domingo, 20 de setembro de 2015

Censura política no Facebook?

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

As práticas de censura adotadas pelo Facebook podem ter assumido caráter aberto de controle político. Na madrugada de hoje, a plataforma excluiu um texto publicado por Outras Palavras sobre um dos temas centrais da conjuntura global: a crise dos refugiados que se espalha pela Europa. Redigido pelo jornalista irlandês Patrick Cockburn, considerado em todo o mundo [1] um dos principais especialistas em questões do Oriente Médio (vale conhecer seu livro magistral sobre o ISIS), o texto tem uma marca especial. Amparado em farta pesquisa e análise, ele aponta a responsabilidade dos Estados Unidos e seus aliados no deslocamento em massa das populações islâmicas – que compõem o grosso da maré humana em movimento. Ao intervir militarmente sobre países árabes, ou desestabilizar de modo consciente seus Estados, argumenta Cockburn, Washington engendrou guerras que estão desabrigando milhões.

Gilmar Mendes debocha do STF

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O conceito de Justiça se vale de simbolismos para fazer as sociedades acreditarem que juízes julgam sem se pautarem por pré-conceitos de qualquer espécie. O site do STF define a cegueira da estátua da Justiça que foi estrategicamente colocada à porta daquela Corte como “Símbolo da imparcialidade”.

Dia após dia, um dos ministros mais antigos do Supremo passa diante daquela estátua sem se dar conta do seu significado. Ou debochando dela.

A pluralidade e a liberdade de expressão

Foto: Douglas Mansur
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A urgência de democratizar a comunicação no Brasil foi tema de debate na abertura do Seminário Internacional Mídia e Democracia nas Américas, nesta sexta-feira (18), em São Paulo. Por videoconferência, Edison Lanza, Relator Especial para Liberdade de Expressão da Organização dos Estados Americanos (OEA), defendeu que diversidade e pluralidade nos meios de comunicação é uma condição fundamental para a garantir a liberdade de expressão.

Vitória da democracia sobre Cunha e Gilmar

Por Bepe Damasco, em seu blog:

É impossível não imaginar a terrível ressaca com a qual acordaram na manhã desta sexta-feira, 18 de setembro, o ministro Gilmar Mendes do STF e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

Essa sensação de profundo desconforto também toma conta das bancadas do PSDB, DEM, PPS, Solidariedade e de um contingente nada desprezível do PMDB depois que o Supremo sepultou, na noite desta quinta-feira (17/09), por 8 x 3, o financiamento empresarial de campanhas e partidos.

A decisão histórica do STF

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O Supremo Tribunal Federal tomou uma decisão histórica na tarde de ontem, quando decidiu proibir as contribuições eleitorais de pessoas jurídicas. É uma medida decisiva para defender o princípio democrático mais essencial, pelo qual 1 homem=1 voto.

Num país onde 0,05% dos contribuintes controlam 12% da riqueza nacional, os brasileiros tornaram-se um pouco menos desiguais depois de ontem. A decisão abre as portas para se avançar, no futuro, em direção a um direito essencial – a igualdade política.

A tesouraria de Aécio e a Cemig

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Como se não bastasse ter como tesoureiro oficial de campanha um primo (Frederico Pacheco de Medeiros) e que se manteve durante a campanha eleitoral no cargo de diretor da Cemig, a estatal de eletricidade do governo de Minas, o comitê do tucano onde o tesoureiro dava como endereço não era nenhuma sede do PSDB. Foi um imóvel de fornecedores da Cemig.

O imóvel na Rua Iguatemi 192, conjunto 192, no Itaim Bibi, na capital paulista, pertence à Patrymonyal Participações Ltda, segundo a própria prestação de contas do tucano declarando a doação do valor equivalente ao aluguel. Esta empresa tem como sócios a Engeform Construções e Comércio Ltda e seus donos, conforme documento da Junta Comercial do Estado de São Paulo.



Dilma entre dois fogos

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

Segundo um preceito bíblico, não se pode servir a dois senhores. É uma regra adaptável à situação vivida neste momento pela presidenta Dilma Rousseff. Essa doutrina religiosa descreve o destino de quem adota a ambiguidade: ou vai odiar um e amar outro, ou se dedicar a um e desprezar o outro.

Esse é o dilema ao qual a presidenta está submetida a partir das anunciadas medidas econômicas. Ela terá de resolver as contradições impostas a ela. Há fortes reações ao “pacote”. O PT, os movimentos sociais, os sindicatos de trabalhadores e, naturalmente, a oposição.

A aliança entre a Justiça e a mídia

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Esta foto é um retrato da indecência.

Nela, Gilmar Mendes e Merval Pereira aparecem numa alegre confraternização que é um pesadelo para a sociedade.

Era o lançamento de um livro de Merval. Não um livro original, mas uma compilação de artigos seus sobre o Mensalão.

A direita brasileira mira longe

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.

Esse, o claro paradoxo presente no editorial de primeira página da edição do último dia 13 da Folha de S. Paulo, lembrando os terríveis artigos do Correio da Manhã contra Jango, às vésperas do golpe: Dilma deve presidir uma política conservadora, executada por um representante do sistema financeiro para esse fim indicado, e nem por isso terá o apoio das forças de direita, que, apesar de tudo, lhe exigem – mediante medidas concretas de governo – o rompimento com as bases populares que a elegeram e que já escasseiam em seu apoio, inclusive nas hostes de seu partido. Essas forças (populares) condicionam o apoio ao rompimento com a política à qual o editorial, vocalizando os sentimentos dos setores mais atrasados da economia, exige que se curve a presidente.

O monotrilho e a 'eficiência' de Alckmin

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

“Dos 38,6 km de linhas prometidos até 2015, apenas 7,5% foram concluídos.”

É o “balanço” feito, hoje, discretamente pelo Estadão sobre as obras do monotrilho paulista. “Após 6 anos, monotrilhos colecionam falhas, atrasos e estão mais caros”, é o título: precisa mais?

Os tais 7,5% correspondem a míseros 2,9 km de um trecho entre Vila Prudente e Oratório, na zona Leste paulistana, numa linha de quase 27 quilômetros, que estava prevista para ser entregue em 2012, até Cidade Tiradentes e agora sem prazo para terminar que já dobrou de preço, em valores reais, mesmo descontando a inflação.

A democracia vai pôr o bloco na rua

Editorial do site Vermelho:

A sanha golpista recrudesceu neste início de setembro. Embalada por fatos como a perda do grau de investimento do Brasil segundo classificação da agência de risco Standard & Poor’s, no último dia 9, as forças de direita apostam no caos para conquistar o que as urnas lhes negam há quatro eleições consecutivas.

Não importa, no caso, que a citada agência tenha sido condenada por fraude em seu próprio país. Ou mesmo que muitos economistas não levem em consideração seus desacreditados prognósticos. Ou ainda que o capitalismo esteja atravessando uma das piores crises de sua história. A única coisa que conta para os golpistas é tentar levar ao paroxismo o ataque à figura da presidenta da República, no que contam com o poderoso apoio de uma mídia facciosa e descompromissada com os interesses nacionais.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Derrotado no STF, Cunha prepara vingança

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

A jogada ensaiada com o ministro Gilmar Mendes não deu certo. Eduardo Cunha foi o grande derrotado na goleada por 8 a 3 imposta pelo STF contra o liberou geral da grana de empresas para campanhas eleitorais aprovado pelos deputados fiéis ao presidente da Câmara.

Afinal, oficializar o financiamento empresarial das campanhas, que permitiu a Cunha montar sua própria bancada, era o principal - na verdade, o único - objetivo da sua reforma política.

Deputados discutem impeachment de Gilmar

Por Najla Passos, no site Carta Maior:

Alguns dos deputados mais progressistas da Câmara Federal se reunirão na próxima semana para dar seguimento ao pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. A proposta foi levada ao plenário da Câmara, nesta quinta (17), pelo deputado Wadih Damous (PT-RJ). “Gilmar Mendes é uma ameaça à democracia”, afirmou

De acordo com o deputado, o pedido será embasado na mesma Lei 1.079 em que a oposição sustenta o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Entretanto, não irá se fundamentar apenas em hipóteses retóricas. “Há elementos para se pedir o impeachment do ministro Gilmar Mendes não por uma razão específica, mas pelo conjunto da obra”, avaliou.

A mentira da mídia sobre Hélio Bicudo

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Você deve ter lido milhares de vezes, nos últimos dias, a expressão "Helio Bicudo, fundador do PT,
quer o impeachment de Dilma".

Mentira, pra variar.

Mais uma jogadinha semiótica da mídia para agredir politicamente o PT.

Lista da Odebrecht e os tucanos corruptos


Por Benildes Rodrigues, no site PT na Câmara:

O envolvimento da empreiteira Odebrecht em esquemas de corrupção, envolvendo políticos e manipulação de recursos públicos, remonta às décadas de 1970 e 1980. A grave denúncia foi feita pelo deputado Jorge Solla (PT-BA) à CPI da Petrobras, nesta quinta-feira (17), com base em farta documentação recebida pelo parlamentar de ex-funcionários da empresa. Entre os documentos constam recibos, ordens de pagamentos e registros de movimentações financeiras beneficiando agentes públicos que intermediaram as fraudes em contratos públicos.

Chacinas da PM em SP continuam impunes

Por Dennis de Oliveira, no blog Quilombo:

Passado mais de um mês da chacina que vitimou dezenove jovens em Osasco e Barueri, as investigações continuam em marcha lenta. Todos os indícios, admitidos até mesmo pelos órgãos governamentais, apontam para a participação de policiais militares neste caso de homicídio múltiplo. Um policial está detido, porém a produção de provas ainda é fraca, e mesmo com a visibilidade do caso e até mesmo a cobrança da mídia hegemônica, não se percebe um empenho na elucidação deste caso.

O círculo vicioso do ajuste fiscal

Por Marcio Pochmann, no site da Fundação Perseu Abramo:

O ajuste fiscal ganhou relevância nas eleições presidenciais do ano passado. Na época, a desaceleração da economia brasileira, combinada com a desoneração fiscal, esvaziava a arrecadação do governo, contribuindo para o aumento da relação entre a dívida pública e o PIB (Produto Interno Bruto).

Para estancar a ascensão relativa do endividamento público, setores da oposição defendiam a adoção de um choque fiscal, com elevação do superavit primário para mais de 3% do PIB. Já o governo apontava para medidas graduais, sem alteração das políticas fiscais e monetárias.

O Globo e as mentiras sobre o Equador

Por Amauri Chamorro, de Quito, no site Opera Mundi:

No dia 30 de agosto, O Globo publicou uma reportagem de página inteira com a manchete “Resistência Sufocada. Com reeleição sem limites de Correa em jogo, Equador reforça repressão a manifestantes”. A matéria é, na verdade, uma soma de mentiras, desinformação e demonstra a linha editorial das Organizações Globo, habitualmente preconceituosa e sempre contrária aos governos progressistas na América Latina.

STF reduz o candidato rabo-preso

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Nesse período, os empreiteiros procuraram, com sucesso, consolidar e ampliar seus vínculos como o governo. Passaram, por exemplo, a patrocinar comícios – o famoso comício das reformas (…), por exemplo, teve suas despesas pagas por um grupo de empreiteiros. Às vésperas da votação de alguma lei cuja rejeição ou aprovação interessava aos empreiteiros, pequenas fortunas influenciavam o comportamento de deputados e senadores ligados ao governo.

O texto acima poderia ter sido publicado em qualquer jornal da última semana, recheada por escândalos de corrupção que envolveram parlamentares e empreiteiras.