segunda-feira, 5 de outubro de 2015

O cinismo da nora do mafioso J. Hawilla

Por Altamiro Borges

A egocêntrica Isabella Fiorentino, que apresenta o programa "Esquadrão da Moda", no SBT, não tem mesmo senso de ridículo. Nora do mafioso J. Hawilla, condenado nos EUA por seu envolvimento no bilionário esquema de corrupção da Fifa, ela postou na internet: "Que esse lixo de governo tome vergonha na cara e para de roubar bilhões que deveria [sic] ir para saúde e educação. Chega gente". De imediato, ela foi motivo de piada nas redes sociais pela sua hipocrisia. Mesmo assim, não caiu a ficha. Em entrevista nesta segunda-feira (5) à jornalista Mônica Bergamo, da Folha, ela ainda tentou justificar a sua mancada. "Mesmo que eu fosse madame, não poderia ser julgada", resmungou.

O ódio político e o vilipêndio a Dutra

Foto: Alex de Jesus/O Tempo
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Não é preciso ser sociólogo para constatar que há algo de patológico numa sociedade que viola o tabu da morte e permite que o ódio político invada as cerimônias fúnebres. O respeito aos mortos não é apenas um mandamento cristão mas um pressuposto da civilização. Na hora da morte devemos ser ainda mais reverentes para com aqueles que acabam de sair da vida. A lembrança do que foram e do que fizeram ainda está muito vívida mas deles mesmos resta um cadáver que não fala, que não pode se manifestar nem se defender. Ofender um morto no funeral é de uma covardia atroz. Foi o que alguns manifestantes fizeram hoje em Belo Horizonte no velório do ex-senador, ex-presidente da Petrobrás e do PT José Eduardo Dutra. Ademais, procurando sempre ajustar-se aos tempos e à Cultura, o Código Penal atualmente prevê o crime de ofensa aos mortos, no qual estariam incursos os ofensores de Dutra.

Velório de Dutra e o ódio fascista

Por Jean Wyllys, em seu perfil no Facebook:

Sim, as expressões de ódio estão saindo do controle neste país. 

Sim, o macarthismo tupiniquim e sua patrulha ideológica odiosa deixaram de ser algo irrelevante na cena política. 

Sim, os níveis de desumanidade e desrespeito não se limitam mais às redes sociais digitais (Facebook, Twitter, Instagram e caixas de comentários de sites e blogs). 

Outra integração regional é possível!

Por Gustavo Codas

Em novembro 2015 terão passados dez anos desde a derrota do projeto da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) em Mar del Plata. Esse resultado não deteve aos governos dos EUA. A estratégia norte-americana foi, na sequência, avançar sobre aqueles países onde a resistência era menor. Nesse período assinou tratados de livre comércio (TLCs) com Chile, Peru, Colômbia, América Central e República Dominicana.

Marcelo Tas e as novas armas do Tio Sam

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:


A informação abaixo não prova que Marcelo Tas vendeu sua opinião ao Tio Sam. Não vou entrar nesse mérito. Prefiro acreditar que não.

Tas é um cara influente no twitter, com milhões de seguidores, e me parece normal que um assessor de Hillary Clinton queira se gabar, junto à chefe, que conseguiu "plantar" uma ideia junto à opinião pública brasileira.

Eduardo Cunha se desfaz com os dias

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:


Chega pelo Facebook do velho companheiro de lutas Osvaldo Maneschy a montagem com o noticiário internacional sobre as contas suíças de Eduardo Cunha, que as nossas revistas “de informação” rebarbaram, para disparar, de novo, histórias pastosas sobre Lula.

Juntei, então, sem a devida licença, a charge do agudíssimo Aroeira para dizer o óbvio: não há silêncio que possa parar o tempo para Eduardo Cunha.

Lula e a destruição da memória

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

“A pulsão de impor-se pela habilidade de manipular palavras e imagens não mudou desde aqueles tempos longínquos, mas o instrumento posto a serviço dela é, hoje, infinitamente mais poderoso. Desse ponto de vista, com as mídias, dá-se o mesmo que com os armamentos: nossa ferocidade não aumentou, mas nossa capacidade de destruir vidas e construções é infinitamente superior à dos romanos ou à dos bárbaros do Norte. (…) Acreditamos tomar sozinhos nossas decisões; mas se todas as grandes mídias, desde a manhã até a noite e dia após dia, nos enviam uma mensagem, a margem de liberdade de que dispomos para formar nossas opiniões fica muito restrita.”

Este texto é de Tzvetan Todorov, no seu livro “Inimigos Íntimos da Democracia”, Cia. das letras, 2012, pg. 197. Todorov é um cientista da linguística, um dos grandes intelectuais contemporâneos, aliás sempre prestigiado pelas suas convicções democráticas, méritos acadêmicos e independência em relação aos extremos.

Um passaporte para o futuro

Foto: Jornalistas Livres
Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

A estreia da Frente Brasil Popular nas ruas do país neste sábado - com maior intensidade em São Paulo, onde oito mil pessoas atenderam ao chamado do novo comitê unificado do campo progressista brasileiro - merece atenção.

O que engatinha, ainda em fraldas, não é apenas a construção de um novo aparato mobilizador, mas sobretudo, a convergência de agendas que vão definir o programa único de lutas e reivindicações populares.

Barbárie no velório do ex-presidente do PT

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Próximo do funeral do ex-presidente do PT José Eduardo Dutra, em Belo Horizonte, um carro passou rápido e jogou papéis criticando o PT; um dos panfletos diz ‘petista bom é petista morto’, e, em um outro, a frase ‘só faz cagada’ sobre foto de Dilma sentada em um vaso sanitário.

Fonte do Blog diz que a chapa do veículo foi anotada.

Sugestão à PF: uma "Operação Plim-Plim"

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Os primeiros números da medição por amostragem de audiência televisiva pelo Instituto alemão Gfk mostram diferenças em relação ao Ibope, que detinha o monopólio deste mercado. E as diferenças mostram que os resultados do Ibope eram favoráveis a Rede Globo.

Pelo Gfk, a Rede Record tem uma audiência maior às tardes e à noite do que a registrada pelo instituto concorrente. O SBT também é mais assistido nas manhãs e tardes.

Desesperado, Cunha parte para o ataque

Por Bepe Damasco, em seu blog: 

Embora desfrute da cumplicidade de boa parte do cartel da mídia, haja vista a canalhice de suas contas na Suíça serem ignoradas pelas revistas semanais, Eduardo Cunha sabe que sua derrocada está próxima. Tanto que, no seu desvario, não esconde de parlamentares próximos que fará tudo para morrer abraçado à Dilma.

Só que querer não é poder. A couraça de proteção midiática de que dispõe ajuda adiar o desenlace do seu caso, mas não é capaz de apagar os documentos enviados pela justiça suíça ao Ministério Público do Brasil. Tampouco sua arrogância servirá para diminuir o peso das evidências dos vários ilícitos dos quais é acusado.

Dilma retoma iniciativa; oposição sem rumo

Por Renato Rabelo, em seu blog:

A crise chegava ao impasse político. Estava em xeque a própria governabilidade. Antes, no mês de agosto, de vaticinados agouros, até que a presidenta conseguiu certa trégua, inesperada, mas passageira. O mês de setembro já começou em labaredas, cuja senha utilizada pelas oposições e porta vozes do dito mercado, extremando a crise, foi o rebaixamento do Brasil, segundo decisão da agência americana de risco Standard & Poor’s.

Os rumos da esquerda na América Latina

Foto: Miguel Ángel Romero/Presidencia de la República (Equador)
Por Ana Maria Prestes Rabelo, no site Vermelho:

Pelo segundo ano consecutivo, entre 28 e 30 de setembro, Quito sediou o Encontro Latino-Americano Progressista (Elap - 2015). Idealizado pelo partido Alianza País, do presidente do Equador, Rafael Correa, o encontro já consta da agenda anual das principais organizações de esquerda e progressistas da América Latina.

Assim como no ano passado, o encontro culminou no dia 30 de setembro, data histórica para os equatorianos pela reafirmação da sua estrutura democrática a partir da derrota da tentativa de golpe de Estado por setores policiais e militares que em 2010 chegaram a manter sequestrado por horas o já então presidente Rafael Correa. O "30S", como dizem os equatorianos, se transformou em uma data de comemorações, especialmente pelos partidários da Revolução Cidadã impulsionada por Correa e todos aqueles que defendem a democracia no Equador.

PHA, Mino e Laura debatem "Quarto poder"

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Para marcar o lançamento do livro O Quarto Poder - Uma outra história (Ed. Hedra), de Paulo Henrique Amorim, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé promove debate na quarta-feira (14), às 19h, em São Paulo. Além do autor da obra, a atividade contará com a presença dos jornalistas Mino Carta (Carta Capital) e Laura Capriglione (Jornalistas Livres), que discutirão a mídia e 'o quarto poder' no Brasil.

Nardes, do TCU, deve ser afastado

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Impossível prever qual será o efeito prático do pedido de afastamento de Augusto Nardes da função de relator do julgamento das contas de 2014 do governo Dilma Rousseff.

É possível que não aconteça nada.

Mas é possível que o pedido contribua para diminuir o grau de hipocrisia de um debate dominado pelo interesse político de enfraquecer Dilma e alimentar artificialmente a abertura de um processo de impeachment sem a menor base jurídica.

A morte das revistas semanais brasileiras

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

É a morte do jornalismo semanal. E uma morte infame, desonrosa, suja.

Tantas revelações em torno de Eduardo Cunha com suas contas na Suíça, e nenhuma revista semanal o deu na capa.

Que ele precisaria fazer para ir para a capa da Veja, da Época e da IstoÉ?

A mídia fala tanto em corrupção, e quando aparece um caso espetacular destes finge que não viu.

Sai a crise política, fica a econômica

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

A mudança de ministros anunciada por Dilma Rousseff tem o objetivo imediato de afastar a ameaça de impeachment alimentada por manifestações de rua e adversários do governo. Ao abrir o Palácio do Planalto a seguidores do ex-presidente Lula e incorporar mais representantes do PMDB na equipe, ela se reforça no Congresso. Um fortalecimento obtido no mesmo instante em que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, uma peça-chave no impeachment, agoniza em praça pública.

domingo, 4 de outubro de 2015

Volks, corrupção privada e mídia venal

Por Altamiro Borges

Em meados de setembro, um caso gravíssimo de corrupção chocou os adoradores do capitalismo. A poderosa multinacional alemã Volkswagen confessou que fraudou o sistema de controle de emissões de poluentes de milhões de veículos. O escândalo virou manchete na mídia internacional. No Brasil, o caso também não teve como ser abafado. Mas o escarcéu durou pouco tempo e o assunto já virou notinha nos noticiários. A mídia comercial, que adora estigmatizar os serviços públicos como locus da corrupção, evita ao máximo falar da corrupção que campeia na iniciativa privada. Até porque ela depende de seus bilionários anúncios. Ou seja: não há independência na imprensa venal, corrompida!

O prêmio de Alckmin e o paulista otário

Por Altamiro Borges

Os tucanos de alta plumagem, que mandam e desmandam em São Paulo há mais de 20 anos, devem achar que os paulistas são otários. Totalmente blindados - pela mídia chapa-branca, pelo Judiciário cooptado e pelo Legislativo amordaçado -, eles nem se esforçam para disfarçar as desgraças causadas pelo tal "choque de gestão" do PSDB. Na semana retrasada, o servil deputado João Paulo Papa teve o desplante de propor a premiação do governador Geraldo Alckmin pela "gestão dos recursos hídricos" no Estado. Na maior caradura, o "picolé de chuchu" agradeceu a gentiliza e comentou: "Modéstia à parte, [o prêmio] é merecido". A ridícula iniciativa é um verdadeiro tapa na cara dos alienados, que sofrem com a crise da falta de água que já dura mais de um ano, e ainda votam nos falsários tucanos.

Doação eleitoral: O dinheiro que corrompe

Por Maíra Streit, na revista Fórum:

Após o Supremo Tribunal Federal (STF) declarar inconstitucionais as doações de empresas para campanhas políticas, a presidenta Dilma Rousseff vetou, na última terça-feira (29), o inciso da chamada “Lei da Reforma Eleitoral”, aprovada pelo Congresso, que permitia esse tipo de financiamento.

Em sua justificativa, ela argumentou que ouviu o Ministério da Justiça e a Advocacia-Geral da União (AGU) sobre o assunto e que a contribuição de corporações no processo eleitoral “confrontaria a igualdade política”. Para analisar as mudanças trazidas por essas novas regras, Fórum conversou com José Antônio Moroni, cientista político e membro do colegiado de gestão do Instituto de Estudo Econômicos e Sociais (Inesc).