terça-feira, 7 de julho de 2015

PT e o cheiro de morte iminente

Por Jeferson Miola, no site Carta Maior:

Recentes pesquisas de opinião ajudam a entender a encruzilhada do PT e do governo Dilma nesta conjuntura crítica e perigosa para ambos.

A Vox Populi revela, em síntese, que o tamanho do ódio ao PT é menor que a sensação midiática criada; e, além disso, que os limites do antipetismo são maiores que aqueles que a mídia oposicionista desejaria que fossem: “apenas” 12% odeia o PT, 21% não vota no PT, 33% vota no PT e outros 33% podem - ou não - votar no PT. O povo humilde, a maioria absoluta da população brasileira, ainda acredita no PT.

Vídeo: Mídia, golpe a ditadura

A negação dos partidos e o fascismo

Por Altamiro Borges

O jornal O Globo divulgou na semana passada uma compilação de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que confirma o descrédito dos jovens com os partidos políticos. Segundo a pesquisa, o número de filiados entre 16 e 24 anos em cinco siglas (PT, PMDB, PSDB, PDT e PP) caiu 56% nos últimos sete anos. Os jovens nessa faixa etária somam hoje 132.292 filiados. Em 2009, eram cerca de 300 mil. "Dos governistas à oposição, os principais partidos brasileiros estão envelhecendo", conclui a matéria. Para o jornal da famiglia Marinho, que diariamente promove a escandalização da política e a negação da ação coletiva, o PT é a principal vítima deste crescente descrédito dos partidos.

O que a Grécia ensina ao Brasil?

Por Breno Altman, em seu blog:

Qualquer comparação entre distintas realidades nacionais nasce morta se omitidas ou negligenciadas as realidades concretas, mas a pátria do Syriza também traz lições universais.

Estratégias de mudanças sem conflito são eficazes apenas em períodos de bonança, quando a interseção entre transformação e paz se amplia porque o Estado tem mais recursos para investir na melhoria da vida dos pobres sem afetar a fortuna e os interesses dos ricos.

O Facebook, muito além do arco-íris

Por Rafael Evangelista, no site Outras Palavras:

Na última sexta-feira (26), as redes sociais foram invadidas pelas cores do arco-íris, em comemoração à decisão da Suprema Corte dos EUA de legalizar o casamento igualitário. As mais variadas imagens das sete cores foram usadas por milhões de pessoas no mundo todo, significando apoio e celebração à decisão dos EUA, mas também uma afirmação global contra o preconceito e a discriminação ligados à orientação sexual e de gênero.

A crise na Grécia, segundo Sardenberg

Da coluna "Notas Vermelhas", no site Vermelho:

Carlos Alberto Sardenberg é comentarista de economia em diversos veículos das organizações Globo e defensor intimorato das políticas de austeridade.

Age como um disciplinado autômato a serviço do mercado financeiro. Se amanhã os banqueiros decidirem que todos devem pagar taxas para respirar dentro de uma agência bancária (é só o que falta) não tenham dúvidas de que Sardenberg (em companhia de outros da mesma escola) fará ilustrados comentários provando por A + B que os banqueiros estão certos e que é um absurdo um cliente inspirar oxigênio e expirar gás carbônico, dentro das agências, impunemente. 

Golpe não é apenas derrubar Dilma

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Alguns amigos têm me criticado pelo que interpretam ser um “pessimismo” de minha parte ao descrever o que se passa com o governo Dilma.

Bem, confesso que otimismo não é, mas estou a anos-luz de achar que é inevitável sua derrubada formal e a consumação de um golpe no Brasil.

Dilma-PT: mirem-se no exemplo de Atenas

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A “Folha” abriu de forma curiosa o texto em que noticia a vitória do NÃO na Grécia: “em um resultado surpreendente…” De fato, o rechaço ao programa liberal imposto aos gregos foi surpresa – mas apenas para quem se baseia nas agências de notícias internacionais e nos comentaristas da GloboNews.

Acontece que o mundo real não aboliu a política.

"A classe jornalística" e o oportunismo

Da Rede Brasil Atual:

A jornalista Hildegard Angel afirma que colunistas da imprensa, que tiveram passado de esquerda, hoje não se constrangem em aderir ao pensamento conservador que domina a imprensa brasileira. Em debate na última sexta-feira (3), no Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé, Hilde, como é conhecida, foi categórica: “Essa é a história do oportunismo da imprensa brasileira. Do oportunismo dos intelectuais brasileiros, daqueles que se situam e formam suas panelinhas para manter seus cachês valorizados. Agora, não valoriza cachê ser de esquerda, o cachê fica baixo. Valoriza o cachê falar mal das causas sociais, dos progressos sociais, das conquistas sociais”.

Parlamentarismo branco está em marcha?

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Renato Rovai, em seu blog:

O gato do parlamentarismo subiu no telhado do Palácio do Planalto nos últimos dias. A provocação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que trouxe, como quem não quer nada, o tema à baila numa entrevista e notinhas aqui e acolá insinuando que isso poderia ser um caminho para a atual crise política, suscitaram preocupação e conversas acerca do tema em Brasília.

O dia seguinte ao impeachment

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Montando os Atos Institucionais e a lista de cassações, Costa e Silva chamou o Ministro da Fazenda Delfim Netto e indagou o que ocorreria se incluísse na lista o banqueiro Walther Moreira Salles.

Delfim disse que nada de mais. Haveria problemas com os bancos nova-iorquinos e europeus, sem dúvida. Também com a mídia norte-americana, já que Moreira Salles era amigo pessoal dos donos da CBS, do New York Times e do Washington Post. Fora isso, nada de mais.

Grécia derrota abutres e mídia rentista

Foto: Marco Djurica/Reuters
Por Altamiro Borges

A decisão histórica da Grécia, que rejeitou neste domingo (5) o terrorismo da “troika” – Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia –, ainda terá inesperados e tensos desdobramentos. Mas já dá para identificar os grandes derrotados nas urnas: os abutres do capital financeiro, o governo imperial de Angela Merkel e a mídia rentista. Como afirmou o primeiro-ministro Alexis Tsipras, logo após o fim da apuração – 61,3% votaram “não” e 38,7% pelo “sim” –, o resultado “demonstra que a democracia não pode ser chantageada”. A partir de agora as negociações com os banqueiros se darão em outro patamar, o que influenciará todo o velho e saqueado continente.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Maioria rejeita doação empresarial

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

As pesquisas de opinião pública, realizadas por lucrativos institutos privados, não são neutras. Elas servem a interesses políticos e econômicos. Antes da votação da redução da maioridade penal, várias sondagens foram publicadas reforçando a ideia de que a maioria da sociedade é a favor desta medida. Este foi um dos argumentos usados por Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal, para dar a sua segunda "pedalada regimental" e para garantir sua aprovação. Já nesta segunda-feira (6), o Datafolha divulgou uma pesquisa que comprova que a maioria dos brasileiros é contra as doações empresariais para as campanhas eleitorais. Por que ela não foi feita antes da primeira "pedalada" do lobista do Congresso, que garantiu a manutenção deste expediente que corrompe a democracia brasileira?

Equador enfrenta 'golpe de Estado suave'

Por Altamiro Borges

De laboratório das políticas neoliberais de desmonte do Estado, da nação e do trabalho, a América Latina se transformou na vanguarda mundial da luta contra este receituário destrutivo e regressivo. A vitória do militar rebelde Hugo Chávez, nas eleições da Venezuela em dezembro de 1998, abriu um novo ciclo político no continente, com a chegada aos governos de vários presidentes progressistas. Este ciclo, porém, enfrenta enormes desafios na atualidade. Conspirações orquestradas pelos EUA, sabotagens empresariais e cercos midiáticos tentam estancar estas experiências. Na semana passada, o presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou que o seu país enfrenta um "golpe de Estado suave".

Justiça livra McDonald's de multa

Por Altamiro Borges

A rede estadunidense McDonald's é poderosa. Ela ludibria os consumidores com falsas propagandas, envenena as crianças e ainda explora brutalmente seus trabalhadores. Mesmo assim, ela conta com o apoio de setores do Judiciário – o poder mais hermético e corruptível do país – e goza de prestígio na mídia privada – que garfa milhões em anúncios publicitários. Na semana passada, o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu anular a multa de R$ 3,2 milhões aplicada pelo Procon, órgão de defesa do consumidor, à multinacional. O órgão havia considerado abusiva a publicidade infantil da venda de lanche associada a brinquedos, mas o McDonald's recorreu à Justiça e venceu a parada.

Grécia pode mudar o curso da história

Ilustração do site Rebelión
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Vamos combinar que a espetacular vitória do Não, com 61% votos a favor, margem que não permite dúvidas sobre a vontade da população da Grécia, é acima de tudo uma vitória da dignidade humana. A fé na humanidade só pode ficar um pouquinho maior - apesar de todas as ressalvas - após o resultado de ontem.

A investida contra sites independentes

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Fernando Rodrigues tem dupla personalidade como colunista.

Contra poderosos, fala baixo. Ele teve acesso à lista de brasileiros do HSBC e protagonizou um dos maiores vexames do jornalismo brasileiro.

Não fez nada.

Stedile e os desafios da conjuntura

Do jornal Brasil de Fato:

Liderança do MST, maior movimento popular do campo no Brasil, João Pedro Stedile vê um cenário difícil e complexo para a classe trabalhadora, “um período de confusões que não se resolverá a curto prazo”.

Para ele, as dificuldades de cenário fazem com que, “de um lado, o povo vê todos os dias a burguesia tomando iniciativas contra ele, e um governo inerte e incapaz. E de nossa parte, não conseguimos chegar até a “massona” com nossas propostas, até porque a mídia é controlada pela burguesia”.

As agruras do jornalismo honesto

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Até o mundo mineral não nutre maior apreço pela figura do delator. A personagem não é simpática, nem mesmo quando sua delação é legalmente premiada. A mídia nativa, somente ela, e quem acredita nela, foge à regra, ao sentimento comum não somente do Oiapoque ao Chuí, mas também de um polo a outro do planeta Terra.

Mídia peculiar, empenhada em enganar seus leitores, a precipitá-los no equívoco a respeito da verdadeira essência e dos alcances da delação. Sem falar do insondável mistério de tantos vazamentos, o que o delator delata terá de ser provado. Exponho o óbvio. Parece-me, porém, que os crentes na mídia, ao lerem as manchetes ou ao ouvirem âncoras, locutores e comentaristas, supõem ler e ouvir a sacrossanta verdade factual.

Mídia: oportunismo e vocação para o golpe

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos da Barão de Itararé:

Imprensa alternativa, censura, tortura... Foram muitos os temas abordados no debate sobre mídia, golpe e ditadura, realizado no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo, na sexta-feira (3). O depoimento comovente de Hildegard Angel, porém, roubou a cena. Filha de Zuzu Angel e irmã de Stuart Angel, ambos assassinados pelos militares nos anos de chumbo, ela se emocionou e foi aplaudida de pé ao relatar sua experiência e criticar, de forma veemente, a imprensa brasileira.