terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Dilma e o harakiri midiático

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Harakiri (腹切り) foi um ritual suicida japonês do período medieval que consistia em pessoas que queriam pôr fim à própria vida estriparem-se com uma espada samurai. A frieza e a metodologia daquela forma de suicídio a torna perfeita, como analogia, para caracterizar o que a mídia vem fazendo consigo mesma na questão da geração de energia hidrelétrica.

Chacina de Unaí segue sem julgamento

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

A procuradora da República Mirian Moreira Lima, do Ministério Público Federal em Minas Gerais, acredita que o julgamento da chamada chacina de Unaí (noroeste de Minas Gerais) pode começar em fevereiro ou março, mas o fato de nenhum dos nove denunciados ter sido intimado até agora provoca, segundo ela, “angústia” no MPF. “Não há nenhuma pendência mais no processo”, afirma. “A insatisfação do Ministério Público com a demora é muito grande. Já houve pedidos de julgamento imediato". O caso refere-se ao assassinato de quatro servidores do Ministério do Trabalho e Emprego, durante uma fiscalização, na manhã de 28 de janeiro de 2004. Há poucos dias, o MPF fez novo apelo para que o julgamento seja realizado, enviando ofício à Corregedoria Nacional de Justiça.

OIT e o azar da nossa direita

Por Flávio Aguiar, no sítio Carta Maior:

Como se não bastassem as declarações da cúpula do FMI em favor de uma robusta intervenção do Estado na economia para favorecer o crescimento, agora a OIT lança um relatório em que o Brasil sai bem de modo singular – com todos os seus (nossos) problemas.

O lucrativo negócio da saúde

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Não há melhor negócio no mundo do que a saúde. Não há maior prova de humanismo do que o exercício honrado da medicina. São duas visões conflitantes da mesma ideia, a que une a vontade de viver e o medo permanente da morte.

Justiça do RJ: TV Globo joga em casa

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Na praça Clóvis/Minha carteira foi batida/Tinha vinte e cinco cruzeiros/E o teu retrato…
Vinte e cinco/Eu, francamente, achei barato/Pra me livrarem/Do meu atraso de vida
(Paulo Vanzolini, “Praça Clóvis”)


Um advogado amigo costuma dizer: “no Rio, a Globo joga em casa”.

Hoje, tivemos mais uma prova. Ano passado, fui condenado em primeira instância, num processo movido pelo diretor de Jornalismo da Globo, Ali Kamel. Importante dizer: a juíza na primeira instância não me permitiu apresentar testemunhas, laudos, coisa nenhuma. Acolheu na íntegra a argumentação do diretor da Globo – sem que eu tivesse sequer a chance de estar à frente da meritíssima para esclarecer minhas posições.

Venezuela: notícias fabricadas nos EUA

Por Altamiro Borges

O sítio espanhol Rebelión publicou hoje uma nota que serve para desmascarar alguns “calunistas” da mídia nativa. Segundo levantamento feito nos últimos dois meses do ano passado, 56% das notícias divulgadas pelo jornal El País (que é referência para muitos jornalistas brasileiros) foram produzidas em Miami, famoso antro das forças mais reacionárias dos EUA e de ativos terroristas da CIA. Com base nestas informações plantadas, a mídia colonizada analisa a situação venezuelana, inclusive o estado de saúde de Hugo Chávez.  

Globo "erra" sobre Aldeia Maracanã



Haddad manterá privatização da saúde?

Por Altamiro Borges

No início da sua gestão em São Paulo, o prefeito Fernando Haddad parece que ainda não sabe o que fazer com a bomba das chamadas Organizações Sociais (OSs), que gerenciam boa parte das unidades de saúde na capital paulista. Na semana passada, ele prorrogou por um ano contratos de três delas. Os aditamentos somam R$ 135,5 milhões. Durante a campanha eleitoral, vários setores que apoiaram a sua candidatura defenderam o fim desta forma de privatização. Já o tucano José Serra, derrotado, pregou a continuidade das OSs.

Governo deve apoiar mídia alternativa

Por Venício A. de Lima, no Observatório da Imprensa:

Em audiência pública na Comissão de Ciência & Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, realizada em 12 de dezembro último, o presidente da Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunicação (Altercom), Renato Rovai, defendeu que 30% das verbas publicitárias do governo federal sejam destinadas às pequenas empresas de mídia.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A decepção com a política agrária

Por Eduardo Sales de Lima, no jornal Brasil de Fato:

Completados dez anos da presen­ça do Partido dos Trabalhadores (PT) no comando do governo federal ainda existem cerca de 150 mil famílias de tra­balhadores rurais sem-terra acampadas em dezenas de acampamentos Brasil afora, lutando por seu pedaço de terra. Surpreendentemente, nos oito anos do governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso foram cria­dos 4.410 assentamentos. Na década de Lula/Dilma o número foi de 3.711. Os dados são do Dataluta/Unesp – Banco de dados da Luta pela Terra.

Quem ganha com o “tripé” neoliberal?

Editorial do sítio Vermelho:

Os oráculos do neoliberalismo e da especulação financeira estão em polvorosa. O tripé desmorona – este é o mantra repetido pelos especialistas dos jornalões contra a orientação econômica da presidenta Dilma Rousseff, do ministro da Fazenda Guido Mantega e do presidente do Banco Central Alexandre Tombini.

Economia: Muito barulho por nada

Por Luiz Gonzaga Belluzzo e Júlio Gomes de Almeida, na CartaCapital:

Para se manter na moda, up to date, o Brasil concebeu o seu próprio “abismo fiscal”. A encrenca foi criada na Lei de Diretrizes Orçamentárias, que obriga a fixação do superávit primário em valores correntes. Esse inconveniente poderia ser contornado pelo envio ao Congresso Nacional de um projeto de lei que alterasse a LDO. Uma manobra que provavelmente suscitaria os mesmos gritos e sussurros da turma brava.

Aécio e inflação. Ao vencedor, o filé


O senador Aécio Neves, em sua coluna semanal para a Folha, mostra-se justamente preocupado com a inflação. Seu artigo, todavia, peca pelo convencionalismo vazio, artificial, típico de quem escreve como que procurando se livrar, rapidamente, de uma obrigação. A noite é uma criança, não é mesmo?

Atitudes face à crise atual

Por Leonardo Boff, no sítio da Adital:

Ninguém face à crise pode ficar indiferente. Urge uma decisão e encontrar uma saída libertadora. É aqui que se encontram várias atitudes para ver qual delas é a mais adequada a fim de evitarmos enganos.

A primeira é a dos catastrofistas: a fuga para o fundo: estes enfatizam o lado de caos que toda crise encerra. Veem a crise como catástrofe, decomposição e fim da ordem vigente. Para eles a crise é algo anormal que devemos evitar a todo custo. Só aceitam certos ajustes e mudanças dentro da mesma estrutura. Mas o fazem com tantos senões que desfibram qualquer irrupção inovadora.

Dilma baixa conta de luz. Cadê o Aécio?

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br
Por Altamiro Borges

Foi publicada hoje no Diário Oficial da União a Lei 12.783, de 11 de janeiro de 2013, que prorroga as concessões das empresas de geração de energia e reduz as tarifas para os consumidores. Sancionada pela presidente Dilma Rousseff, ela faz parte do pacote de iniciativas do governo para aquecer a economia, afastando os riscos de maiores impactos da crise mundial do capitalismo. A lei beneficiará empresas e residências, com cortes de até 20% nas contas de luz.

A mídia no papel da oposição

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Uma das teses mais esquisitas que surgiram no Brasil moderno sugere que a imprensa livre, aspas, deve fazer o papel da oposição na política, dada a suposta fraqueza desta.

A ideia foi claramente formulada pela primeira vez, ao que parece, por uma executiva da Folha, Judith Brito, que ocupou a presidência da Associação Nacional de Jornais. Disse ela: “Os meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada.”

O fiasco do ato contra Lula em SP

Foto: Eduardo Knapp/Folhapress
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Claro que foi risível o fiasco dos 20 gatos pingados que foram à avenida Paulista no domingo para insultar o ex-presidente Lula e o PT. A quantidade de piadas possíveis sobre essa iniciativa ridícula é imensurável e está fazendo a festa de quem se indignou com aquela cretinice.

Uma direita à procura de um país

Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:

"A história nos oferece duas lições claras: reduzir a dívida é incrivelmente difícil sem crescimento, e aumentar o crescimento é incrivelmente difícil sem uma pesada carga de dívida pública" (Christiane Lagarde, diretora-executiva do FMI; 12-01-2013).

"Não se pode melhorar a situação fiscal sem que haja crescimento antes" (Shinzo Abe, líder direitista do conservador Partido Liberal, recém indicado primeiro ministro do Japão com uma agenda que inclui: pacote de US$ 115 bi em investimentos públicos; afrouxamento monetária e elevação da meta de inflação; 12-01-2013).

Folha e o preço da manipulação

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Quanto vale uma manchete de jornal?

Observe-se, por exemplo, a manchete da Folha de S.Paulo de segunda-feira (14/1): “Brasil perde investimento para outros emergentes”. No texto interno, o jornal afirma que “fundos de investimento estrangeiros estão trocando o Brasil por outros mercados emergentes, em um movimento que tem entre suas causas os impostos mais altos e a maior interferência do governo na economia”.

Mídia pede a volta da ortodoxia

Por José Dirceu, em seu blog:

Soa como piada, embora das mais graves, o discurso sobre a inflação que vem sendo reforçado na imprensa nos últimos dias. Reportagens, editoriais e artigos pedem nada mais nada menos do que a volta da ortodoxia. A alienação é enorme.