sobre a sua fuga. Já a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) enviou pedido de extradição ao STF para que o foragido “volte imediatamente ao Brasil e seja responsabilizado e punido no rigor da lei... Parece que virou tradição de família fugir para não responder pelos crimes que cometeu”, postou a parlamentar no Instagram.

Como lembra o jornal Estadão, “o primo dos três filhos mais velhos de Jair Bolsonaro (PL) teve o seu passaporte apreendido em outubro de 2023, quando a Polícia Federal realizava buscas por suspeitos de envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro... Léo foi investigado na Operação Lesa Pátria da PF. Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), há provas de que Léo Índio ‘participou como incitador e executor dos atos antidemocráticos’ e ‘concorreu dolosamente para a prática das condutas criminosas’ no ataque aos Três Poderes”.

O foragido também teme ser preso no país vizinho  

Em vídeo divulgado pela emissora Massa FM de Cascavel (PR) nesta quarta-feira (26), o criminoso confirmou que está na Argentina há mais de 20 dias. Ele aparece ao lado de outro condenado pelo STF, o corretor de imóveis Gilberto Ackerman, que está foragido no país vizinho desde abril de 2024. Na gravação, Léo Índio explica que conseguiu uma permissão que precisa ser renovada a cada três meses. Ele declara ter receio de ser preso quando precisar renovar o documento.

O sobrinho de Bolsonaro também critica o PL e outras siglas de direita, e o presidente da Câmara Federal, Hugo Motta (Republicanos-PB), que não estariam priorizando a votação do projeto de lei que anistia os golpistas do 8 de janeiro. Para ele, “se o projeto fosse prioridade, os 92 deputados do PL e os demais partidos de direita paralisariam as votações na Câmara”, registra o site G1.

Em entrevista ao site UOL, Rafael Castro, advogado do foragido, informou que seu cliente pediu refúgio político em 6 de março, quando obteve autorização para morar e trabalhar. “No entanto, ele teme não conseguir renovar o documento daqui a três meses. Segundo o advogado, o motivo é a prisão de alguns militantes dos ataques do 8 de janeiro na Argentina. Cinco foram detidos”.

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