segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Um escândalo pronto para servir

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Um dos aspectos mais curiosos da Operação Lava Jato reside em seu caráter totalmente previsível. Desde que, sob orientação do juiz Sérgio Moro, as primeiras prisões foram efetuadas e os primeiros depoimentos foram colhidos, já era possível adivinhar que o país iria assistir a uma operação-monstro, pré-destinada a fazer história pela quantidade de empresários e políticos denunciados.

Ideologia das trevas virou moda

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Tomando por base o que lemos na internet e ouvimos na filas do banco, nos supermercados, ônibus, metrôs, trens, nos restaurantes e nos botecos, cada vez mais brasileiros perderam o pudor de defender as teses mais obscurantistas, xenófobas, racistas e preconceituosas, na direção oposta de várias conquistas humanistas e civilizatórias. Por isso, o apoio maciço à bárbara execução do brasileiro Marco Archer pela Indonésia, nas redes sociais, não surpreende. É apenas mais uma entre as incontáveis manifestações insanas que inundam os comentários dos sites noticiosos do PIG, o facebook e o twitter. Ser reacionário e fascista está virando moda no Brasil, essa é a verdade. Aos cientistas políticos, antropólogos, psicólogos e quadros políticos deixo uma sugestão para análise e estudo: por que será que o ódio e a intolerância como instrumentos de luta política cresceram de forma tão exponencial depois das jornadas de junho de 2013 ?

Obama decide taxar ricos. E no Brasil?

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Se já tinham alguma desconfiança, os ricos brasileiros e seus blogueiros de estimação agora é que vão ter certeza mesmo de que Barack Obama é comunista.

Na contramão das medidas econômicas recessivas que vêm sendo estudadas pelo governo Dilma 2, o presidente dos EUA vai anunciar nesta terça-feira, em seu discurso anual sobre o Estado da União, que enviará projeto ao Congresso com proposta que prevê aumentar os impostos dos mais ricos e dos bancos e, ao mesmo tempo, desonerar a carga tributária da classe média.

Crescimento e inclusão social

Por Eduardo Fagnani, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:


Políticas sociais e econômicas são faces da mesma moeda. Para alcançar o bem-estar social não basta boa política econômica, que vise ao crescimento e à equidade. Também é necessária boa política social que transfira renda e amplie o acesso universal aos bens e serviços públicos.

O crescimento da riqueza é condição necessária para o desenvolvimento. Já no prefácio de Estado do futuro, Gunnar Myrdal (1962, p.56) observa que é “irrefutável e patente” que a ampliação dos investimentos, da produção e da renda se constitui na mais essencial das condições para a ampliação do bem-estar social. Por isso, dizia Myrdal naqueles tempos, “em todos os países estamos, hoje, lutando pelo desenvolvimento econômico”, principalmente os países mais pobres, conscientes da necessidade do progresso material para o bem-estar social.

domingo, 18 de janeiro de 2015

A mídia e o desrespeito às religiões

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Em meados dos anos 90, um bispo evangélico chutou uma imagem de Nossa Senhora Aparecida em um programa da TV Record. Houve comoção nacional. A Globo aproveitou o incidente para conduzir uma feroz campanha contra o bispo e a Record.

O episódio resultou na demissão do bispo, no seu afastamento da sua igreja e em pedido de desculpas da Record.

Aécio Neves e o Caixa-2 milionário

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) do Rio de Janeiro representou contra oito deputados eleitos, sendo quatro federais e quatro estaduais, por fazerem material gráfico da campanha de 2014 "por fora" do que consta das notas fiscais, segundo os procuradores, caracterizando caixa 2.

O grosso da denúncia envolve caciques do PMDB dissidente que apoiaram o voto "Aezão", ou seja, Luiz Fernando Pezão (PMDB) para governador e Aécio Neves (PSDB) para presidente. O deputado estadual e presidente do PMDB fluminense, Jorge Picciani, e seus dois filhos, o deputado federal Leonardo Picciani e o estadual Rafael Picciani, gastaram mais de R$ 1 milhão cada um em material gráfico "por fora", sempre segundo a PRE-RJ.

O Brasil e os refugiados do mundo

Por Mauro Santayana, em seu blog:

O Conare, do Ministério da Justiça, informa que, em 2014, aumentou em três vezes a concessão de refúgio pelo Brasil, para 2.320 estrangeiros beneficiados, com relação ao ano anterior. A maior parte dos refúgios foi concedida para sírios, seguidos de libaneses, devido à caótica situação vivida pelo Oriente Médio e o Norte da África, depois a esparrela da “Primavera Árabe”, que só gerou golpes, destruição e morte na região.

O mundo segundo Mafalda

Por Dandara Lima, no site da UJS:

A exposição “O mundo segundo Mafalda”, que comemora os 50 anos da personagem, chegou a São Paulo no dia 17 de dezembro e fica até o dia 28 de fevereiro, na Praça das Artes, com entrada gratuita.

A exposição foi idealizada pela conterrânea de Quino, Sabina Villagra, e trazida ao Brasil pela Fundação Theatro Municipal de São Paulo em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e o programa São Paulo Carinhosa, da primeira-dama da capital Ana Estela Haddad.

Mídia é contra a liberdade de expressão

Por Miguel do Rosário, no blog Tijolaço:

É preciso enterrar esta mentira.

A mídia brasileira não defende a liberdade de expressão.

Nem absoluta, nem parcial, nem nenhum tipo de liberdade de expressão.

A única liberdade que a mídia conhece é aquela que lhe interessa comercialmente.

Guerra ao terror e a narrativa da mídia

A punhalada fiscal de Levy e Dilma

Por Carlos Drummond, na revista CartaCapital:

Foi uma punhalada nas costas”, resumiu Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores, ao se referir às Medidas Provisórias 664 e 665, de redução de direitos trabalhistas e proteção social editadas pelo governo Dilma Rousseff no fim de dezembro. As decisões dificultam o acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial, à pensão por morte, ao auxílio-doença e ao seguro-defeso pago aos pescadores no período de proibição da sua atividade. A justificativa é combater fraudes e cortar 18 bilhões de reais nas despesas da União, parte do ajuste fiscal de, no mínimo, 60 bilhões definido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para atingir um superávit primário de 1,2% do PIB.

Somos todos Manchetômetro!

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

No momento em que o conservadorismo captura o tema da liberdade de expressão para, mais uma vez, colocá-lo ao abrigo das suas conveniências, servindo-se agora da justa comoção causada pelo massacre terrorista contra o Charlie Hebdo, uma fresta se abre na esférica blindagem do oligopólio midiático brasileiro.

Mídia investe contra o Papa Francisco

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Finalmente a mídia começou a criticar o Papa Francisco.

Demorou, visto que o papa representa o exato oposto daquilo pelo que se batem os donos das grandes empresas jornalísticas.

Desde o primeiro momento de seu pontificato, Francisco tomou o partido dos pobres. Em quase todos os seus pronunciamentos, ele investe contra a desigualdade social.

As causas do terror na França

¨Não somos palhaços"
Editorial do jornal Brasil de Fato:

O massacre, ocorrido na sede do jornal satírico Charlie Hebdo, dia 7 de janeiro, em Paris, que provocou a morte de 12 pessoas, é um crime horrível e inaceitável. Além da nossa solidariedade e apoio aos familiares e amigos das vítimas, merece o repúdio de todos. Os motivos e as causas desse crime abominável devem ser esclarecimento à sociedade. E que a verdade venha à luz para que essas práticas criminosas sejam coibidas definitivamente.

A lógica da oposição contra Dilma

Editorial do site Vermelho:

O cenário político segue marcado pela continuidade da ofensiva oposicionista visando a imobilizar e desgastar o governo da presidenta Dilma.

Articulando a ação do campo conservador com o forte impulso da mídia monopolizada, o sistema oposicionista usa todo o seu poder para influenciar a condução das investigações no curso da chamada “Operação Lava Jato”.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Dez dicas para viver sem água em SP

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Inspirado no grande Iberê Thenório, do Manual do Mundo, que mostrou como lavar um carro com menos de um copo de água e como gastar muito pouco no chuveiro, trago dez dicas para se viver com menos de um litro de água por dia. Agrupei técnicas milenares sobre as quais já havia rabiscado algumas linhas aqui e listo as recomendações – porque 2015 promete ser um ano com torneiras em crise de identidade em São Paulo.

Levy e o jornalismo de portaria

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, decidiu restringir a presença de repórteres, fotógrafos e cinegrafistas na portaria do ministério durante sua chegada. A novidade, criticada por jornalistas e publicada em nota pela Folha de S. Paulo na sexta-feira (16/1), tem provavelmente sua origem na sucessão de especulações que vêm sendo publicadas pela imprensa sobre possíveis mudanças nas regras da economia.

Cecília Malan e a cortina da ilusão

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Trabalhar ao vivo, na televisão, é sempre muito complicado. Os críticos de sofá não têm a mínima ideia do que o repórter já enfrentou antes de aparecer na telinha para dar as informações mais recentes.

Para complicar, quem está do lado de cá não imagina o que está sendo dito naquele fone no ouvido do repórter. “Acelera”, “corta”, “acabou”, “fala mais um pouco” - eu mesmo já ouvi de tudo enquanto tentava desenvolver um raciocínio ao vivo, com limite de tempo e “segurando” toda a emissora.

Publicidade e o monopólio da mídia

Manifesto da Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunicação (Altercom):

A realidade dos meios de comunicação no Brasil aponta, cada vez mais, para dois tipos de concentração: o da informação e o das verbas publicitárias.

O maior anunciante público do país, o governo federal, em 2013 investiu 2,3 bilhões de reais em publicidade. Desse total, 1,5 bilhão foi para TV; 309 milhões para jornais e revistas; 176 milhões para rádio; 139 milhões para Internet e 176 milhões em outras mídias. Do montante investido em TV, 1,3 bilhões (86%) foram direcionados para as cinco grandes redes de sinal aberto, sendo que só a Globo ficou com cerca de 570 milhões.

A Petrobras e os inimigos do Brasil

Por Bepe Damasco, em seu blog:

O mundo vive uma situação delicada. Os efeitos da grave crise financeira de 2008 ainda abalam as economias dos países do capitalismo central, que oscilam entre a estagnação e a reação tímida, com taxas de desemprego alarmantes, concentradas especialmente na população jovem.

A China pisa no freio do crescimento, prejudicando as exportações de commodities de países em desenvolvimento como o Brasil. O comércio global esfria. Para piorar, o preço do barril do petróleo despenca no mercado internacional, jogando numa zona de sombras e incertezas o pré-sal, projeto estratégico do Brasil. Economias dependentes basicamente da receita do petróleo, como Venezuela, Rússia e Irã, ligam o sinal amarelo.