Na triste realidade violenta das grandes cidades brasileiras, é conhecido o enredo de um sequestro: Um cidadão em situação de fragilidade momentânea é feito refém e coagido a se desfazer de suas posses (ou das posses da família) se quiser permanecer vivo. Sua liberdade inexiste, sua voz é suprimida sob graves ameaças e a possibilidade de recuperá-la só existe caso aceite pagar o preço do resgate.
terça-feira, 15 de setembro de 2015
Brasil, um país sequestrado
Na triste realidade violenta das grandes cidades brasileiras, é conhecido o enredo de um sequestro: Um cidadão em situação de fragilidade momentânea é feito refém e coagido a se desfazer de suas posses (ou das posses da família) se quiser permanecer vivo. Sua liberdade inexiste, sua voz é suprimida sob graves ameaças e a possibilidade de recuperá-la só existe caso aceite pagar o preço do resgate.
Refugiados e a solidariedade seletiva
Kalvellido/Rebelión |
“Sou sírio.'' Essa frase tem sido usada em Istambul, na Turquia, por pessoas que pedem algumas liras de esmola. Vim para a cidade para participar de um evento e acabei sendo abordado várias vezes por homens e mulheres, com filhos ou não, utilizando o mesmo argumento. Que diante da comoção internacional envolvendo a fuga de centenas de milhares de sírios em direção à Europa, deixando mortos no meio do caminho, possui um rosário de significados em si mesmo e não precisa de muito mais para chamar a atenção.
Zelotes e a ramificação da fraude fiscal
Por Marco Weissheimer, no site Sul-21:
O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou nesta segunda-feira (14), durante audiência pública na Assembleia Legislativa gaúcha, que as investigações da Operação Zelotes trazem um conjunto consistente de indícios sobre a ramificação, no Rio Grande do Sul, do esquema de sonegação e fraudes tributárias praticadas junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscal (Carf). Relator da subcomissão que acompanha o andamento da Operação Zelotes, na Câmara Federal, Pimenta fez um resumo das investigações realizadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, na audiência pública convocada pela Frente Parlamentar de Defesa dos Serviços Públicos. Segundo o parlamentar, o MP Federal deve apresentar, ainda neste mês de setembro, a primeira etapa da denúncia, que deve trazer a responsabilização de seis grandes empresas, sendo uma delas do Rio Grande do Sul.
Alckmin banca "Caviar" de João Doria
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Caviar Lifestyle.
Conhece?
Oficialmente, é uma revista lançada em agosto. Fala de “gastronomia e luxo elevados à máxima potência”. Nada?
Pois deveria. O governo paulista colocou mais de 500 mil reais em anúncios na Caviar Lifestyle, da editora de João Doria Jr. A publicação, como todas as do grupo de Doria, não é auditada. A circulação alegada, nesse caso, é de 40 mil exemplares.
Conhece?
Oficialmente, é uma revista lançada em agosto. Fala de “gastronomia e luxo elevados à máxima potência”. Nada?
Pois deveria. O governo paulista colocou mais de 500 mil reais em anúncios na Caviar Lifestyle, da editora de João Doria Jr. A publicação, como todas as do grupo de Doria, não é auditada. A circulação alegada, nesse caso, é de 40 mil exemplares.
'Narcos' mente sobre ditador Pinochet
Por Laura Capriglione, no site Jornalistas Livres:
Todo mundo confundindo a série “Narcos”, do Netflix, produzida e dirigida por José Padilha, com documentário, certo? Pois o próprio José Padilha alimenta essa ideia ao mesclar cenas filmadas agora com outras, extraídas do noticiário da época em que o meganarcotraficante Pablo Escobar reinava, aterrorizando a Colômbia. Em entrevista à “Deutsche Welle”, Padilha defendeu a historicidade de sua série: “Na Colômbia, quando você fala em realismo mágico, os colombianos dizem: ‘Olha, realismo mágico para os outros. Para nós, é documental.’ Por isso que eu usei material de arquivo na série: se eu não contasse a história por material de arquivo, as pessoas não iriam acreditar.”
Todo mundo confundindo a série “Narcos”, do Netflix, produzida e dirigida por José Padilha, com documentário, certo? Pois o próprio José Padilha alimenta essa ideia ao mesclar cenas filmadas agora com outras, extraídas do noticiário da época em que o meganarcotraficante Pablo Escobar reinava, aterrorizando a Colômbia. Em entrevista à “Deutsche Welle”, Padilha defendeu a historicidade de sua série: “Na Colômbia, quando você fala em realismo mágico, os colombianos dizem: ‘Olha, realismo mágico para os outros. Para nós, é documental.’ Por isso que eu usei material de arquivo na série: se eu não contasse a história por material de arquivo, as pessoas não iriam acreditar.”
Que Horas Ela Volta? Belo filme!
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:
Na tarde do dia em que iria assistir Que Horas Ela Volta?, fui ao supermercado. Na fila do caixa, observei que a moça que ia me atender conversava com uma senhora parecida com ela, ao mesmo tempo que fechava a conta de outro freguês. A caixa era uma jovem negra linda, de coque no cabelo, que chamou a minha atenção. A senhora com quem falava também tinha traços bonitos, embora mais velha e com aparência castigada. Reparei que a menina tratava a mulher pelo nome, mas achei que pareciam parentes. Tia e sobrinha, talvez?
Na tarde do dia em que iria assistir Que Horas Ela Volta?, fui ao supermercado. Na fila do caixa, observei que a moça que ia me atender conversava com uma senhora parecida com ela, ao mesmo tempo que fechava a conta de outro freguês. A caixa era uma jovem negra linda, de coque no cabelo, que chamou a minha atenção. A senhora com quem falava também tinha traços bonitos, embora mais velha e com aparência castigada. Reparei que a menina tratava a mulher pelo nome, mas achei que pareciam parentes. Tia e sobrinha, talvez?
O monstruoso editorial da 'Folha'
Por Valter Pomar, em seu blog:
Última chance?
Em editorial publicado na primeira página, o jornal Folha de S.Paulo fez neste domingo 13 de setembro uma chantagem explicita contra a presidenta Dilma Rousseff.
Segundo a Folha, a presidenta Dilma deve tomar "medidas extremas", a saber: "cortes nos gastos terão de ser feitos com radicalidade sem precedentes", concentrando-se em "benefícios perdulários da Previdência", " subsídios a setores específicos da economia" e "desembolsos para parte dos programas sociais", "desobrigação parcial e temporária de gastos compulsórios em saúde e educação" e contenção nos "salários para o funcionalismo".
Última chance?
Em editorial publicado na primeira página, o jornal Folha de S.Paulo fez neste domingo 13 de setembro uma chantagem explicita contra a presidenta Dilma Rousseff.
Segundo a Folha, a presidenta Dilma deve tomar "medidas extremas", a saber: "cortes nos gastos terão de ser feitos com radicalidade sem precedentes", concentrando-se em "benefícios perdulários da Previdência", " subsídios a setores específicos da economia" e "desembolsos para parte dos programas sociais", "desobrigação parcial e temporária de gastos compulsórios em saúde e educação" e contenção nos "salários para o funcionalismo".
Europa entre o oportunismo e a xenofobia
Por Gianni Carta, na revista CartaCapital:
Na maior crise de refugiados a assolar o Velho Continente desde a Segunda Guerra Mundial, sobressaem-se dois líderes e adversários caricaturais, ambos onipresentes em filmes norte-americanos.
A chanceler alemã Angela Merkel faz o papel da samaritana. Aparente farol da solidariedade, Merkel ofereceu 13 bilhões de euros em um programa federal para acolher 80 mil exilados políticos na Alemanha até 2016.
A chanceler alemã Angela Merkel faz o papel da samaritana. Aparente farol da solidariedade, Merkel ofereceu 13 bilhões de euros em um programa federal para acolher 80 mil exilados políticos na Alemanha até 2016.
A crise brasileira e as ruas
Por Vinicius Wu, na revista Fórum:
A situação econômica do país pode desaguar em uma crise social de efeitos imprevisíveis, com implicações significativas em termos de agitação política e mobilizações de rua. Em 2016 – ou até antes disso – a crise pode levar às ruas outro perfil de manifestantes. A classe média tradicional, predominante nas manifestações desse ano, pode dar lugar aos desempregados, subempregados, jovens de periferias e movimentos sociais tradicionais. Se isso ocorrer, teremos uma mudança profunda do atual cenário político.
A situação econômica do país pode desaguar em uma crise social de efeitos imprevisíveis, com implicações significativas em termos de agitação política e mobilizações de rua. Em 2016 – ou até antes disso – a crise pode levar às ruas outro perfil de manifestantes. A classe média tradicional, predominante nas manifestações desse ano, pode dar lugar aos desempregados, subempregados, jovens de periferias e movimentos sociais tradicionais. Se isso ocorrer, teremos uma mudança profunda do atual cenário político.
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
O melhor é alterar o ajuste fiscal
Por Marcio Pochmann, na Revista do Brasil:
A política de ajuste monetário e fiscal completou oito meses de duração sem ainda produzir resultados positivos, conforme inicialmente anunciados. Não apenas a inflação encontra-se acima da verificada no final de 2014, como a situação das contas públicas agravou-se.
A recessão que avançou trouxe consigo a piora no quadro socioeconômico brasileiro, possibilitando que o pensamento neoliberal tomasse coragem para apontar para a necessidade de desconstitucionalizar direitos sociais - sob a justificativa de que a Constituição de 1988 teria tornado insustentável o equilíbrio nas contas públicas pela pressão constante dos gastos sociais.
A recessão que avançou trouxe consigo a piora no quadro socioeconômico brasileiro, possibilitando que o pensamento neoliberal tomasse coragem para apontar para a necessidade de desconstitucionalizar direitos sociais - sob a justificativa de que a Constituição de 1988 teria tornado insustentável o equilíbrio nas contas públicas pela pressão constante dos gastos sociais.
Dilma erra, mas impeachment é incerto
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:
Passada a eleição de 2014, estava claro que o cenário seria de confronto permanente. A vitória apertada e o clima de “libertar o Brasil do PT” (era a frase usada por Aécio na campanha) indicavam que não importava muito qual caminho o governo tomasse: de toda forma, Dilma enfrentaria o ódio e a intolerância – além de estar em minoria no Congresso.
Diante desse quadro, se quisesse cumprir o que disse na campanha, a presidenta teria que contar com o campo político que se mobilizou nas ruas no segundo turno.
Passada a eleição de 2014, estava claro que o cenário seria de confronto permanente. A vitória apertada e o clima de “libertar o Brasil do PT” (era a frase usada por Aécio na campanha) indicavam que não importava muito qual caminho o governo tomasse: de toda forma, Dilma enfrentaria o ódio e a intolerância – além de estar em minoria no Congresso.
Diante desse quadro, se quisesse cumprir o que disse na campanha, a presidenta teria que contar com o campo político que se mobilizou nas ruas no segundo turno.
Dilma e o "Velhinho de Taubaté"
Do blog de Irani Lima:
Carta à presidenta Dilma
Senhora Dilma Rousseff,
Dirijo-me à Vossa Excelência por meio desta carta aberta por acreditar que, com a força da internet, alguém de seu governo poderá levar à senhora minhas reflexões e preocupação com o momento político que atravessamos.
O mar está revolto não por causas naturais, mas por inércia de vossos principais colaboradores na área política, entre os quais suas excelências no Ministério da Justiça (José Eduardo Cardozo) e na Casa Civil (Aloísio Mercadante).
Carta à presidenta Dilma
Senhora Dilma Rousseff,
Dirijo-me à Vossa Excelência por meio desta carta aberta por acreditar que, com a força da internet, alguém de seu governo poderá levar à senhora minhas reflexões e preocupação com o momento político que atravessamos.
O mar está revolto não por causas naturais, mas por inércia de vossos principais colaboradores na área política, entre os quais suas excelências no Ministério da Justiça (José Eduardo Cardozo) e na Casa Civil (Aloísio Mercadante).
'Folha' lembra ameaças da mídia a Goulart
Por Kátia Gerab Baggio, no blog Viomundo:
O editorial intitulado “Última chance”, publicado na capa da Folha de S. Paulo, com inusual destaque, no dia 13 de setembro de 2015, é um “dileto produto” da mesma família Frias que já denominou, em outro editorial, a ditadura militar inaugurada em 1964 como “ditabranda”.
São os Frias golpistas, como já vimos em outros momentos da história do Brasil.
O editorial defende a necessidade de revisar “desembolsos para parte dos programas sociais”, além da “desobrigação parcial e temporária de gastos compulsórios em saúde e educação, que se acompanharia de criteriosa revisão desses dispêndios no futuro”.
O editorial intitulado “Última chance”, publicado na capa da Folha de S. Paulo, com inusual destaque, no dia 13 de setembro de 2015, é um “dileto produto” da mesma família Frias que já denominou, em outro editorial, a ditadura militar inaugurada em 1964 como “ditabranda”.
São os Frias golpistas, como já vimos em outros momentos da história do Brasil.
O editorial defende a necessidade de revisar “desembolsos para parte dos programas sociais”, além da “desobrigação parcial e temporária de gastos compulsórios em saúde e educação, que se acompanharia de criteriosa revisão desses dispêndios no futuro”.
Os três desafios de Dilma Rousseff
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
Semanas atrás dizíamos aqui que havia duas saídas possíveis da crise: Dilma com Michel Temer; ou Michel Temer sem Dilma.
De lá para cá reduziu-se imensamente a alternativa Dilma com Temer, devido à insuperável incapacidade de Dilma de analisar a conjuntura política, assim como a conjuntura jurídica, assim como a conjuntura econômica.
Para qualquer observador minimamente antenado, as alternativas políticas seriam simples de entender:
Semanas atrás dizíamos aqui que havia duas saídas possíveis da crise: Dilma com Michel Temer; ou Michel Temer sem Dilma.
De lá para cá reduziu-se imensamente a alternativa Dilma com Temer, devido à insuperável incapacidade de Dilma de analisar a conjuntura política, assim como a conjuntura jurídica, assim como a conjuntura econômica.
Para qualquer observador minimamente antenado, as alternativas políticas seriam simples de entender:
'Folha' devia lembrar-se do golpe de 1964
Em 1964, dois editoriais do Correio da Manhã - “Fora!” e “Basta!” - foram as clarinadas da mídia para o golpe militar que depôs João Goulart.
Como agora, o massacre dos jornais era incessante e generalizado - embora houvesse, então, a Última Hora dissonante deste coro.
Líder da oposição alerta os impichadores
Leiam o artigo abaixo, com o alerta de um dos líderes mais radicais da oposição, Raul Jungmann, do PPS.
Ele mostra o perigo que corremos. A única força realmente organizada que apoiaria o impeachment em bloco, sem constestação e, mais que isso, sustentaria um novo governo sem legitimidade democrática, seria a mídia.
Esse é o lado bom. A mídia vai se desmoralizar de vez. Talvez seja essa a armadilha que a história esteja criando para mudar de vez um sistema de comunicação herdado da ditadura e que não se adapta à realidade do nosso país.
Mídia esconde Aécio, Serra e Aloysio
Enquanto a grande mídia e outros setores da direita tentam blindar os tucanos, dois executivos da construtora mineira Andrade Gutierrez, uma das integrantes do cartel de empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato, apontam o envolvimento direto das principais lideranças do PSDB.
A informação foi divulgada pela coluna de Cláudio Humberto, no Diário do Poder. Segundo ele, dois executivos da construtora Andrade Gutierrez, ouvidos no processo da Lava Jato, afirmaram em acordo de delação premiada que os senadores José Serra (SP), Aécio Neves (MG) e Aloysio Nunes Ferreira (SP) estariam envolvidos no esquema de corrupção.
As razões da crise presente
Por Emir Sader, no site Carta Maior:
Na crise atual se cruzam razões de fundo, herdadas dos governos neoliberais, e questões que os governos do PT não souberam superar e que agora os afetam de maneira profunda.
Entre as razões estruturais estão a desindustrialização promovida pela abertura escancarada do mercado interno feita pelos governos Collor e FHC, que além de enfraquecer o poderio industrial do pais, gerou a dependência da exportação de produtos primários. Por outro lado, paralelamente, não se alterou o papel hegemônico do capital financeiro, que reproduz a especulação como fenômeno central no processo de acumulação de capital.
Entre as razões estruturais estão a desindustrialização promovida pela abertura escancarada do mercado interno feita pelos governos Collor e FHC, que além de enfraquecer o poderio industrial do pais, gerou a dependência da exportação de produtos primários. Por outro lado, paralelamente, não se alterou o papel hegemônico do capital financeiro, que reproduz a especulação como fenômeno central no processo de acumulação de capital.
Ultimato a Dilma é golpismo oficializado
Por Renato Rabelo, em seu blog:
O presidencialismo é o sistema de governo afirmado e reafirmado na história recente do Brasil em dois plebiscitos. Mas a trajetória desse processo representativo na nossa história republicana é vincada muitas vezes pela incerteza e pelo abortamento do estabelecido constitucionalmente.
Na redemocratização pós-regime ditatorial de 1964, a origem e sentido dessa disputa política e classista para alcance da presidência da República não muda.
Na redemocratização pós-regime ditatorial de 1964, a origem e sentido dessa disputa política e classista para alcance da presidência da República não muda.
Basta cobrar impostos de quem sonega
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Existe uma fórmula bem simples e barata, que não é mágica nem utópica, para aumentar a arrecadação do governo sem precisar criar novos nem aumentar velhos impostos: basta cobrar os sonegadores. Por que não é adotada como prioridade absoluta pela equipe econômica nesta situação de emergência permanente para acertar as contas públicas?
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