quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Quem assume essa culpa?

Por Cris Rodrigues, no blog Somos Andando:

Mesmo acompanhando à distância, não posso me furtar a um comentário sobre o triste caso do cinegrafista baleado enquanto cobria um tiroteio logo atrás de um policial atirando, na favela de Antares, zona oeste do Rio de Janeiro.

USP: botas da PM mutilam a democracia

Editorial do sítio Vermelho:

“Aqui estes beleguins de tropa militar não entram, porque entrar na Universidade só através de vestibular” - estas palavras de Pedro Calmon, que era reitor quando a Universidade de Brasília foi ocupada pela Polícia Militar em agosto de 1968, não estavam relegadas ao recanto da triste memória da ditadura militar onde deveriam estar. Em São Paulo do governador tucano Geraldo Alckmin e do reitor João Grandino Rodas, da USP, elas estão vivas em São Paulo. Aqueles mandatários são os responsáveis pela atual reencenação daquele drama antidemocrático que chegou ao absurdo de conduzir, num ônibus improvisado, 73 estudantes presos depois da reintegração de posse da madrugada do dia 8.

Por que são processados os blogueiros?

Por Renata Mielli, no blog Janela sobre a Palavra:

Pode até não parecer, mas há um quê de filosofia embutida nesta pergunta aparentemente simples. Qual o limite da opinião, qual o futuro da humanidade na era da cibercomunicação, são questões para as quais ainda não se tem respostas – talvez nunca tenham.

McDonald’s explora trabalho escravo

Por Altamiro Borges

A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de São Paulo promoveu nesta quarta-feira (9) uma audiência pública para analisar as denúncias do uso de trabalho análogo à escravidão pela poderosa multinacional estadunidense McDonald’s. O evento foi aberto com a apresentação de um vídeo com depoimentos de jovens trabalhadores vítimas da brutal exploração.

"Socialites" defendem repressão na USP



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Mídia: fiscalização ou poder paralelo?

Por Venício A. de Lima, na revista Teoria e Debate:

No clássico Four Theories of the Press, de Siebert, Peterson e Schramm – uma das consequências indiretas do longo trabalho da Hutchins Commission, originalmente publicado no auge da Guerra Fria (University of Illinois Press, 1956) –, uma das funções descritas para a imprensa na chamada “teoria libertária” era exercer o papel de “sentinela” da liberdade.

Em outro livro, também clássico, que teve uma pouco conhecida tradução brasileira (Os Meios de Comunicação e a Sociedade Moderna, Edições GRD, 1966), Peterson, Jensen e Rivers assim descrevem a função:

Cinegrafista da Band e assédio moral

Por Antônio Mello, em seu blog:

A morte do cinegrafista da Band Gelson Domingos, que levou um tiro de fuzil quando cobria uma operação policial no Rio, acendeu a luz amarela nas redações. Em busca do furo, da audiência, emissoras estariam arriscando a vida de seus funcionários?

A espetacularização da barbárie

Por Izaías Almada, no blog Escrevinhador:

Mal a humanidade inicia a sua caminhada pelo século XXI adentro e os sinais exteriores da barbárie reclamam seu perverso protagonismo no dia a dia de todos nós cidadãos e começam a pontuar, a se destacar, nos grandes feudos de comunicação em massa. O capitalismo perdeu a compostura de vez e escancara para quem quiser ver a verdadeira natureza de suas entranhas.

MST e Intervozes promovem debate


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Datena é condenado a indenizar ateu

Do sítio Sul 21:

No último dia 12 de setembro, a juíza Márcia Rezende Barbosa de Oliveira, da 3ª Vara Cível de Taubaté, condenou a TV Bandeirantes e o apresentador José Luis Datena a indenizarem Sisenando Calixto em R$ 10 mil. Calixto é ateu e se sentiu ofendido por declarações de Datena no programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, no dia 27 de julho de 2010. No programa, o apresentador dedica vários minutos ligando crimes hediondos ao ateísmo. Os réus recorreram no mês de outubro e o recurso de apelação ainda não foi julgado.

Regionalização da publicidade avança

Por André Barrocal, no sítio Carta Maior:

No primeiro ano do governo Dilma Rousseff, a capilarização da publicidade federal paga com verba da Presidência da República vai aumentar, atingindo mais veículos de comunicação do que no fim da gestão Lula. O ritmo de crescimento da regionalização da publicidade deve ser, no entanto, o menor dos últimos quatro anos.

EUA: Democracia só de nome

Por David Brooks, do jornal mexicano La Jornada, no sítio da Adital:

Nos Estados Unidos, o dinheiro se concentra em mãos de pouca gente e essa distribuição de ingressos e riqueza "ameaça que nos tornemos uma democracia somente de nome”, adverte o economista Prêmio Nobel, Paul Krugman.

"Nossos políticos são pouco mais que lavadores de dinheiro no tráfico de poder e político; pouco menos de seis graus de separação do espírito e das táticas de Tony Soprano”, afirma o grande jornalista veterano Bill Moyers. Agrega que "não há mistério no porquê o Parque Zuccotti (Praça Liberdade) está cheio de gente. Os jornalistas continuam arrancando os cabelos e perguntando ‘por que estão aqui?'. Porém, está claro que estão ocupando Wall Street porque Wall Street está ocupando o país”.

Mídia isola Barbiere, o “leproso”

Por Altamiro Borges

Depois de 16 anos como fiel integrante da base de apoio dos governos tucanos em São Paulo, o deputado Roque Barbiere cogita romper com Geraldo Alckmin. Autor das graves denúncias sobre o esquema de venda de emendas na Assembléia Legislativa, ele diz que é vítima de feroz perseguição, sendo tratado como “um leproso politicamente” pelos aliados do governador do PSDB.

O boicote ao Conselho de Comunicação

Por Venício A. de Lima, no Observatório da Imprensa:

É certamente constrangedor registrar, pelo quinto ano consecutivo, a ilegalidade do Congresso Nacional em relação ao cumprimento da Constituição Federal e da lei 8.389/1991: no domingo, 20 de novembro, serão cinco anos que o Conselho de Comunicação Social (CCS), criado pela Constituição de 1988 (artigo 224) e regulamentado por lei em 1991, se reuniu pela última vez. De lá para cá a Mesa Diretora se recusa a convocar a sessão conjunta para eleição dos novos membros, como manda o § 2º do artigo 4º da Lei 8.389/91.

Da internet às ruas e à conta bancária

Por Manuel Castells, no sítio Outras Palavras:

O capital financeiro e seus altos executivos enfrentam um sério problema: as pessoas não gostam deles. Mais que isso, são odiados por muita gente. E a raiva atinge também os políticos, que são vistos como marionetes dos bancos e que não duvidam em protegê-los com o dinheiro dos contribuintes, sem que as instituições financeiras retribuam o favor quando vão bem e o país vai mal. Afinal, argumentam, o dinheiro pertence aos acionistas.

Reações ao câncer de Lula e à PM na USP

Por Maurício Caleiro, no blog Cinema & Outras Artes:

As reações, na internet, a dois eventos recentes – o anúncio de que o ex-presidente Lula está com câncer e a atuação da PM na USP – têm causado perplexidade e repulsa pelo modo agressivo com que se expressam e pelo que evidenciam de falta de educação, preconceito e inadaptabilidade ao debate democrático. Mas, como veremos, há mais pontos em comum entre essas duas manifestações de intolerância do que à primeira vista sugerem.

Os leitores e a imprensa decadente

Por Washington Araújo, no blog Um cidadão do mundo:

Qual o problema do jornalismo? De onde vem esse sentimento de que o nosso jornal já não é mais o nosso jornal? Desde quando o nosso jornal deixou de ser o nosso jornal? Como foi que se tornou árdua a leitura do jornal diário? Por que tenho a impressão que o meu jornal mudou de endereço, de idéias, de linhas editoriais e de eixo? Será que, bem antes que eu trocasse de jornal, este me trocou por outro tipo de leitor? O que fazer com essa carga de lembranças que eu e o jornal fomos construindo ao longo de tantos anos? Por que me é difícil ler um editorial por inteiro sem levantar três ou quatro bem fundadas suspeitas de que estou sendo enganado e umas cinco ou seis de que eles estão me sonegando algo? Por que o meu jornal muda tanto de roupagem, mas não se arrisca a mudar, ao menos, de erros? Mudei eu ou mudou o jornal?

Santander provoca sangria no Brasil

Por Mauro Santayana, em seu blog:

A EBA – European Bank Authority - acaba de anunciar que os bancos espanhóis serão os que mais necessitam de capitalização, na Europa - depois dos gregos -, no combate à crise, e terão que levantar mais de 26 bilhões de euros nos próximos meses.

Os tambores de guerra contra o Irã

Editorial do sítio Vermelho:

A aliança entre o imperialismo dos EUA e o sionismo que governa Israel é a grande ameaça contra a paz no mundo, evidência que se reforçou desde a semana passada quando os tambores da guerra voltaram a soar em Tel Aviv e Washington anunciando um provável ataque militar contra instalações nucleares no Irã.

Não-carta ao ex-presidente FHC

Por Cynara Menezes, na revista CartaCapital:

Caro ex-presidente e ex-professor da USP Fernando Henrique Cardoso:

Não lhe escrevo essa carta, na verdade não existe carta nenhuma, porque falar de maconha é um tema proibido em nosso país. Nos últimos anos, o senhor tem inclusive contribuído para trazer este debate à tona, ao propor publicamente a descriminalização da maconha em palestras e com o documentário “Quebrando o Tabu”. Mas nem mesmo o senhor, sendo idolatrado pela mídia do jeito que é, tem sido capaz de romper a hipocrisia que reina no Brasil em torno deste assunto. Até marcha pela descriminalização é proibida por aqui, como se a liberdade de expressão não valesse para a “erva maldita”.