domingo, 4 de outubro de 2015

O paradoxo e a insensatez dos neoliberais

Por José Luís Fiori, no site Outras Palavras:

“Uma vez me perguntaram se o Estado brasileiro é muito grande. Respondi assim: “Eu vou lhe dar o telefone da minha empregada, porque você está perguntando isto para mim, um cara que fez pós-doutorado, trabalha num lugar com ar-condicionado, com vista para o Cristo Redentor. Eu não dependo em nada do Estado, com exceção de segurança. Nesse condomínio social, eu moro na cobertura. Você tem que perguntar a quem precisa do Estado.”

Luiz G. Schymura, Valor Economico, 07/08/2015


Duas coisas ficaram mais claras nas últimas semanas, com relação à tal da “crise brasileira”. De um lado, o despudor golpista, e de outro, a natureza ultraliberal do seu projeto para o Brasil. Do ponto de vista político, ficou claro que dá absolutamente no mesmo o motivo dos que propõem um impeachment, o fundamental é sua decisão prévia de derrubar uma presidente da República eleita por 54,5 milhões de brasileiros há menos de um ano, o que caracteriza um projeto claramente golpista e antidemocrático e, o que pior, conduzido por lideranças medíocres e de discutível estatura moral.

EUA e a militarização de América Latina

Por Eric Draitser, na revista Diálogos do Sul:

Durante mais de dois séculos, Estados Unidos tem olhado para América Latina como seu “pátio traseiro” (seu quintal), uma esfera de influência geopolítica em que atua como potência hegemônica indiscutível.

A história do hemisfério ocidental, em termos gerais, reflete esta realidade de como os EUA têm influído, dominado e controlado o desenvolvimento político e econômico da maioria dos países da América Central e do Sul e também do Caribe.

Próximos passos para a prisão de Cunha

Por Luiz Flávio Gomes, no site JusBrasil:

Acabam de chegar da Suíça todos os detalhes de, pelo menos, quatro contas bancárias clandestinas de Eduardo Cunha e família (PMDB-RJ). Movimentação de uns 5 milhões de dólares de propinas. Durante um bom tempo, com ar de “mocinho” salvador da pátria, Eduardo Cunha, batendo forte em Dilma e no PT (como mandava o figurino), gerou imensa alegria na população e até mesmo a esperança de que iria conseguir tirá-los do poder antes de 2018. As massas rebeladas, indignadas com as crises, aplaudiram suas travessuras, chamadas de “pautas-bombas”, mesmo quando destrutivas do País. Mas isso não é novidade. Como dizia Ortega y Gasset, as massas quando protestam contra a falta de pão costumam quebrar e destruir tudo, inclusive as padarias. Jogam a bacia cheia d’água com a criança dentro.

A obsessão contra Lula reforçará o mito

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

A obsessão da Globo/Época em destruir Lula parece não ter fim.

O Brasil registrou um espetacular aumento de suas exportações para África. O crescimento econômico fantástico da era Lula, a diminuição da pobreza, e o aumento dos salários não vieram de graça. Vieram por causa de uma política deliberada de Lula para ampliar nosso comércio exterior, através do que na época todos elogiavam como uma diplomacia comercial.

A imundície "psicografada" da Veja

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A coluna “Radar”, da Veja, apócrifa desde que Lauro Jardim a deixou, em setembro, publica uma nota que é forte candidata ao “Troféu de Jornalismo Psicografado” e vencedora, por antecipação, ao “Prêmio Eduardo Cunha de Caráter sem Jaça”

Diz que Lula foi ao encontro do PT que aprovou, em maio, a candidatura de Dilma Rousseff à reeleição com “um discurso no bolso” onde, em lugar dela, lançaria a si próprio como candidato.

O lobby dos agrotóxicos fala mais alto

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

“Faltam estudos que comprovem prejuízos à saúde provocados por produtos usados adequadamente.”

“Não há evidências científicas de que, quando usados apropriadamente, causem efeito à saúde.”

Eu adoro o discurso usado na defesa do indefensável! Mas tem que ter classe para saber usá-lo, criar o contexto correto, ter cara-de-pau, parecer acreditar naquilo.

A Volks, a Zelotes e o STF

Por Antônio Escosteguy Castro, no site Sul-21:

Há meses e meses que somos bombardeados, noite e dia, pelo noticiário da operação Lava-Jato. Em todos os jornais, todas as televisões comerciais, todas as revistas. E o teor deste bombardeio, variando um pouquinho aqui ou ali, é sempre o mesmo: os políticos ladrões e corruptos assaltaram o Brasil. E, claro, tudo isto só começou em 2003, quando o PT assumiu o governo.

Esta verdadeira campanha causa um sensível desgaste na imagem dos partidos, das instituições públicas e da política. E, também, no próprio conceito de Democracia. Não é à toa que há expressivos contingentes de cidadãos que clamam pela volta da Ditadura e das intervenções militares.

Ministro do TCU confessa casuísmo

Por Antonio Lassance, no site Carta Maior:

O ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União, tem confessado reiteradas vezes seu casuísmo no julgamento das contas de Dilma Rousseff. Seu esforço nessa linha parece ter sido redobrado desde que seu nome apareceu interceptado pela Operação Zelotes, que apura o tráfico de influência que acobertou a sonegação fiscal de grandes empresas - um escândalo muito maior que o da Lava Jato.

Reforma puxou o tapete dos golpistas

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Os mais jovens não se lembram do termo “tecnocrata” e poucos conhecem a doutrina da tecnocracia, que se baseia na escolha de técnicos infensos a critérios políticos para tomada de decisões e adoção de políticas públicas.

A Tecnocracia se iniciou durante o Estado Novo, que permeou a industrialização do país e as conquistas de direitos trabalhistas. O então presidente Getúlio Vargas discursou em 1931:

“A época é das assembleias especializadas, dos conselhos técnicos integrados à administração. O Estado puramente político, no sentido antigo do termo, podemos considerá-lo, atualmente, entidade amorfa, que, aos poucos, vai perdendo o valor e a significação“

As exigências da Frente Brasil Popular

Foto: Jornalistas Livres
Da Rede Brasil Atual:

O Dia Nacional em Defesa da Democracia, da Petrobras e contra o Ajuste Fiscal movimentou mais de 20 estados e o Distrito Federal, neste sábado (3), informaram os organizadores.

Organizados pela Frente Brasil Popular, os atos contam com a adesão de centrais sindicais, movimentos sociais e populares, entre eles, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central de Movimentos Populares (CMP), Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Conselho de Entidades Negras (Conem), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e União Nacional dos Estudantes (UNE) e Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conan).

Os primeiros atos da Frente Brasil Popular

Foto: Jornalistas Livres
Do jornal Brasil de Fato:

Na sua primeira manifestação de rua, a Frente Brasil Popular levou milhares de pessoas em diversas cidades pelo país, nesta sábado (3), no “Dia Nacional em defesa da democracia, da Petrobras e contra a política de ajuste fiscal”.

Pela manhã diversas capitais como Cuiabá (MT), Salvador (BA), São Paulo (SP), Maceió (AL), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ) e outras cidades do interior, como Campinas (SP) e Caxias do Sul (RS), realizaram mobilizações.

Um dia de doméstica de Ana Maria Braga

sábado, 3 de outubro de 2015

Faltou o boneco do Cunha "presidiário"

Por Altamiro Borges

Vermelho, Rede Brasil Atual e jornal Brasil de Fato - entre outros sites, blogs e veículos progressistas - fizeram a cobertura das manifestações deste sábado (3) em defesa da democracia e da Petrobras, que mobilizaram mais de 30 cidades de todo o país. A mídia hegemônica, como é do seu costume, tentou invisibilizar os protestos liderados pela Frente Brasil Popular, que unifica uma centena de entidades e movimentos sociais - como CUT, CTB, MST e UNE. Participei da marcha na capital paulista, que reuniu mais de 5 mil pessoas. Parabéns aos organizadores! Só o povo nas ruas derrota os golpistas e serve como instrumento de pressão contra os retrocessos no governo Dilma. Só lamentei a ausência de bonecos infláveis do lobista Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal, vestido de presidiário.

Reforma ministerial desanima os golpistas

Por Altamiro Borges

A reforma ministerial anunciada pela presidenta Dilma nesta sexta-feira (2) fortaleceu o velho PMDB – o “partido-ônibus”, segundo a clássica definição de Ulysses Guimarães, que reúne políticos de todos os matizes e interesses. Ela foi a expressão do atual quadro adverso do governo, que não conta com a maioria no parlamento, patina no enfrentamento da crise econômica e presencia o crescimento de uma onda de ódio em setores médios da sociedade. Na prática, seu maior objetivo foi tentar evitar o risco da abertura do processo de impeachment. Neste sentido, em mais uma prova das peripécias da "maldita dialética", ela atingiu o seu intento. De imediato, a mídia oposicionista e o seu dispositivo partidário (PSDB, DEM, PPS, SD e outras tranqueiras) sentiram o baque.

Veja, Época e IstoÉ vão para o lixo

Imagens do blog Vi o mundo
Por Altamiro Borges

Numa sociedade menos envenenada pela mídia privada e com maior consciência crítica, milhares de exemplares das revistas Veja, Época e IstoÉ desta semana seriam jogados em latas de lixo. Com suas capas repulsivas, estas publicações do esgoto simplesmente omitiram o escândalo das contas secretas do lobista Eduardo Cunha na Suíça. Sem vacilar, elas insistiram na tática golpista de "sangrar" Dilma e "matar" Lula, evitando desgastar o presidente da Câmara Federal, que hoje é o principal jagunço da oposição direitista na cruzada falsamente moralista pelo impeachment da presidenta.

Tucanos já traem Eduardo Cunha

Por Altamiro Borges

Recentemente, alguns fascistas mirins rotularam a cambaleante Aécio Neves de "arregão" por ele ter fugido das marchas pelo impeachment de Dilma. Mas a traição parece estar no DNA do PSDB. Após garantir total respaldo às ações irresponsáveis de Eduardo Cunha na presidência da Câmara Federal, a sigla agora ameaça abandoná-lo a própria sorte. Segundo uma notinha postada no site da Época nesta quinta-feira (1), a revoada dos tucanos já começou numa prova cabal do seu oportunismo político. A sorte é que não dá para deletar as centenas de fotos dos golpistas - mirins e velhacos - com o lobista que mantém contas secretas na Suíça. Vale conferir a notinha da revista:

O silêncio de Aécio e FHC sobre Cunha

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Sabe o silêncio que Cunha fez quando Chico Alencar perguntou a ele na Câmara se tinha mesmo contas na Suíça?

Como poderíamos classificá-lo?

Cínico. Cafageste. Culpado. Canalha. Indecente. Patético. Debochado.

Bem, é só ir ao dicionário em busca de palavras negativas e você vai ver que cada uma delas caberá ao silêncio de Cunha diante de Chico Alencar.

Reforma ministerial: O PMDB nu e cru

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

Sem qualquer constrangimento, o PMDB, nas últimas semanas, desnudou-se para o público em geral, e para a presidenta Dilma Rousseff em particular. Na disputa por mais espaço na administração federal, o partido deu uma lição nua e crua de como pode ser a política de coalizão no que ela tem de pior.

E sempre piora mais quando os aliados, como é o caso de agora, não são agregados em torno de objetivos programáticos. Ou seja, são de campo ideológico diferente. Por isso, os compromissos dão-se em torno do conhecido e amaldiçoado “toma lá dá cá”.

Reforma ministerial e a nova maioria

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Editorial do site Vermelho:

A reforma ministerial foi uma importante vitória do governo liderado pela presidenta Dilma. Depois de tratativas conduzidas diretamente por ela, com o auxílio de Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Michel Temer, foram anunciadas uma reforma da administração e uma recomposição do ministério, dentre outras medidas importantes.

Dilma sai das cordas; oposição apoia Cunha

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

No "day after" da reforma ministerial, inverteram-se as posições na tabela do Brasileirão do poder em Brasília. O governo Dilma retomou a iniciativa política e conseguiu sair das cordas, enquanto a oposição quedava de vez nos braços de Eduardo Cunha, na mesma semana em que autoridades da Suíça confirmavam: o presidente da Câmara tem 5 milhões de dólares em quatro contas naquele país, que já foram bloqueadas.