Mais do que caprichar nos diagnósticos, que em geral convergem no campo das esquerdas, o fundamental é trabalhar a perspectiva imediata de enfrentamento entre o projeto popular, encarnado por Lula e Dilma e o projeto de restauração neoliberal pela via do golpe judiciário/midiático/policial em curso, encarnado com colorações neofascistas por Moro/Cunha/Gilmar Mendes/Rede Globo. O enfrentamento dos últimos dias expressa o amadurecimento de um processo que se desata a partir das manifestações de 2013. Mas ocorre, neste momento, sob novas condições.
segunda-feira, 28 de março de 2016
O combate sob o cerco do neofascismo
Mais do que caprichar nos diagnósticos, que em geral convergem no campo das esquerdas, o fundamental é trabalhar a perspectiva imediata de enfrentamento entre o projeto popular, encarnado por Lula e Dilma e o projeto de restauração neoliberal pela via do golpe judiciário/midiático/policial em curso, encarnado com colorações neofascistas por Moro/Cunha/Gilmar Mendes/Rede Globo. O enfrentamento dos últimos dias expressa o amadurecimento de um processo que se desata a partir das manifestações de 2013. Mas ocorre, neste momento, sob novas condições.
Golpistas escondem seu projeto para o país
Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:
Nas três eleições diretas para presidente, o projeto neoliberal vencedor no Brasil (1989, 1994 e 1998) não chegou a ser apresentado em quanto tal para o veredito da sociedade. Nos programas políticos de governo apresentados nos debates eleitorais, palavras ou expressões como ‘privatização’, ‘redução dos direitos sociais’, ‘transferências de renda para os ricos’, ‘encolhimento de oportunidades’ e ‘estancamento da mobilidade social’ jamais foram explicitadas.
O estelionatário no show de Skaf na Fiesp
Do blog Viomundo:
No acampamento da Paulista, ironicamente diante do número 1313 da avenida, um homem aparece com um crachá em que está escrito Júnior.
É Agnaldo Santos Pereira Júnior.
O acampamento do qual ele participa até recentemente tinha bonecos enforcados do ex-presidente Lula e da presidente Dilma e uma faixa com os dizeres “Mexeu com Moro, mexeu com a Nação“.
O golpe do meio bilhão do sultão Cunha
Por Mauro Lopes, no blog Caminho Pra Casa:
O processo de impeachment contra a presidenta Dilma é um golpe em dois sentidos: político e financeiro. Não tem qualquer traço de legalidade. Há um trem pagador de mais de R$ 500 milhões de reais (meio bilhão) que patrocina o golpe contra uma presidente eleita e contra a qual não pesa sequer uma acusação de corrupção. O trem pagador tem um maquinista, Eduardo Cunha.
Segundo documentos do Ministério Público da Confederação Suíça enviados à Procuradoria Geral da República, o esquema suíço liderado por Cunha com outros participantes movimentou R$ 411 milhões em 29 contas bancárias entre 2007 e 2014 (o valor não inclui, portanto, o ano de 2015). Isso é apenas uma fração, aquilo que foi identificado Suíça. Há ainda o dinheiro não localizado na própria Suíça e mais uma série de paraísos fiscais não mensurados neste montante (veja reportagem do Correio Braziliense sobre os documentos suíços clicando aqui).
O processo de impeachment contra a presidenta Dilma é um golpe em dois sentidos: político e financeiro. Não tem qualquer traço de legalidade. Há um trem pagador de mais de R$ 500 milhões de reais (meio bilhão) que patrocina o golpe contra uma presidente eleita e contra a qual não pesa sequer uma acusação de corrupção. O trem pagador tem um maquinista, Eduardo Cunha.
Segundo documentos do Ministério Público da Confederação Suíça enviados à Procuradoria Geral da República, o esquema suíço liderado por Cunha com outros participantes movimentou R$ 411 milhões em 29 contas bancárias entre 2007 e 2014 (o valor não inclui, portanto, o ano de 2015). Isso é apenas uma fração, aquilo que foi identificado Suíça. Há ainda o dinheiro não localizado na própria Suíça e mais uma série de paraísos fiscais não mensurados neste montante (veja reportagem do Correio Braziliense sobre os documentos suíços clicando aqui).
PMDB: de onde vens, para onde vais?
Por Haroldo Lima, no site Vermelho:
No princípio foi MDB, criado pela ditadura em 1966, para fazer oposição consentida à Arena, o partido do governo. O povo chamava-os de "partido do sim" e partido do "sim, senhor", pois os achava mais ou menos iguais.
Sem identidade, o MDB teve votação pífia na eleição de 1966. Na de 1970, foi pior, quase acabou, correu o risco de não fazer a representação parlamentar mínima exigida.
No princípio foi MDB, criado pela ditadura em 1966, para fazer oposição consentida à Arena, o partido do governo. O povo chamava-os de "partido do sim" e partido do "sim, senhor", pois os achava mais ou menos iguais.
Sem identidade, o MDB teve votação pífia na eleição de 1966. Na de 1970, foi pior, quase acabou, correu o risco de não fazer a representação parlamentar mínima exigida.
Sem provas, golpistas têm pressa
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
É sempre bom lembrar que o principal elemento da conjuntura é o aparecimento de uma resistência formada pelos brasileiros dispostos a impedir a consumação de um golpe de Estado capaz de derrubar as conquistas democráticas conquistadas após 21 anos de ditadura militar.
Depois de afirmar sua força no plano nacional em 18 de março, nos últimos dias as mobilizações têm se multiplicado no plano local, tendo como referência um novo repúdio, a 31 de março, num protesto nacional contra o golpe de de 1964.
Aécio recebeu doação de empresário preso
Por Renato Rovai, em seu blog:
Ao justificar a citação de doações à sua campanha para o senado em 2010 que constam na lista da Odebrecht, aprendida pela Polícia Federal esta semana, o senador Aécio Neves(PSDB-MG) afirmou que os repasses foram legais e declarados e ainda sugeriu que, desta lista, era preciso “separar o joio do trigo”.
Os repasses foram de fato declarados à Justiça Eleitoral. Só que isso quer dizer pouco em relação ao imbróglio. O primeiro detalhe é por que essa empresa e a tal doação estavam na lista da Odebrechet. Com o percorrer do texto o leitor pode ir entendendo melhor o que isso siginfica.
Ao justificar a citação de doações à sua campanha para o senado em 2010 que constam na lista da Odebrecht, aprendida pela Polícia Federal esta semana, o senador Aécio Neves(PSDB-MG) afirmou que os repasses foram legais e declarados e ainda sugeriu que, desta lista, era preciso “separar o joio do trigo”.
Os repasses foram de fato declarados à Justiça Eleitoral. Só que isso quer dizer pouco em relação ao imbróglio. O primeiro detalhe é por que essa empresa e a tal doação estavam na lista da Odebrechet. Com o percorrer do texto o leitor pode ir entendendo melhor o que isso siginfica.
Os perigos da desordem jurídica no Brasil
Por Boaventura de Sousa Santos, no site Carta Maior:
Quando, há quase trinta anos, iniciei os estudos sobre o sistema judicial em vários países, a administração da justiça era a dimensão institucional do Estado com menos visibilidade pública. A grande exceção eram os EUA devido ao papel fulcral do Tribunal Supremo nas definições das mais decisivas políticas públicas. Sendo o único órgão de soberania não eleito, tendo um carácter reativo (não podendo, em geral, mobilizar-se por iniciativa própria) e dependendo de outras instituições do Estado para fazer aplicar as suas decisões (serviços prisionais, administração pública), os tribunais tinham uma função relativamente modesta na vida orgânica da separação de poderes instaurada pelo liberalismo político moderno, e tanto assim que a função judicial era considerada apolítica.
Quando, há quase trinta anos, iniciei os estudos sobre o sistema judicial em vários países, a administração da justiça era a dimensão institucional do Estado com menos visibilidade pública. A grande exceção eram os EUA devido ao papel fulcral do Tribunal Supremo nas definições das mais decisivas políticas públicas. Sendo o único órgão de soberania não eleito, tendo um carácter reativo (não podendo, em geral, mobilizar-se por iniciativa própria) e dependendo de outras instituições do Estado para fazer aplicar as suas decisões (serviços prisionais, administração pública), os tribunais tinham uma função relativamente modesta na vida orgânica da separação de poderes instaurada pelo liberalismo político moderno, e tanto assim que a função judicial era considerada apolítica.
'Mataram um estudante. Podia ser seu filho!'
Por Augusto Buonicore, no site da Fundação Maurício Grabois:
Tudo começou com uma manifestação de estudantes contra o preço e as más condições do restaurante Calabouço. Este não foi o primeiro protesto daqueles jovens que, em geral, eram secundaristas filhos de famílias empobrecidas. Muitos, além de suas refeições diárias, faziam ali pequenos serviços para complementar a renda. Portanto, o seu perfil era bem diferente em relação ao daqueles que frequentavam as universidades brasileiras.
Tudo começou com uma manifestação de estudantes contra o preço e as más condições do restaurante Calabouço. Este não foi o primeiro protesto daqueles jovens que, em geral, eram secundaristas filhos de famílias empobrecidas. Muitos, além de suas refeições diárias, faziam ali pequenos serviços para complementar a renda. Portanto, o seu perfil era bem diferente em relação ao daqueles que frequentavam as universidades brasileiras.
Aviso geral: O Brasil precisa saber
Por Igor Fuser
É preciso avisar tod@s @s brasileir@s, informar de um modo tão claro e objetivo que até as carrancas do Rio São Francisco tenham conhecimento de que:
1. O pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff não tem NADA A VER com a Operação Lava Jato, nem com qualquer outra iniciativa de combate à corrupção. Dilma não é acusada de roubar um único centavo. O pretexto usado pelos políticos da oposição para tentar afastá-la do governo, a chamada “pedalada fiscal”, é um procedimento de gestão do orçamento público de rotina em todos os níveis de governo, federal, estadual e municipal, e foi adotado nos mandatos de Fernando Henrique e de Lula sem qualquer problema. Ela, simplesmente, colocou dinheiro da Caixa Econômica Federal em programas sociais, para conseguir fechar as contas e, no ano seguinte, devolveu esse dinheiro à Caixa. Não obteve nenhum benefício pessoal e nem os seus piores inimigos conseguem acusá-la de qualquer ato de corrupção.
É preciso avisar tod@s @s brasileir@s, informar de um modo tão claro e objetivo que até as carrancas do Rio São Francisco tenham conhecimento de que:
1. O pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff não tem NADA A VER com a Operação Lava Jato, nem com qualquer outra iniciativa de combate à corrupção. Dilma não é acusada de roubar um único centavo. O pretexto usado pelos políticos da oposição para tentar afastá-la do governo, a chamada “pedalada fiscal”, é um procedimento de gestão do orçamento público de rotina em todos os níveis de governo, federal, estadual e municipal, e foi adotado nos mandatos de Fernando Henrique e de Lula sem qualquer problema. Ela, simplesmente, colocou dinheiro da Caixa Econômica Federal em programas sociais, para conseguir fechar as contas e, no ano seguinte, devolveu esse dinheiro à Caixa. Não obteve nenhum benefício pessoal e nem os seus piores inimigos conseguem acusá-la de qualquer ato de corrupção.
Mídia tenta legitimar o golpe. Doeu!
Os golpistas não gostam de ser chamados de golpistas. Com a crescente onda de resistência à cruzada para derrubar a presidenta Dilma Rousseff, eleita democraticamente por 54,5 milhões de brasileiros, a mídia, a oposição direitista e setores do Judiciário resolveram vir a público para jurar que não estão orquestrando uma ruptura ilegal da ordem constitucional. O grito nas ruas de "não vai ter golpe", que já obteve repercussão internacional, incomoda os conspiradores. Nos últimos dias, os jornalões e os "calunistas" da televisão fizeram de tudo para legitimar sua ação criminosa. Alguns juristas velhacos também tentaram embelezar a punhalada traiçoeira na democracia.
domingo, 27 de março de 2016
Tucanos recorrem contra Doria. Fedeu!
Por Altamiro Borges
Na sua obsessão doentia para “sangrar” Dilma e “matar” Lula, a mídia partidarizada tem dado pouca atenção às brigas sangrentas no ninho tucano. Mas a coisa está feia no PSDB, o partido que os barões da imprensa desejariam que voltasse ao poder para restabelecer a “ordem neoliberal” e para garantir as fortunas em publicidade e outras regalias. Nesta quarta-feira (23), o vice-presidente nacional da legenda, Alberto Goldman, e o presidente do Instituto Teotônio Vilela, José Aníbal, anunciaram que irão entrar com uma representação no Ministério Público Eleitoral contra a candidatura de João Doria à prefeitura de São Paulo. Dependendo da decisão do MPE, os tucanos poderão ficar órfãos nas eleições na principal capital do país.
Na sua obsessão doentia para “sangrar” Dilma e “matar” Lula, a mídia partidarizada tem dado pouca atenção às brigas sangrentas no ninho tucano. Mas a coisa está feia no PSDB, o partido que os barões da imprensa desejariam que voltasse ao poder para restabelecer a “ordem neoliberal” e para garantir as fortunas em publicidade e outras regalias. Nesta quarta-feira (23), o vice-presidente nacional da legenda, Alberto Goldman, e o presidente do Instituto Teotônio Vilela, José Aníbal, anunciaram que irão entrar com uma representação no Ministério Público Eleitoral contra a candidatura de João Doria à prefeitura de São Paulo. Dependendo da decisão do MPE, os tucanos poderão ficar órfãos nas eleições na principal capital do país.
Corrupção até nos ovos de Páscoa
Por Altamiro Borges
A mídia privada adora fazer escarcéu com as denúncias de corrupção envolvendo empresas estatais e órgãos públicos. O objetivo, que apenas os “midiotas” não percebem, é induzir a sociedade a defender a privatização do patrimônio público e o chamado “Estado mínimo” – com menos gastos para as áreas sociais e mais grana para os rentistas e os ricaços. Quando um escândalo atinge a “competente e eficiente” iniciativa privada, a mídia venal trata logo de escondê-lo. Até porque, ela se alimenta da fortuna destes anunciantes. Isto ocorreu recentemente com a Volkswagen, que fraudou os dispositivos antipoluição de mais de 9 milhões de veículos em todo o mundo. A mídia abafou! Até na Páscoa, a corrupção privada está presente, mas não é destaque na mídia corrompida e venal.
A mídia privada adora fazer escarcéu com as denúncias de corrupção envolvendo empresas estatais e órgãos públicos. O objetivo, que apenas os “midiotas” não percebem, é induzir a sociedade a defender a privatização do patrimônio público e o chamado “Estado mínimo” – com menos gastos para as áreas sociais e mais grana para os rentistas e os ricaços. Quando um escândalo atinge a “competente e eficiente” iniciativa privada, a mídia venal trata logo de escondê-lo. Até porque, ela se alimenta da fortuna destes anunciantes. Isto ocorreu recentemente com a Volkswagen, que fraudou os dispositivos antipoluição de mais de 9 milhões de veículos em todo o mundo. A mídia abafou! Até na Páscoa, a corrupção privada está presente, mas não é destaque na mídia corrompida e venal.
Mídia internacional denuncia o golpismo
Por Altamiro Borges
Enquanto as sete famílias que dominam e manipulam a mídia brasileira – Marinho/Globo, Abravanel/SBT, Saad/Band, Macedo/Record, Mesquita/Estadão, Frias/Folha e Civita/Veja – seguem em plena cavalgada para derrubar a presidenta Dilma, a imprensa internacional demonstra maior imparcialidade e já denuncia o golpe das elites no país. Nos últimos dias, Der Spiegel (Alemanha), El País (Espanha), Público (Portugal), The Guardian (Inglaterra), Página 12 (Argentina) e as redes de televisão BBC e Al-Jazeera, entre outros veículos, denunciaram as ameaças contra a democracia e criticaram a mídia monopolista e manipuladora do Brasil.
Enquanto as sete famílias que dominam e manipulam a mídia brasileira – Marinho/Globo, Abravanel/SBT, Saad/Band, Macedo/Record, Mesquita/Estadão, Frias/Folha e Civita/Veja – seguem em plena cavalgada para derrubar a presidenta Dilma, a imprensa internacional demonstra maior imparcialidade e já denuncia o golpe das elites no país. Nos últimos dias, Der Spiegel (Alemanha), El País (Espanha), Público (Portugal), The Guardian (Inglaterra), Página 12 (Argentina) e as redes de televisão BBC e Al-Jazeera, entre outros veículos, denunciaram as ameaças contra a democracia e criticaram a mídia monopolista e manipuladora do Brasil.
ONU condena machismo contra Dilma
Na entrevista concedida aos jornalistas estrangeiros na última quinta-feira (24), a presidenta Dilma Rousseff voltou a afirmar que está em curso um “golpe” no Brasil – palavra que deixa incomodados os golpistas escancarados e enrustidos da mídia e do Judiciário. Ela também insinuou que a ofensiva teria um viés machista. “A oposição me pede que eu renuncie. Por quê? Por que sou uma mulher fraca? Não, não sou uma mulher fraca. Minha vida não foi isso. Pedem que eu renuncie para evitar tirarem uma presidente eleita, de forma ilegal, indevida e criminosa. Pensam que eu devo estar muito afetada, que devo estar completamente desestruturada, muito pressionada. Mas não estou assim, não sou assim”, afirmou, altaneira.
O combate da mídia à palavra golpe
http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/ |
Os defensores do impeachment estão incomodados com a ressonância adquirida pela palavra golpe. Esta preocupação pautou os jornais e a mídia política em geral neste domingo de Páscoa, através de condenações variadas, e por diferentes atores, à percepção de que se trata de um golpe parlamentar-judicial-midiático para derrubar a presidente Dilma Rousseff e empossar seu vice Michel Temer. Está em curso a guerra da narrativa antes do fato, no pressuposto de que a História é sempre escrita pelos vencedores. Quando George Orwell disse isso, entretanto, era mais simples controlar a verdade. Não havia, por exemplo, a Internet.
Batata da Odebrecht queima as mãos de Moro
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O juiz Sérgio Moro – fugindo a seu método “normal” – mandou soltar nove presos da operação realizada terça-feira, todos ligados à empreiteira Odebrecht.
Num despacho em que mistura (deliberadamente?) alho com bugalhos – junta a decisão "provável" de enviar a lista da Odebrecht ao STF – apreendida há mais de um mês – com a que os liberta os presos de terça-feira passada, com uma conversa estranha de que a empresa estaria mandando executivos para fora do Brasil para evitar suas prisões.
O juiz Sérgio Moro – fugindo a seu método “normal” – mandou soltar nove presos da operação realizada terça-feira, todos ligados à empreiteira Odebrecht.
Num despacho em que mistura (deliberadamente?) alho com bugalhos – junta a decisão "provável" de enviar a lista da Odebrecht ao STF – apreendida há mais de um mês – com a que os liberta os presos de terça-feira passada, com uma conversa estranha de que a empresa estaria mandando executivos para fora do Brasil para evitar suas prisões.
Beto Richa, um tucano sem elmo e escudo
Por René Ruschel, na revista CartaCapital:
Ao contrário de outros expoentes tucanos, o governador Beto Richa, do Paraná, escondeu-se das manifestações no domingo 13. Evitou conclamar a população a sair às ruas de verde e amarelo e, no dia da passeata, preferiu refugiar-se no interior.
Richa parece ter levado ao pé da letra um dito popular: não se fala em corda na casa de enforcado. Na sexta 11, o Superior Tribunal de Justiça havia autorizado a abertura de investigação contra o governador no âmbito da Operação Publicano, que apura denúncias de corrupção na Receita Estadual.
Richa parece ter levado ao pé da letra um dito popular: não se fala em corda na casa de enforcado. Na sexta 11, o Superior Tribunal de Justiça havia autorizado a abertura de investigação contra o governador no âmbito da Operação Publicano, que apura denúncias de corrupção na Receita Estadual.
Coelhinho da Páscoa e o trabalho infantil
Foto do filme "O lado escuro do chocolate" |
Você sabia que com o mesmo valor de dois ovos de Páscoa “de luxo” vendidos no Brasil daria para comprar uma criança africana para trabalhar como escrava na lavoura do cacau na Costa do Marfim? Sério. Um ovo personalizado da marca Chocolat du Jour lançado este ano custa 497 reais. E uma criança do Mali ou de Burkina Faso custava 230 euros (941 reais, ao câmbio de hoje) entre os traficantes entrevistados pelo dinamarquês Miki Mistrati para o documentário O Lado Negro do Chocolate em 2010. É possível que tenha havido alguma inflação no mercado de escravos por lá desde então. Ou não.
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