quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Resposta neoliberal à crise na Inglaterra

Por Marcio Pochmann, na Revista do Brasil:

Base de lançamento mundial do receituário neoliberal, a partir da vitória eleitoral de Margaret Thatcher (1979-1990), a Inglaterra voltou a ter protagonismo com o governo de David Cameron, iniciado em 2010. Entre 1997 e 2010, contudo, o governo trabalhista de Tony Blair havia interrompido parcialmente a trajetória neoliberal com políticas de terceira via entre a tradição do conservadorismo e da social-democracia.

Rejeição para além do PT e de Dilma

Por Lúcia Rodrigues, na revista Caros Amigos:

A pesquisa desenvolvida pela professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Esther Solano, revela que as manifestações contra o governo federal vão além do ataque à presidenta Dilma e ao Partido dos Trabalhadores. Ela entrevistou pessoas que participaram dos protestos em março e abril na avenida Paulista, em São Paulo, e verificou que as criticas também atingem políticos da oposição.

Operação Zelotes pode atingir a Globo

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Há cerca de uma semana, o jornal Valor Econômico divulgou que “entre o fim de agosto e início de setembro o Ministério Público Federal encaminhará à Justiça a primeira leva de denúncias baseadas nas apurações da Operação Zelotes, da Polícia Federal”.

A informação foi dada pelo procurador responsável pelo caso, Frederico Paiva. “O número de denunciados será elevado”, diz ele.

Notícia do mercado ou mercado de notícia

Por Gabriel Gallipolo, na revista CartaCapital:

Assisti o percuciente Mercado de Notícias, documentário de Jorge Furtado, que desvenda as técnicas das empresas produtoras de notícias na imprensa brasileira, por meio de depoimentos espantosamente sinceros de jornalistas dos principais veículos do jornalismo nacional.

O título desse texto deriva da peça de Ben Johnson, qual o documentário se baseia, e me remeteu a uma passagem de Machado de Assis sobre as dificuldades em compreender o que dizem os economistas:


Dilma e o 'New York Times'

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Num país onde a visão externa costuma ser referência para tantas pessoas, é impressionante que o editorial do New York Times sobre a situação política brasileira tenha tido uma repercussão tão pequena. Trata-se de um assunto que o jornal conhece muito bem.

Nos últimos 40 anos, ocorreram duas tentativas de afastar um presidente norte-americano do posto. Uma delas, de Richard Nixon, foi considerada exemplar. A outra, contra Bill Clinton, fracassou - e todos se felicitam pelo fato do país ter evitado um vexame.

Prendem o boneco porque temem o homem

Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula
Por Adalberto Monteiro, no site da Fundação Maurício Grabois:

O boneco inflável com a cara do ex-presidente Lula representa o delírio daqueles que não suportam a redução das desigualdades sociais. É o troféu de guerra de quem não aceita os outrora pobres, hoje nas universidades e em aeroportos.

Ex-presidente Lula. Ex-presidente Lula. Eles se desesperam, se descabelam porque, mesmo depois de terem despejado pela grande mídia uma tonelada de infâmias contra Lula, não conseguem arrancar o ex-presidente do coração do povo e da consciência dos que lutam por um Brasil soberano, democrático e desenvolvido.

As marchas e os cúmplices da corrupção

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                            

Eles se dizem indignados com a corrupção no Brasil. Mentira. Não se viu no último domingo uma faixa, uma bandeira ou um miserável cartaz contra o financiamento empresarial de campanhas, mãe de nove entre dez esquemas de corrupção.

Eles acusam o PT de ter inventado a corrupção no Brasil, pregam prisão, cadeia e morte para Lula e Dilma, mas são incapazes de defender a reforma política, com soberania popular através de plebiscito, e Constituinte exclusiva, única maneira de mudar radicalmente o jeito de se fazer política no país.

Dr. Moro vai prender o Bill Gates?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Lula não tinha a obrigação de mostrar quem o contratou para palestras, desde que deixou a Presidência.

Mas mostrou.

41 empresas e instituições pagaram para que Lula falasse, em 70 palestras, para seus empregados, clientes e empresários – os seus e os de suas relações.

Não consta que qualquer delas tenha ido ao Procon, decepcionada com a qualidade e a atratividade destes eventos.

Brasil: Para onde queremos ir?

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Quando a névoa da crise embaralha os pontos cardeais de uma sociedade, o oportunismo pode conduzir cidadãos, governos e partidos a um sumidouro da história.

Nele todos perdem e a nação resta esfacelada.

Não raro, permanece no limbo anos a fio.

A chamada década perdida dos anos 80 foi um desses desvãos, que restringiu o PIB per capita a uma variação medíocre de 0,8%, em média, no período,

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Beto Richa e o palhaço preso no PR



Por Altamiro Borges

A PM sob o comando de Beto Richa, governador do Paraná, está fora do controle. Em 29 de abril, ela promoveu o brutal massacre dos professores em greve, que resultou em mais de 200 feridos. As cenas da barbárie repercutiram na mídia internacional, causaram a exoneração do secretário de Segurança e fizeram despencar os índices de popularidade do tucano. Já na última sexta-feira (14), a polícia voltou a abusar do seu poder. Durante um festival de teatro em Cascavel, no interior do Estado, ela prendeu o palhaço Leonides Taborda Quadra, conhecido como Tico Bonito, que satirizou o comportamento da PM - que "só protege o burguês e o Beto Richa" e "são seguranças particulares pagos pelo povo".

FHC não tem grandeza nem moral

Por Altamiro Borges

- Folha: Renúncia de Dilma seria um ‘gesto de grandeza’, diz FHC

- O Globo: FH surpreende, sugere renúncia e revolta o PT

- Estadão: FHC diz que renúncia seria um ‘gesto de grandeza’ de Dilma


FHC foi novamente manchete nos jornalões desta quarta-feira (18). Apesar de ser o presidente mais rejeitado da história recente do país e da sua total incoerência e oportunismo - cada dia fala uma coisa -, o grão-tucano segue com forte prestígio entre os barões da mídia. Desta vez, FHC bravateou que "a renúncia de Dilma seria um gesto de grandeza" e que seu governo é "ilegítimo". De conciliador, que elogiou a presidenta em recente entrevista para um jornal alemão - bem longe do Brasil -, ele voltou a vestir o figurino de político hidrófobo e golpista. Talvez tenha ficado com medo dos fascistas mirins, que ultimamente o batizaram de vários adjetivos: "traidor", "gagá", "senil" e outros impublicáveis.

Polícia de Alckmin e protesto na Paulista

Por Wevergton Brito Lima, no site Vermelho:

No último dia 7 de agosto um policial militar de 42 anos, Avenílson Pereira de Oliveira, foi executado com quatro tiros em Osasco, quando estava à paisana, em um posto de gasolina. Não se sabe o motivo do crime, pois os marginais nada levaram do posto.

Menos de uma semana depois, dez pessoas, divididas em três grupos, realizaram uma série de atentados em Osasco e Barueri, na noite de quinta-feira (13), que terminou com 18 mortos e 6 feridos. Os crimes seguiram um padrão: homens encapuzados chegavam em um carro e uma moto, perguntavam quem tinha ficha criminal e atiravam.

Governo tem dois desafios no Congresso

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Os ecos de domingo ainda estão no ar, o PSDB sobe o tom, mas o governo se concentra é na consolidação da melhora do ambiente político conseguida na semana passada. Para isso, terá que vencer, no jogo com o Congresso que recomeça hoje, dois obstáculos que estão em pauta: aprovar no Senado o último projeto do ajuste fiscal, o da reoneração das empresas, e evitar que a Câmara aprove, tal como está proposto, o projeto que aumenta a correção dos recursos do FGTS. Além de seu enorme custo fiscal, o projeto teria impacto sobre as prestações dos mutuários do Minha Casa Minha Vida e afetaria o setor de construção civil, grande gerador de empregos.

A ofensiva conservadora e as crises

Por Samuel Pinheiro Guimarães, no jornal Brasil de Fato:

1. A sociedade brasileira está diante de uma ofensiva conservadora que se aproveita de entrelaçadas crises na economia, na política, nas instituições do Estado, na imprensa e nos meios sociais para fazer avançar seus objetivos;

2. A suposta crise econômica ofereceu pretexto para implantar um programa neoliberal de acordo com o Consenso de Washington: privatização, abertura comercial e financeira, ajuste orçamentário, flexibilização do mercado de trabalho, redução do Estado, tudo com a aprovação do sistema financeiro nacional, por um Governo eleito pela esquerda;

Sede do PT é invadida. Cadê o Cardozo?

Por Altamiro Borges

Na madrugada de segunda-feira (17), a sede do diretório municipal do PT de São Paulo foi invadida. Não houve furto, mas os gatunos vasculharam gavetas e armários - o que aumenta a suspeita de que a ação foi política, uma típica iniciativa de intimidação. Esta já é a quarta ação contra uma organização de esquerda nos últimos meses, o que pode indicar que alguns grupelhos direitistas - que organizam as marchas pelo impeachment de Dilma Rousseff e até pelo retorno dos militares ao poder - já podem ter descambado para as ações terroristas. Diante deste grave risco, uma pergunta não quer calar: cadê o ministro da Justiça, o sempre tão "republicano" José Eduardo Cardozo? Ele tem a dimensão do alcance da escalada fascista no Brasil, que coloca em risco a própria democracia?

Boneco do Lula e a ressaca do domingo

Por Renato Rovai, em seu blog:

Quem é de praia sabe que ressaca não é só um fenômeno que acontece no dia seguinte de um grande porre. O termo, aliás, era originalmente utilizado para denominar a chegada de ondas violentas à costa, ou se preferirem à praia. Em geral, elas começam impulsionadas por rajadas de vento que mexem com as correntes marítimas e fazem a água se dirigir de forma mais veloz até encontrar o litoral.

Vencemos a primeira batalha contra o golpe

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Vencemos a primeira grande batalha contra o golpe.

Mas é claro que o golpismo não vai evaporar de uma hora para outra.

As lideranças do PSDB não querem perder o capital político das manifestações.

Não querem ser chamados de "traíras" ou "cagões".

Mesmo sabendo que não haverá impeachment, vários caciques tucanos voltaram a pregar o golpe, de olho no eleitorado coxinha que foi às ruas no último domingo.

Facebook e as mortes de Lula e Dilma

Por Mauro Santayana, em seu blog:



O Instituto Lula pediu ao Facebook que retire da rede a página em que centenas de usuários de direita e extrema direita pedem a morte do ex-presidente da República, na qual aparece também, em um comentário, a mórbida, macabra, montagem acima, mas nenhuma atitude foi tomada pela empresa até agora.

Quem foi para a Paulista no dia 16?

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Nasci em São Paulo. Sou filho da classe média paulistana. Desde 84 ou 85, reconheço os conservadores paulistanos na primeira frase.

Eles já foram janistas (contra o FHC “ateu” em 85, lembram?), depois malufistas (nos embates contra a Erundina “sapatão” e a Marta “vagabunda” – que agora acha que será aceita de volta). Nos últimos tempos, se disfarçam de tucanos. Mas podem virar bolsonarianos, caiadistas… Qualquer coisa serve, desde que signifique a defesa de um estilo de vida individualista, dominado por falso moralismo e por clara devoção aos EUA.

A cavalgada de FHC contra a democracia

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

FHC não cansa de dizer, e com alguma razão, que trouxe a estabilidade econômica ao Brasil.

Isso, em si, seria uma razão para a posteridade dar a ele o valor de um grande presidente.

Mas ele, nos últimos tempos, está anulando sua, como os ingleses gostam de dizer, finest hour, o seu melhor momento.