sábado, 30 de julho de 2011

Dilma sinaliza para o controle cambial

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

“Temos de nos defender desse imenso, fantástico, extraordinário mar de liquidez que se dirige para nossas economias, buscando a rentabilidade que não tem nas suas”.

A frase, dita no final da noite de ontem pela Presidenta Dilma Roussef, na reunião da Unasul, um dia depois de ter baixado uma Medida Provisória que, embora tenha resultado numa alíquota baixa, de apenas 1%, acena com a possibilidade de se taxar em até 25% os movimentos cambiais de natureza especulativa, parece demonstrar que – embora de forma não convencional, com os estabelecimento de cambio fixo – o governo brasileiro convenceu-se de que temos de caminhar para o controle do câmbio.

Uma visão chinesa da mídia ocidental

Por Wang Fang, do jornal People’s Daily Online (Pequim, China), no blog Viomundo:

O escândalo de telefones grampeados por jornalistas de News of the World, jornal britânico, desencadeou um efeito-dominó: outros jornais ligados à empresa-mãe News Corporation começam a ser acusados também de participação ativa em novos escândalos que não param de ser descobertos. Afinal, começam a ouvir-se vozes até nos EUA, na Austrália e em outros países, que exigem ampla investigação e reavaliação dos princípios éticos do jornalismo e imposição de medidas para supervisionar jornalistas e jornais. O escândalo já ultrapassou os limites da imprensa e causou reações em cadeia nos círculos policiais e políticos; o premie britânico David Cameron enfrenta a maior crise política desde que assumiu o governo.

AI-5 Digital controla e pune os usuários


Por Manuela D'Ávila, no sítio Vermelho:

A Câmara promoveu uma importante discussão pouco antes do recesso parlamentar e retoma o tema na volta da atuação legislativa: o projeto de lei nº 84/1999, que tipifica os chamados cibercrimes — condutas realizadas mediante uso de sistema eletrônico ou contra sistemas informatizados.

O projeto é conhecido como "AI-5 Digital". E, embora para alguns seja um exagero, entendo que é justificado. Por quê? Porque cria um estado de exceção permanente na internet, controla e pune os usuários. O projeto, além da censura e vigilância, apresenta problemas jurídicos que vão desde a ignorância de princípios fundamentais do Direito Penal a graves ofensas à Constituição.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Cantanhêde não gosta de Cristina Kirchner

Por Altamiro Borges

Eliane Cantanhêde, a colunista da Folha que adora a “massa cheirosa” do PSDB, sempre criticou a guinada à esquerda na América Latina. Ela já escreveu vários textos contra Hugo Chávez, Evo Morales, Rafael Correa e outros presidentes da região, rotulando-os de “populistas”, “tiranos” e outros adjetivos. No artigo de hoje, ela fustiga, mais uma vez, a presidenta Cristina Kirchner.

“Apagão” tucano irrita os paulistas

Por Altamiro Borges

Na noite de ontem (28), mais um apagão de energia elétrica atrapalhou a vida dos paulistanos. Segundo a empresa “privada” AES Eletropaulo, o corte prejudicou cerca de 700 mil residências e estabelecimentos nas zonas oeste e sul da capital paulista. Ele teve início às 19h06 e o fornecimento de energia só foi totalmente restabelecido às 20h15.

Atentados em Oslo e a era do preconceito

Por Celso Amorim, no sítio da CartaCapital:

Nesta era da internet a informação é instantânea. A desinformação também. A notícia sobre os trágicos atentados de Oslo chegou-me enquanto eu navegava pelos sites que costumo frequentar para me atualizar sobre o que ocorre no mundo. Pus-me imediatamente em busca dos detalhes. Abri a página de uma respeitada revista internacional. Além de alguns pormenores, obtive também a primeira explicação, que veria em seguida nas versões eletrônicas dos jornais brasileiros, segundo a qual o perpetrador dos atos terríveis era alguém a serviço de um movimento fundamentalista islâmico.

Idec lança campanha contra "AI-5 digital"

Por Raoni Scandiuzzi, na Rede Brasil Atual:

Os críticos do Projeto de Lei 84/99, apelidado de “Lei Azeredo”, ganharam um reforço nesta terça-feira (26). O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) lançou uma campanha, batizada de “Consumidores contra o PL Azeredo”, com o objetivo de recolher o maior número possível de assinaturas contrárias à proposta e apresentá-las logo na volta do recesso parlamentar, em agosto.

Mídia: as mudanças virão das ruas

Por Venício Lima, no sítio Carta Maior:

Esperava-se que os acontecimentos envolvendo o tablóide “News of the World” – que se espraiam não só para outros veículos do News Corporation, mas também para outros grupos de mídia na Inglaterra e, talvez, em outros países – provocassem algum tipo de reflexão crítica por parte da grande mídia brasileira, seus parceiros e defensores.

O que temos visto, no entanto, é uma postura quase agressiva de, sem mais (1) atribuir o ocorrido a ação criminosa de apenas alguns indivíduos que não representariam um comportamento rotineiro da grande mídia; (2) insistir que os fatos não podem servir de exemplo para a defesa da regulação do setor ou comprovar a ineficiência da autorregulação; e (3) acusar aqueles que discordam de pretenderem amordaçar a imprensa e cercear a liberdade de expressão.

EUA e o declínio do império (financeiro)

Por Antonio Martins, no sítio Outras Palavras:

As crises ensinam. Até ontem à noite, os políticos norte-americanos continuavam incapazes de chegar a um acordo sobre a ampliação da dívida do país — única forma de evitar, a partir de 2 de agosto, um colapso múltiplo dos serviços públicos e, talvez, um calote contra os credores do país. Por suas consequências devastadoras, sobre toda a economia mundial, tal desfecho é, ainda, improvável. Mas um texto das jornalistas Julie Creswell e Louise Story, publicado semana passada no New York Times debate as consequências de longo prazo da crise destas semanas. A leitura sugere que o papel de que os Estados Unidos se beneficiaram desde o final da II Guerra — o de grande centro financeiro global — sofrerá grande desgaste.

Europa, o Titanic e o mar de icebergs

Por Mauro Santayana, em seu blog:

O ministro das Finanças da Itália, Giulio Tremonti, advertiu que “a Europa pode afundar, como o Titanic”. Desde a crise norte-americana que os observadores anunciam o desastre. Entre as várias causas está a ilusão de que é possível unificar a Europa, a partir da economia. Enquanto todos os países se encontravam mais ou menos na mesma situação, foi possível estabelecer a Comunidade do Carvão e do Aço e, pouco a pouco, criar os mecanismos de integração.

As duas faces de Dilma Rousseff

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

É bem menos simples do que parece decidir se foi boa ou ruim para a presidente Dilma Rousseff a declaração do ministro Nelson Jobim de que votou em José Serra na eleição do ano passado. Há pelo menos duas formas de entender o fato e nenhuma delas pode ser considerada tão melhor ou tão pior do que a outra.

Elite brasileira mostra sua cara

Editorial do jornal Brasil de Fato:

“Há casos folclóricos nos hangares do Campo de Marte. Como o da milionária que mandou o cão para o veterinário de helicóptero. Dona da aeronave, ela estava em Maresias (litoral norte) e viu o cãozinho comer a marmita de seu segurança. Ela mandou o piloto voltar imediatamente a São Paulo para fazer exames no pet", relata um piloto, que pede para não ser identificado.

O caos da privatização na energia elétrica

Por Heitor Scalambrini Costa, no sítio da Adital:

Passados quase 20 anos desde o inicio das privatizações das distribuidoras de energia elétrica, já se pode fazer um balanço do que foi prometido; e realmente do que esta ocorrendo no país, com um primeiro semestre batendo recorde em falhas no fornecimento de energia elétrica em diversas regiões metropolitanas.

Desde então a distribuição elétrica é operada pela iniciativa privada. As distribuidoras gerenciam as áreas de concessão com deveres de manutenção, expansão e provimento de infraestrutura adequada, tendo sua receita advinda da cobrança de tarifas dos seus clientes.

Murdoch e o espírito do capitalismo

Por Laurindo Lalo Leal Filho, no blog de José Dirceu:

A falta de leitura dos clássicos nos cursos de comunicação – O Capital, entre eles – obriga-me, muitas vezes, a recorrer a comparações singelas para explicar em palestras para estudantes a formação dos monopólios na mídia.

Preciso, antes de tudo, dessacralizar as empresas de comunicação. Por ingenuidade ou má fé, elas são vistas ou apresentadas apenas como instituições sociais, obscurecendo a natureza capitalista de suas estruturas básicas.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Governo arranha os agiotas financeiros

Por Altamiro Borges

Depois de várias medidas que penalizam os trabalhadores – como os quatro aumentos consecutivos das taxas de juros e as duras restrições ao crédito –, o governo Dilma finalmente resolveu intensificar o ataque aos agiotas financeiros, os verdadeiros culpados pelos entraves ao desenvolvimento do país. Não dá nem para chamar de ataque, foi mais um pequeno arranhão, mas ele pode sinalizar uma mudança de comportamento diante das incertezas que atormentam a economia capitalista mundial.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Os efeitos do jornalismo de esgoto

Por Luis Nassif, em seu blog:

Um dos pontos centrais das políticas de direitos humanos é o chamado direito à privacidade. Desde que não afete a vida de terceiros nem desrespeite as leis, toda pessoa tem o direito à sua privacidade.

O caso Murdoch expôs uma das características mais repelentes do jornalismo-espetáculo e do jornalismo "partido político": a exposição da vida de pessoas, os ataques pessoais, os chamados assassinatos de reputação como ferramentas não apenas para aumento de audiência, mas como arma política.

Tire as mãos do meu carro!

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Critiquei o comentário tosco do prefeito de São Paulo ao tratar do frio a que estão submetidos moradores de rua no meu último post. É incrível mas, quando toco nesse assunto, há uma enxurrada de comentários raivosos e, entre eles, a frase que representa toda a sabedoria reacionária por trás de tanto ódio:

Folha ataca Toffoli e salva Gilmar Mendes

Por Antônio Mello, em seu blog:

A Folha da ditabranda é um jornal que tem lado, mas finge que não. Publica com destaque escândalos do governo federal e abafa - ou dá notinhas - quando o podre é do governo de SP, ou tucano em geral.

O mesmo acontece agora, no STF. O ministro Antonio Dias Toffoli, indicado pelo presidente Lula, é denunciado hoje pelo jornal por haver viajado ao exterior com duas diárias de hotel pagas por um advogado. Já Gilmar Mendes, indicado por FHC, teve protocolado um pedido de impeachment por inúmeras mordomias a mais que isso sem merecer uma única linha sequer da Folha.

Voto em Serra e outras tucanices de Jobim

Por André Cintra, no sítio Vermelho:

Dado a demonstrações de força no governo anterior — como o hábito de divergir publicamente das orientações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva —, o agora ministro da Defesa do governo Dilma, Nelson Jobim, virou o disco. Sua nova tática é aproveitar espaços na imprensa e nos púlpitos para constranger a presidente Dilma Rousseff não com discordâncias explícitas — mas via declarações dúbias, ironias, maledicências, provocações.

Dilma mantém o "namorico" com a mídia

Por André Barrocal, no sítio Carta Maior:

A presidenta Dilma Roussef concedeu, sexta-feira (22/07), entrevista a cinco grandes jornais brasileiros e deu recados importantes em política e economia. Disse que as trocas em cargos da área dos Transportes vão continuar e atingir quem for preciso. E que o crescimento não será sacrificado pela meta de inflação. Foram mensagens duras, dirigidas aos partidos e ao “mercado”.