terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

O 'Aécio' argentino e a direita no poder

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:


Para que os amigos conservadores não reclamem que é “esquerdismo” e má-vontade para com o “sensacional” presidente Maurício Macri, sobre quem sonham que Aécio Neves seja uma espécie yo soy usted, mañana, reproduzo a matéria interna do jornal “macríssimo” Clarín sobre o aumento das tarifas de energia na Argentina.

João Doria: Como financiar um almofadinha

Da revista CartaCapital:

João Doria Jr. é o típico liberal brasileiro. Exalta as virtudes da concorrência, da livre iniciativa, do empreendimento privado... Desde que aplicadas aos outros.

Entende-se: sem o apoio estatal seria impossível manter o estoque de gravatas amarelas, os pulôveres cuidadosamente repousados nos ombros, as impecáveis camisas Lacoste e os mocassins sempre lustrados. Visual coxinha by Estado.

Tucano espanca secundaristas em Goiás

Por Isabela Palhares, no site Carta Maior:

Em protesto contra a militarização das escolas estaduais de Goiás e a implementação de Organizações Sociais (OSs) no setor, estudantes da rede pública de ensino ocupam, desde o dia 9 de dezembro, cerca de vinte escolas no estado governado por Marconi Perillo (PSDB). Desde novembro do ano passado, o tucano vem anunciando a militarização de mais 20 escolas no estado e a implementação das OSs em 200 escolas públicas.

Dirceu, Moro e o retrato da Lava Jato

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O vídeo do depoimento de José Dirceu ao juiz Sérgio Moro é um retrato perturbador da Lava Jato e do próprio Moro.

Você vê um entrevistador, ou interrogador, hesitante, despreparado e munido de acusações de extrema fragilidade [vídeo aqui].

Na contrapartida, o entrevistado, ou interrogado, responde a todas as questões com a clareza que faltou por completo a Moro. Dirceu está cansado, claramente, abatido – mas mantém o raciocínio límpido e rápido.

PT declara guerra ao tucano Alckmin

Da revista Fórum:

O diretório estadual do PT emitiu nota criticando o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pelas declarações dadas por ele no sábado (30), contra o ex-presidente Lula. Na ocasião, o tucano disse que “o Lula é o Partido dos Trabalhadores. O Lula é o retrato do PT, partido envolvido em corrupção, sem compromisso com as questões de natureza ética, sem limites”.

“A improvisada e seletiva indignação do governador deveria se dirigir aos seus colegas do PSDB que desviaram milhões do metrô, da Dersa e da merenda escolar. Seu falso apego à ética seria muito mais eficaz se admitisse e rejeitasse a brutal e incompreensível repressão aos estudantes que bravamente lutaram contra o fechamento das escolas paulistas”, diz a nota do diretório petista, assinada pelo presidente da legenda no estado, Emídio de Souza.

Vai começar tudo de novo no Congresso

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Após 45 dias de recesso (que beleza!), o que podemos esperar do Congresso Nacional que reabre suas portas na tarde desta terça-feira, 2 de fevereiro?

Para começar, fico intrigado com duas coisas: por que férias deste tamanho são pomposamente chamadas de "recesso parlamentar" e por quais razões as excelências não trabalham às segundas-feiras, como todos nós?

Fascistas planejam agredir Lula

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:



O promotor do Ministério Público paulista Cassio Conserino infringiu normas da instituição que integra antecipando à revista Veja medida que tomaria contra o ex-presidente Lula por conta de a sua esposa ter comprado cotas de um empreendimento imobiliário no Guarujá (SP) que a autoridade em tela infere que teria servido para pagamentos de propina.

Como era bom o Odebrecht de FHC

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Vinte anos antes de Marcelo Odebrecht ser conduzido à carceragem da Polícia Federal em Curitiba, onde é mantido há sete meses em regime de prisão preventiva, Fernando Henrique Cardoso alinhavou suas opiniões a respeito de seu pai, Emílio Odebrecht, que hoje é presidente do Conselho de Administração da empresa.

As palavras estão registradas no Diário da Presidência, cujo primeiro volume está disponível nas livrarias. Na época, Emílio exercia, no organograma das empresas, as funções e responsabilidades que foram assumidas por seu filho, diretor-presidente no momento da prisão.

Ofensiva contra Lula: reagir é preciso

Por Emiliano José, na revista Caros Amigos:

A memória vai buscar no fundo do baú o discurso de Tancredo Neves, de outubro de 1954, logo após o suicídio de Getúlio. Deputado federal, perguntava se o impressionante ódio contra o ex-presidente tinha alguma questão pessoal. Respondia negativamente. A questão era política. A mídia hegemônica de então, os udenistas, e parcela das camadas médias e as classes dominantes combateram Getúlio quando vivo e atacavam o seu legado pelas transformações ocorridas na vida do povo brasileiro e pelo caminho escolhido de soberania nacional, particularmente pela constituição e defesa da Petrobras, destacada de modo especial na fala dele.

"Ataque ao Lula é para esconder Cunha"

Por Dayane Santos, no site Vermelho:

Guiada pelos interesses de preservar a elite conservadora e ataque contra os governos populares, a grande mídia brasileira usa a tese de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Adolf Hitler na Alemanha nazista, e repete mentiras milhares de vezes para tentar transformá-las em verdade, como faz no caso do ex-presidente Lula.

Mesmo sem apresentar uma prova de indício de ilegalidade, a imprensa faz extensas reportagens para insinuar que a compra, com nota fiscal, de uma canoa de lata de R$ 4,1 mil feita pela ex-primeira-dama Marisa Letícia como presente ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi um delito. Que a visita a um imóvel, no Guarujá, que adquiriu por meio de cota, declararam no Imposto de Renda e também ao TSE, mas que desistiram da opção de compra também é um ato ilícito, é crime.

Três dias que abalaram a mídia

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Docente da USP responde ao jornalista Conti

Por Floriano Peixoto de Azevedo Marques Neto, no blog Escrevinhador:

Em texto publicado em sua coluna na Folha de São Paulo, Mario Sérgio Conti (“Diante da Lei”, 19.01.16) tenta desqualificar a nota publicada por uma centena de advogados e professores de Direito sobre a chamada Operação Lava Jato. A nota (clique aqui para ler o texto na íntegra) não imputa irregularidades a um ou a outro juiz, delegado, procurador, embora isso fosse plenamente possível. São muitas.

Ataques a Lula entram no 'guinness book'

Por Osvaldo Bertolino, em seu blog:

Se alguém fizer um rigoroso exame na mídia hoje, 31 de janeiro de 2016, talvez levante o recorde de ilações em toda a história do país. Certamente, tamanha desfaçatez para atacar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não encontra semelhança nem na onda de sujeira acumulada de 1945 - quando a direita iniciou sua marcha golpista para barrar o progresso do povo brasileiro representado pelo então presidente da República Getúlio Vargas (ele foi deposto por um golpe militar em outubro daquele ano) - a 1964 - quando o golpe se consumou, deixando no caminho o cadáver do líder da Revolução de 1930.

Lava Jato pode ter virado o fio

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Se havia alguma dúvida sobre o caráter politico da Lava Jato, a Operação Triple X desfaz qualquer dúvida, especialmente após as explicações dadas pelo Instituto Lula. É possível que, com os últimos exageros, a Lava Jato esteja virando o fio.

Lá, se mostra que as tais informações novas, que justificaram a autorização do juiz Sérgio Moro para deflagrar a operação, constam pelo menos desde agosto do ano passado na ação do Ministério Público Estadual (MPE) paulista sobre a Bancoop. Não havia novidade. Foram reavivadas pelos procuradores e pelo juiz Sérgio Moro apenas para criar um fato político na véspera da abertura dos trabalhos legislativos.

A bomba é solução para tudo em SP

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

A Polícia Militar utilizou bombas para dispersar foliões, neste final de semana, em São Paulo, em um grande deja vu do ano passado.

Não é novidade para ninguém que há uma relação de profundo amor de nossas forças públicas por artefatos explosivos, que produzem luz, som e lágrimas.

Por aqui, a bomba se tornou uma panaceia utilizada para curar todos os males. Diálogo? Inteligência Policial? Técnicas não violentas? Esqueça tudo isso. Para garantir que o espaço público volte para seus donos, ou seja, os carros, o que liga é a bomba.

Israel é a premissa do ódio

Por Breno Altman, em seu blog:

A Folha de S.Paulo publicou, no último dia 24 de janeiro, no caderno Ilustríssima, elegante defesa do sionismo, assinada pelo jornalista Alon Feuerwerker e intitulada “Quatro premissas erradas sobre Israel”.

A síntese do postulado apresentado pelo autor está em frase clara, pela qual busca explicar obstáculos para a fundação do Estado palestino: “a ampla maioria dos líderes árabes e muçulmanos tem recusado qualquer solução de compromisso que inclua um Estado judeu”.

O (bem vindo) retorno do "Conselhão"

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Luhmann, ao estudar o funcionamento da democracia nas sociedades complexas, opta pela recusa de novas formas de participação democrática na gestão pública, porque, sendo característico destas sociedades certo distanciamento entre o “poder social” e o “poder político”, a introdução de mais interessados na “produção de decisões” –sustenta– acaba por bloquear o funcionamento do Estado e assim esvaziar a legitimidade do sistema político. Vejam a ironia: hoje, o esvaziamento das funções públicas do Estado vem precisamente da ausência de “poder social” sobre o Estado e da fraqueza, deste, perante a força normativa do capital financeiro, que subjuga a legalidade do Estado e subordina-o aos seus ajustes universais.

Cunha tem mais cinco contas no exterior

Da Rede Brasil Atual:

A Folha de S.Paulo teve acesso à tabela de transferências bancárias no exterior entregue pelos empresários Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, no acordo de delação premiada firmado entre eles e a Procuradoria-Geral da República na Operação Lava Jato. A documentação está sob sigilo, mas hoje (31) o jornal revelou que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é acusado de ter recebido propina em pelo menos mais cinco contas no exterior, até então desconhecidas pelo governo brasileiro. Se confirmadas, já serão nove contas ligadas ao peemedebista no exterior, considerando as quatro descobertas em outubro na Suíça envolvendo ele e sua família.

Não seria melhor interrogar o promotor?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Acho que se poderia pensar numa inversão de papéis, diante desta barbaridade feita pelo promotor Cássio Conserino, do Ministério Público de São Paulo de chamar o ex-presidente Lula a depor na condição de “investigado” nesta história já enfadonha do apartamento no Guarujá.

Seria esclarecedor se o interrogado fosse não Lula, mas o promotor. Ajudaria se o moço – cujo auxílio-moradia de quase 5 mil reais, pago pelos cofres públicos, dá para alugar um triplex bem pertinho do que acusa Lula de ter (duvida? olhe o anúncio aqui) e ainda pagar o condomínio – explicasse, afinal, sobre que o ex-presidente.

As pedaladas fiscais de Geraldo Alckmin

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Às vésperas da primavera, Geraldo Alckmin chamou oito empresários para jantar no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo. Queria conversar sobre os rumos do País. À mesa naquela quinta-feira, Pedro Faria, presidente da BRF Foods, Marcelo Noronha, vice do Bradesco, e Flavio Rocha, dono da Riachuelo, entre outros.

O governador era só pessimismo. A economia e a política iam de mal a pior, Dilma Rousseff estava sem saída. Durante o dia, chegara às mãos de Eduardo Cunha o principal pedido de impeachment hoje em curso na Câmara dos Deputados.