sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Michel Temer e a mosca azul do golpismo

Por Roberto Amaral, em seu blog:

O vice-presidente Michel Temer não pode ser acusado de inexperiente. Sua carreira política já percorreu dezenas de anos, e foi construída nos gabinetes e nas negociações de cúpula que cobram sagacidade, matreirice e astúcia. No PMDB é um antigo pessedista mineiro e está mais para Tancredo Neves do que para Ulisses Guimarães, respeitadas as diferenças de estatura política.

Se nesses ambientes o espírito público é descartável por despiciendo, deles só se salvam os hábeis negociadores, os articuladores, os estrategistas, a saber, os que são capazes de atirar e acertar o alvo ainda invisível aos olhos da maioria.

O neofascismo midiático de Sergio Moro

pigimprensagolpista.blogspot.com.br
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Reproduzo abaixo duas reportagens publicadas há pouco no blog do Nassif, e um vídeo, sobre audiência ocorrida ontem, na Câmara, que discutiu um projeto de lei proposto por setores do Judiciário e defendido por Sergio Moro.

Antes, alguns comentários.

É um projeto autoritário, que apenas amplia uma característica muito forte do sistema penal brasileiro, um punitivismo prisional exacerbado e o desprezo pela presunção da inocência.

Tributos e a redução da desigualdade

Por Paulo Gil Introíni, na revista Teoria e Debate:

A publicação de O Capital no Século XXI, de Thomas Piketty, não deixou dúvidas sobre a importância fundamental das fontes fiscais para o estudo da desigualdade de renda e de riqueza. Em sua pesquisa histórica sobre o tema, o economista francês utilizou dados e comparativos que abrangem três séculos e cerca de vinte países. A questão da desigualdade mereceu estudo profundo, sistemático e metódico, levado adiante por uma numerosa equipe de pesquisadores de todo o mundo.

Ódio no Brasil? Sim, de classe

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

A crise econômica oferece à casa-grande a oportunidade de impor sua vontade, favorecida pela leniência de quem haveria de resistir. E está claro que, antes de econômica, a questão é politica e social, e diz respeito à estrutura medieval da sociedade nativa. Sofre de miopia quem supõe, do ponto de vista político, que tudo se resuma na disputa de poder entre PT e PSDB, acirrada por níveis de ódio nunca dantes navegados, enquanto PMDB ora assiste de camarote, ora joga lenha na fogueira. Que o diga o vice Temer ao vaticinar impávido que Dilma, de tão impopular, não resiste até o fim do mandato.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

PIG quer acabar com a Petrobras

Pena: Uma Justiça isenta e justa

Debate: A mídia e o ovo da serpente


Galeano detona a "Standard & Poor's"

S&P, Levy e os desafios da economia

Por Lindbergh Farias

Na quarta-feira (9), a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota do Brasil de BBB- para BB+. Para a S&P, o Brasil deixou de ter o grau de investimento, passando a ter uma nota que corresponde ao nível especulativo. Contudo, é óbvio que o governo não deixará de honrar seus compromissos com os credores. A S&P é a agência que avaliou com Triplo A, grau máximo de segurança, os títulos subprime que provocaram a grande crise financeira americana de 2008. Não podemos nos esquecer ainda que essa mesma agência atribuiu classificação máxima ao Lehman Brothers no mesmo mês em que o banco americano quebrou. Pois bem, qual nota essas agências merecem? Paul Krugman, em 2011, ao comentar a decisão da S&P de rebaixar a nota dos EUA, disse: "essa agência é a pior instituição a qual alguém deveria recorrer para receber opiniões sobre as perspectivas do nosso país".

Globo: "Jogo 10 da Noite, NÃO"!



Por Thiago Cassis, no site da UJS:

10 da noite! Enquanto a bola começava a rolar na Arena Itaquera, na Vila Belmiro e no Couto Pereira, as redes sociais assistiam ao lançamento da campanha “Jogo 10 da noite, NÃO!”. Idealizada pelo Coletivo Futebol, Mídia e Democracia, do Centro de Estudos Barão de Itararé, a campanha trazia em seu post de apresentação o seguinte texto:

A instalação do Fórum-21 no DF


Por Najla Passos, no site Carta Maior:

Cerca de 40 intelectuais, militantes políticos e representantes de movimentos sociais e de entidades da sociedade civil participaram, na noite desta terça (8), da criação do capítulo Brasília do Fórum 21, definido pelos seus idealizadores como “um espaço de convergência e de debates em rede, horizontal, empenhado na conformação de sínteses programáticas que contribuam para a renovação do pensamento de esquerda no Brasil”.

O que une os pregadores do ódio?

Por Antonio Barbosa Filho

Em junho de 2015, Daniel Barbosa, de 42 anos, publicou nas redes sociais um vídeo no qual ofende e provoca um imigrante haitiano, frentista num posto de gasolina em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. Ele acusa o imigrante de tomar emprego dos brasileiros, a se declara um lutador contra o “Foro de São Paulo e a infiltração de paramilitares cubanos e venezuelanos no Brasil”.

Unidade popular para derrotar a direita

Editorial do site Vermelho:

Numa entrevista publicada no último domingo (6), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou que é preciso restabelecer a harmonia política entre o governo, a Câmara dos Deputados e os partidos para superar a crise política.

A preocupação de Lula é correta. A crise é profunda; ela tem raízes na conturbada situação que o capitalismo enfrenta, sobretudo na Europa e nos EUA, e que afeta agora também os países emergentes. A China, que tem sido a locomotiva do desenvolvimento mundial nestes anos, dá sinais visíveis de contágio e procura soluções para equilibrar sua economia, que continua a crescer a taxas monumentais mesmo tendo apresentado recuos que se espalham por outras nações – o Brasil entre elas.

Downgrade reabre agenda do impeachment

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O dia será de estresse no mercado e de fervura política no Congresso. O rebaixamento da nota de risco do Brasil pela agência Standard & Poors, afora derrubar ações na bolsa e assoprar o câmbio, levará água para o moinho do impeachment, tese que havia perdido força com a virada de agosto. A oposição lançará na Câmara a primeira iniciativa formal, uma frente orgânica suprapartidária pró-impeachment. O tempo ficou mais curto para Dilma e seu governo. Se antes do rebaixamento falava-se no envio de um pacote fiscal para equilibrar o orçamento até o final do mês, agora será preciso acelerar estas providências, com demonstrações rápidas e convincentes de contenção do gasto e algum inevitável aumento de imposto.

Os barões e a crise da mídia

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Imprensa e democracia têm tudo em comum. Uma não existe sem a outra. É preciso liberdade para levar informações relevantes a todos os cidadãos. Por outro lado, sem informação de qualidade não se garante um ambiente efetivamente democrático.

É preciso cuidar dos dois lados. Um olho na democracia, outro no jornalismo. A onda de demissões nos grandes jornais brasileiros é, por isso mesmo, motivo de preocupação. Pode ser que, de uma só vez, se esteja atentando contra os dois lados. Abrindo o flanco para uma sociedade de pessoas desinformadas e com menos autonomia na tomada de decisões e vitaminando um jornalismo marcado por interesses particulares.

Cobrar impostos de quem tem mais

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O desequilíbrio fiscal pode afundar a economia. Trocando em miúdos, se o país continuar a gastar mais do que arrecada em breve o investidor começará a tirar dinheiro daqui e aplicar em outros países que não corram risco de, em algum lugar no futuro, quebrar, pois quem gasta mais do que ganha pode até pagar as contas enquanto tiver reservas, mas, em algum momento, essa pessoa, empresa ou país deixará de cumprir seus compromissos.

Ou é Lula ou é Levy

Por Renato Rovai, em seu blog:

Num momento em que está sob ataque intenso de agentes internos e externos, o governo Dilma acumulou uma série histórica de trapalhadas que permitiu que uma agência de risco que foi condenada em fevereiro último a pagar multa de US$ 1,37 bilhão às autoridades americanas por haver enganado investidores sobre a qualidade dos créditos imobiliários “subprimes”, anunciasse ontem que o Brasil está na roça financeira sem que o governo tivesse qualquer capacidade de reação.

O que é, afinal, a Frente Brasil Popular?

Por Breno Altman, em seu blog:

No último dia 5 de setembro, em Belo Horizonte, 2,5 mil delegados vindos de 21 estados e do Distrito Federal lançaram uma nova coalizão, agrupando movimentos sociais, sindicatos, partidos políticos e personalidades.

Estavam presentes entidades tradicionais, como a CUT, o MST e a UNE, ao lado de PT e PCdoB, entre outras legendas.

Os jornais e os bonecos de Lula e Dilma

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:



Isto é Folha.

E a Folha, em editorial, faz uma declaração de amor aos bonecos produzidos pela ultradireita.

Eles simbolizam, segundo a Folha, a “crescente ojeriza” dos brasileiros pelo PT.

Quer dizer: Dilma teve há seis meses 54 milhões de votos e se reelegeu para mais um mandato, o quarto consecutivo do PT.

Nota de rebaixamento do Brasil é 'cascata'

Por Flávio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

O título deste post pode ter dois sentidos. Exploremos ambos.

Primeiro, simplesmente, cascata, no sentido de conversa fiada, sem consistência e vinda de quem não inspira credibilidade. Desde a crise de 2007/2008, que levou o mundo à recessão inacabada que começou em 2008/2009, três agências que pretendem determinar a governança dos investimentos financeiros internacionais, a Standard & Poor's (que deu a nota de rebaixamento para o Brasil), a Moody's e a Fitch Ratings, estão sob suspeita, e tentando recuperar sua credibilidade.