sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O custo da derrubada da CPMF

Por Maria Inês Nassif, no sítio Carta Maior:

Em 2000, quando foi aprovada a famosa Emenda 29, o presidente era Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e teoricamente a Saúde tinha como fonte financiadora a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O projeto de emenda previa que o governo federal teria que investir 10% de todo o seu Orçamento em Saúde; os Estados, 12%; e os municípios,15%.

Governo quer "competição" na banda larga

Do sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Competição e massificação x universalização e direito humano. Talvez esse binômio possa sintetizar os debates durante o seminário “Banda Larga como Direito: balanço do PNBL e perspectivas para a universalização do serviço”. Promovido pela campanha Banda Larga um Direito Seu, a atividade contou com representantes do governo, parlamentares e entidades do movimento social para debater o quadro atual da implantação do Plano Nacional de Banda Larga.

Porta-voz do WikiLeaks em Foz do Iguaçu

Do sítio do I Encontro Mundial de Blogueiros:

O 1º Encontro Mundial de Blogueiros Progressistas já começará em grande estilo, com nomes importantíssimos da blogosfera mundial. A primeira mesa de debate “O papel das novas mídias” começa às 9 horas de sexta-feira (28) de outubro. Contará com a presença de Ignácio Ramonet, Kristinn Hrafnsson e Dênis de Morais, e será mediada pela representante da Agência Pública, Natalia Vianna e pela blogueira gaúcha Tatiane Pires.

Suicídio e sensacionalismo de Datena

Por Mauro Malin, no Observatório da Imprensa:

Nelson de Sá escreve na Folha de S.Paulo (sexta, 23/9): “Datena explora suicídio para ter audiência ou ‘algo mais’”. Descreve a “cobertura” feita pelo apresentador sobre o suicídio de um aluno de 10 anos, depois de ter atirado numa professora em escola municipal de São Caetano:

Quando os banqueiros ouvem Karl Marx

Por Antonio Martins, no sítio Outras Palavras:

Na aparência, tudo não passa de um completo nonsense. Aos 61 anos, o economista britânico George Magnus é uma das vozes ouvidas no escalão mais alto do sistema financeiro internacional. Desde 1997, aconselha (primeiro, como economista-chefe; hoje, como consultor senior) o UBS, o maior banco suíço e o segundo maior do mundo na administração de fortunas milionárias (com ativos de cerca de 2,5 trilhões de dólares). Este homem está dizendo a seus insignes clientes que ouçam, para salvar a economia da crise… Karl Marx.

A marcha da insensatez no RJ

Por Mauricio Dias, na CartaCapital:

No Rio de Janeiro, na tarde de 20 de setembro, houve a segunda rodada de manifestações contra a corrupção no País. A primeira, no dia 7, foi simultânea às solenidades da Independência. Em Brasília, calcularam 25 mil pessoas presentes na marcha pela Esplanada dos Ministérios. O número pode ter sido engordado por aqueles que foram ver o desfile oficial.

Deputado denuncia maracutaias em SP

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

O veterano deputado Roque Barbiere (PTB), há 29 anos na política e no sexto mandato de deputado estadual, deu entrevista ao programa Questão de Opinião, em um canal de internet, conduzido pelo professor e entrevistador Arthur Leandro Lopes. São 40 minutos de depoimento, concedido em 10 de agosto no sítio do deputado, em Coroados (SP), em meio a cães e gansos. O resumo do que disse o petebista foi publicado no jornal Folha da Região, de Araçatuba, na coluna assinada por Arthur, denunciando maracutaias na Assembleia Legislativa de São Paulo. O tema é manchete da edição desta sexta-feira (23) do jornal O Estado de S. Paulo.

Um dia de fúria nas bolsas de valores

Do sítio Vermelho:

Um movimento mundial de aversão a risco levou os mercados financeiros a viverem um dia de fúria, evidenciando o avanço implacável da crise mundial do capitalismo, que parece indiferente e adversa às intervenções dos Estados. As bolsas asiáticas, europeias, americanas e brasileira desabaram junto com as commodities, enquanto o preço do dólar e a procura pelos títulos públicos dos EUA subiu.

Afinal, o que quer a imprensa?

Por Mair Pena Neto, no sítio Direto da Redação:

A maioria dos grandes meios de comunicação da América Latina está em conflito aberto com os presidentes eleitos de muitos países, trazendo à tona o debate sobre deveres, limites e responsabilidades da informação. Em nome de uma suposta liberdade de imprensa, os meios rejeitam qualquer tipo de regulamentação, sempre acusada de censura, e afirmam que já existem os canais de controle da sociedade sobre possíveis erros ou excessos cometidos pelos jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão.

Jovens jornalistas: criados com os lobos

Por Luis Nassif, em seu blog:

Tinha menos de dois anos de formado o jovem repórter que tentou invadir o apartamento de José Dirceu no Hotel Nahoum. Pelo que soube em Brasília, voltou para a casa da mãe.

Não sei a idade do repórter da Folha que iludiu a confiança do tio, no caso Battisti. Mas foi exposto de forma fatal pelo próprio tio, em um artigo demolidor. E inspirou um artigo da ombudsman do jornal, no qual afirmava que era ingenuidade confiar em jornalistas. Tornou-se exemplo de como não se deve confiar em jornalistas. Dificilmente conseguirá fontes dispostas a lhe passar informações relevantes.

Execução só é crime para os “outros”?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Nas últimas 24 horas, foram excutadas três pessoas, por sentença judicial.

Uma no Irã: um jovem de 17 anos condenado por homicídio. Outra na China: um paquistanês condenado por tráfico de drogas.

Ambos os países merecem, por conta destas execuções, condenações internacionais por atentarem contra os direitos humanos.

A terceira pessoa foi executada nos Estados Unidos.

Mudanças na TV Globo são para valer?

Por Marco Aurélio Mello, no blog DoLaDoDeLá:

Tenho dito que existe um movimento interno no jornalismo da TV Globo para resgatar sua credibilidade. Primeiro, porque sem que as pessoas confiem no noticiário o negócio deixa de prosperar. Segundo, porque a derrota na campanha eleitoral de 2010 teve um gosto amargo para a emissora do Jardim Botânico. A "bolinha de papel" foi o ápice de um processo de radicalização interna (que começou em 2003), e que virou um dos casos mais escandalosos da história da televisão brasileira, caso que só encontra paralelo com a tentativa de fraude nas eleições ao governo do Rio, em 1982, e com a manipulação do debate na Campanha Eleitoral de 1989. Portanto, é natural que alguma intervenção fosse feita.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A neblina é densa no horizonte de Serra

Por Maria Inês Nassif, no sítio Carta Maior:

Candidato derrotado do PSDB à Presidência da República no ano passado, José Serra hoje é um tucano sem poleiro. Desgastado internamente por decisões de campanha e pela segunda derrota para o PT na disputa presidencial, fracassou ao tentar retomar áreas de influência no PSDB nacional. Os cardeais do partido - Serra excluído do concílio - preferiram manter no comando nacional o inexpressivo Sérgio Guerra a arriscar abrir espaço de poder para o ex-governador, um político que levou ao limite, nas eleições passadas, sua vocação desagregadora.

O ex-governador não tem mais espaço nacional no PSDB. E o seu "Plano B", o PSD do prefeito Gilberto Kassab, alçou voos próprios que não credenciam seu criador a ir além da capital paulista no apoio a Serra. Integrantes do novo partido consideram que o prefeito pode cumprir seus compromissos passados com o ex-governador se ele decidir disputar as eleições para prefeito. Para aí. A vocação governista com que nasce o PSD não aconselhariam a apoiar Serra contra o governador Geraldo Alckmin, numa disputa pelo governo do Estado, ou ir na direção contrária a da presidenta Dilma Rousseff, na disputa pela reeleição.

No PSDB paulista, Serra perdeu terreno na capital, onde tinha mais influência que Alckmin, e não expandiu seus domínios para o interior, reduto alckmista. A avaliação no núcleo tucano paulistano é que o PSDB não pode recusar a Serra a legenda para a prefeitura, se ele quiser, mas nem o partido gostaria que isso acontecesse, dado o alto grau de rejeição ao seu nome acusado por pesquisa do instituto DataFolha há duas semanas, nem o próprio ex-governador parece disposto a correr o risco de uma derrota municipal num momento em que está particularmente fraco. Isso inviabilizaria por completo qualquer tentativa futura de retomar uma carreira política nacional.

A estratégia de fazer o PSDB paulistano engolir um dos poucos serristas que restaram, o senador Aloysio Nunes, como candidato à prefeitura, caiu pela total falta de interesse do próprio senador. O espaço está aberto para a disputa entre dois nomes da órbita de influência de Alckmin, seus secretários José Anibal e Bruno Covas, na disputa pela legenda do partido à prefeitura.

Os destinos de Serra e do PSD dificilmente se encontrarão no âmbito nacional porque, afirma um dos seus articuladores, "o partido nasce com uma grande vocação governista". Em São Paulo, para cumprir a sua vocação, tem que ser Dilma Rousseff - não existe possibilidade de acordo com o governador tucano, com quem Kassab disputou a prefeitura, com o apoio de Serra, em 2008. O único caminho para acordo seriam ambos se unirem em torno de uma candidatura Serra, o que é altamente improvável. Sem essa alternativa, o PSD deve caminhar em faixa própria lançando um candidato.

No resto do país, o partido já exerce sua vocação governista de maneira plena. Nos redutos dos governadores de partidos da base de apoio de Dilma, o PSD, na grande maioria, conseguiu unir, de forma conveniente, dois governismos, o estadual e o federal. O governador Jaques Wagner (PT) ajudou a formação do partido na Bahia; Marcelo Déda (PT), em Sergipe; Eduardo Campos (PSB), em Pernambuco e Cid Gomes (PSB) no Ceará. No Rio, o partido foi montado com a ajuda de um governador e um prefeito governistas no plano federal, Sérgio Cabral (PMDB) e Eduardo Paes (PMDB). No Maranhão, foi constituído na órbita de influência da governadora Roseana Sarney (PMDB). No Piauí, está ligado ao governador Wilson Martins (PSB); na Paraíba, ao governador Ricardo Coutinho (PSB).

No Rio Grande do Norte, que tem a única governadora do DEM, Rosalba Ciarlini, e no Pará, com o tucano Simão Jatene, ambos de oposição ao governo federal, o PSD nasce apoiando o governo do Estado e o governo federal, ao mesmo tempo. Em Santa Catarina, o próprio governador, Raimundo Colombo, aderiu ao novo partido. Segundo um dos organizadores da nova legenda, o PSD apenas sera oposição estadual, de fato, no Acre e no Amapá.

Os interesses nacionais do PSD, portanto, não credenciam Kassab a se comprometer com Serra além das fronteiras da capital paulista. Os interesses nacionais do PSDB não convergem para Serra. Este é o horizonte do adversário de Dilma Rousseff nas eleições presidenciais do ano passado.

UBS e a máfia rentista da Europa

Por Altamiro Borges

Na semana passada, o maior banco da Suíça, o UBS, anunciou um rombo de US$ 2 bilhões – cerca de R$ 3,5 bilhões. De imediato, o funcionário Kweku Adoboli, lotado no escritório de Londres, foi preso, acusado de ter feito operações financeiras fraudulentas. O banco tenta limpar a sua imagem. Joga toda a culpa no detido e garante que os seus clientes não sofrerão qualquer prejuízo.

Mas a sujeira é visível. Evidencia o caos em que se transformou o sistema financeiro mundial, totalmente desregulamentado pelos sucessivos governos neoliberais, e responsável pelo brutal agravamento da crise capitalista. Adoboli trabalhava com as complexas operações de derivativos – uma malandragem dos banqueiros e rentistas para especular com papéis futuros.

O oportunismo de Yoani Sánchez

Por Iroel Sánchez, no blog La Pupila Insomne:

A multipremiada blogueira Yoani Sánchez acrescentou novas pérolas ao ciberbestiário, conforme o apresentado em sua antológica entrevista ao historiador francês Salim Lamrani [*].

Em diálogo com o jornal porto-riquenho El Nuevo Dia, a senhora Sánchez investe contra o povo cubano, a quem atribui o comportamento daqueles que, como ela, só pensam com o bolso:

Pós-graduandos fazem tuitaço

Por Luana Bonone, diretora de comunicação da ANPG, no sítio da entidade:

A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) organiza uma semana concentrada de campanha pela valorização das bolsas de pesquisa que teve início na segunda (19) e vai até essa sexta-feira (23). O foco é o reajuste das bolsas de mestrado e doutorado, que estão com os valores congelados há mais de 3 anos, embora as pautas por financiamento para educação e ciência e tecnologia também façam parte do debate. Além de ações nas universidades, a entidade promove uma diversificada campanha virtual, com Twittaço da hashtag #reajustedebolsasja marcado para esta quinta-feira (22).

Esclarecimento dos blogueiros de MG

Enviada por Michael Rosa:

Em face da exploração política de um lamentável fato que ocorreu com um dos participantes do Encontros dos Blogueiros Progressistas, a Comissão de organização do BlogProgMG ("Bloguemus") esclarece:

A) O ativista de redes sociais, de nome Nartagman, participou, como indivíduo, dos debates do encontro estadual mineiro de blogueiros progressistas. Evento que teve mais de 150 inscritos.

Paulo Freire e as verdades escondidas

Por Venício A. de Lima, no Observatório da Imprensa:

Trinta anos após sua primeira edição, o que justificaria a republicação de Comunicação e Cultura: as idéias de Paulo Freire, um livro que explora o pensamento e a prática do educador brasileiro no período anterior à dissolução do chamado socialismo real; anterior às eleições que levaram ao poder vários governos populares na América Latina, na contramão da nossa tradição histórica; anterior à revolução digital que dá origem às imensas transformações tecnológicas nas comunicações? O que a prática e a reflexão posteriores de Freire – produtivo até sua morte em 1997 – acrescentaram sobre comunicação e cultura? O que pensam os pesquisadores, sobretudo os brasileiros, a respeito da contribuição de Freire para os estudos de comunicação?

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dilma na ONU: sem complexo de vira-lata

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Na abertura da Assembléia Geral da ONU, ao falar para o mundo, Dilma destacou a condição feminina e a especificidade do Brasil no mundo. Emocionou-me a menção que a presidenta fez à lingua portuguesa. Lembrei-me de certo presidente (brasileiro, até prova em contrário) que foi à França e preferiu falar em Francês (!) na Assembléia Nacional daquele país. Era o presidente que certa elite brasileira considerava ”cosmopolita”. Um cosmopolita que preferia falar em francês. Terminou o discurso dizendo “Vive la France!!”. Patético.

Palestina agradece o apoio brasileiro

Por Viviane Vaz, de Ramallah, na CartaCapital:

Milhares de palestinos aproveitaram nesta quarta-feira o dia de folga estabelecido pela Autoridade Palestina para participar das demonstrações de apoio à iniciativa do presidente Mahmud Abbas em buscar um assento na ONU – seja de membro permanente ou observador.