quinta-feira, 14 de abril de 2016
A crise política e a agonia dos tucanos
Por Lindbergh Farias, na revista CartaCapital:
Logo que acabaram as apurações das eleições de 2014, com a presidenta Dilma Rousseff (PT) reeleita, o candidato perdedor,Aécio Neves (PSDB), em associação com as cabeças coroadas do comando tucano, tomou uma decisão temerária: extrapolar a medida de oposição política ao governo.
Não bastava mais questionar projetos e programas do governo. Era preciso também inviabilizar o novo mandado, como se tivesse baixado nas lideranças tucanas, em pleno século XXI, o espírito histórico das aves agourentas do lacerdismo e do udenismo golpista, que inviabilizaram o mandato de Vargas e derrubaram Jango. A presidenta não poderia ser candidata, se eleita não poderia tomar posse, se tomasse poderia não poderia governar.
Logo que acabaram as apurações das eleições de 2014, com a presidenta Dilma Rousseff (PT) reeleita, o candidato perdedor,Aécio Neves (PSDB), em associação com as cabeças coroadas do comando tucano, tomou uma decisão temerária: extrapolar a medida de oposição política ao governo.
Não bastava mais questionar projetos e programas do governo. Era preciso também inviabilizar o novo mandado, como se tivesse baixado nas lideranças tucanas, em pleno século XXI, o espírito histórico das aves agourentas do lacerdismo e do udenismo golpista, que inviabilizaram o mandato de Vargas e derrubaram Jango. A presidenta não poderia ser candidata, se eleita não poderia tomar posse, se tomasse poderia não poderia governar.
quarta-feira, 13 de abril de 2016
Globo e Cunha montam show do impeachment
Por Altamiro Borges
A operação de guerra para forçar a aprovação do impeachment da presidenta Dilma já está montada. O correntista suíço Eduardo Cunha, que ainda preside a Câmara Federal, usou todos os expedientes para apressar e manobrar a votação. Já a bilionária famiglia Marinho, dona da Rede Globo e acusada de sonegação de impostos e de outros crimes, montou um verdadeiro show para o próximo domingo (17). O objetivo é criar um clima de já ganhou, levando os "midiotas" às ruas para constranger os deputados na hora do voto. A emissora inclusive anunciou que vai alterar sua grade de programação. Até os horários das partidas de futebol estão sendo mudados por pressão do império global.
A operação de guerra para forçar a aprovação do impeachment da presidenta Dilma já está montada. O correntista suíço Eduardo Cunha, que ainda preside a Câmara Federal, usou todos os expedientes para apressar e manobrar a votação. Já a bilionária famiglia Marinho, dona da Rede Globo e acusada de sonegação de impostos e de outros crimes, montou um verdadeiro show para o próximo domingo (17). O objetivo é criar um clima de já ganhou, levando os "midiotas" às ruas para constranger os deputados na hora do voto. A emissora inclusive anunciou que vai alterar sua grade de programação. Até os horários das partidas de futebol estão sendo mudados por pressão do império global.
O “consórcio de bandidos” e o impeachment
Na insanidade geral que tomou conta do Brasil nos últimos tempos, os "midiotas" que vibram com a possibilidade da deposição de Dilma são massa de manobra de um "consórcio de bandidos" - como bem definiu o ex-governador cearense Ciro Gomes. Dos 65 membros da chamada "comissão especial do impeachment", que aprovou nesta segunda-feira (11) o relatório golpista de Jovair Arantes (PTB-GO), 36 deputados federais respondem ou já foram condenados por algum crime na Justiça comum ou eleitoral. Muitos são notórios corruptos, mais sujos do que pau de galinheiro, que estão prestes a condenar uma presidenta que nunca foi denunciada por qualquer crime. Um verdadeiro absurdo!
Alerta geral contra o golpe midiático
Por Breno Altman, em seu blog:
Os monopólios de comunicação tratam de vender uma imagem de derrota e rendição do governo diante da votação do impeachment. Os objetivos são claros: provocar o chamado efeito-manada entre os deputados e enfraquecer a mobilização democrática.
As informações passadas por estes veículos constituem pura guerra psicológica. A situação é difícil e perigosa, não resta dúvida, mas o placar real demonstra que a batalha contra o golpe poderá ser vitoriosa.
Os monopólios de comunicação tratam de vender uma imagem de derrota e rendição do governo diante da votação do impeachment. Os objetivos são claros: provocar o chamado efeito-manada entre os deputados e enfraquecer a mobilização democrática.
As informações passadas por estes veículos constituem pura guerra psicológica. A situação é difícil e perigosa, não resta dúvida, mas o placar real demonstra que a batalha contra o golpe poderá ser vitoriosa.
Lula vence a Globo e o fascismo
Por Jeferson Miola
Já tentaram de tudo para destruir o Lula, e não vão abandonar a obsessão de aniquilá-lo. O justiceiro Sérgio Moto idealizou um show deplorável com a prisão dele no dia 4 de março mas, temendo as consequências, foi obrigado a recuar. Depois, num ato de desespero persecutório, cometeu haraquiri funcional e divulgou criminosamente grampos telefônicos ilegais da Presidente Dilma para impedir a posse dele na Casa Civil.
Já tentaram de tudo para destruir o Lula, e não vão abandonar a obsessão de aniquilá-lo. O justiceiro Sérgio Moto idealizou um show deplorável com a prisão dele no dia 4 de março mas, temendo as consequências, foi obrigado a recuar. Depois, num ato de desespero persecutório, cometeu haraquiri funcional e divulgou criminosamente grampos telefônicos ilegais da Presidente Dilma para impedir a posse dele na Casa Civil.
O impeachment e a garimpagem de votos
Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:
A avaliação de analistas políticos sobre o que pode acontecer na votação do impeachment, marcada para domingo (17) pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de acordo com seus próprios interesses e regras, é de que é impossível fazer uma previsão. A negociação do governo com legendas e deputados, que já era instável, ficou ainda mais difícil de prever com o desembarque do PP da base do governo, anunciado hoje (12). PSD, PP e PR, nos quais o governo apostou algumas fichas, são legendas cujas direções não exercem controle sobre as bancadas.
Temer, o Judas!
Por Adalberto Monteiro, no blog de Renato Rabelo:
A presidenta Dilma não cometeu nenhum crime de responsabilidade, sequer é investigada e até seus inimigos declarados atestam que ela é honesta. Grande parte dos que ontem votaram na Comissão Especial pela admissibilidade de um impeachment fraudulento é deputado investigado, e pairam sobre eles acusações de delitos, de crimes de corrupção. Eduardo Cunha que carrega nos ombros um atlas imundo de processos é o general dessa banda podre.
A presidenta Dilma não cometeu nenhum crime de responsabilidade, sequer é investigada e até seus inimigos declarados atestam que ela é honesta. Grande parte dos que ontem votaram na Comissão Especial pela admissibilidade de um impeachment fraudulento é deputado investigado, e pairam sobre eles acusações de delitos, de crimes de corrupção. Eduardo Cunha que carrega nos ombros um atlas imundo de processos é o general dessa banda podre.
Ampliar a mobilização contra o golpe
Editorial do site Vermelho:
Não houve vencedores na segunda-feira (11), na Comissão Especial do Impeachment, da Câmara dos Deputados, é preciso dizer. O resultado obtido pela direita naquela comissão indica o tamanho do impasse colocado à democracia brasileira. E que será enfrentado na sessão da Câmara dos Deputados, que vai da sexta-feira (15) até domingo (17).
O momento é de preocupação e mobilização dos democratas e patriotas. A tentativa de golpe da direita divide o país e opõe a minoria que pretende romper a democracia e rasgar a Constituição aos que querem consolidar a democracia e a legalidade.
Não houve vencedores na segunda-feira (11), na Comissão Especial do Impeachment, da Câmara dos Deputados, é preciso dizer. O resultado obtido pela direita naquela comissão indica o tamanho do impasse colocado à democracia brasileira. E que será enfrentado na sessão da Câmara dos Deputados, que vai da sexta-feira (15) até domingo (17).
O momento é de preocupação e mobilização dos democratas e patriotas. A tentativa de golpe da direita divide o país e opõe a minoria que pretende romper a democracia e rasgar a Constituição aos que querem consolidar a democracia e a legalidade.
O DNA golpista da minoria prepotente
Por Gaudêncio Frigotto, no site Carta Maior:
No final da década de 1990 o sociólogo Francisco de Oliveira, um dos mais agudos críticos do projeto de sociedade da classe dominante brasileira, numa conferência na Universidade Federal Fluminense, mostrou que ao longo do século XX convivemos, mais de um terço do mesmo, sob ditaduras e submetidos a um golpe institucional a cada três anos. Ditaduras e golpes que plasmam uma sociedade que Oliveira a define com a figura do ornitorrinco - uma impossibilidade genética, pois não se desenvolve nem como pássaro e nem como mamífero. O ornitorrinco social brasileiro se expressa por uma sociedade que produz a miséria e se alimenta dela.
No final da década de 1990 o sociólogo Francisco de Oliveira, um dos mais agudos críticos do projeto de sociedade da classe dominante brasileira, numa conferência na Universidade Federal Fluminense, mostrou que ao longo do século XX convivemos, mais de um terço do mesmo, sob ditaduras e submetidos a um golpe institucional a cada três anos. Ditaduras e golpes que plasmam uma sociedade que Oliveira a define com a figura do ornitorrinco - uma impossibilidade genética, pois não se desenvolve nem como pássaro e nem como mamífero. O ornitorrinco social brasileiro se expressa por uma sociedade que produz a miséria e se alimenta dela.
O golpismo avançou umas três casas
O PP anunciou hoje sua saída da base do governo. Talvez essa tenha sido a maior derrota do Planalto desde que o processo de impeachment se iniciou.
Numa reunião da bancada, 37 deputados votaram a favor da cassação de Dilma e 9 contra. Uma goleada.
Ciro Nogueira, presidente do partido, prometia ao governo até 30 deputados. Pelo jeito vendia terreno no céu para os seus interlocutores e ao mesmo tempo negociava com Temer.
O assalto à soberania popular
Por Roberto Amaral, em seu blog:
O esperado relatório do irrelevante deputado Jovair Arantes, do pouco ilibado PTB de Roberto Jeferson – um símbolo da miséria da política brasileira, recentemente redescoberto pela grande mídia graças à sua tenaz campanha pelo impeachment, no que, aliás tem a companhia ínclita do notabilíssimo Paulo Maluf – não é um raio caído de um céu azul.
Isto pois responde a momento crucial do processo de captura sem voto do Estado, dirigido de fora, com o propósito, entre outros, de abocanhar o Pré Sal, a maior descoberta de petróleo das últimas décadas no planeta, com o apoio da inefável Fiesp e seus acólitos, desde sempre comprometida com tudo que é antinacional e antipovo.
O esperado relatório do irrelevante deputado Jovair Arantes, do pouco ilibado PTB de Roberto Jeferson – um símbolo da miséria da política brasileira, recentemente redescoberto pela grande mídia graças à sua tenaz campanha pelo impeachment, no que, aliás tem a companhia ínclita do notabilíssimo Paulo Maluf – não é um raio caído de um céu azul.
Isto pois responde a momento crucial do processo de captura sem voto do Estado, dirigido de fora, com o propósito, entre outros, de abocanhar o Pré Sal, a maior descoberta de petróleo das últimas décadas no planeta, com o apoio da inefável Fiesp e seus acólitos, desde sempre comprometida com tudo que é antinacional e antipovo.
Como será o dia seguinte ao golpe de Temer
O pior pecado depois do pecado é a publicação do pecado.
É uma das minhas frases favoritas. O autor é Machado de Assis.
Ela se aplica à perfeição ao áudio vazado em que Michel Temer festeja, antecipadamente, a vitória do golpe.
Em si, é uma infâmia, um despropósito, uma manifestação de pequenez.
O muro de Brasília e o muro do Brasil
Por Celso Vicenzi, em seu blog:
Na Esplanada dos Ministérios, um frágil muro em frente ao Congresso, erguido por presidiários (se não era ironia, agora é!) vai separar os manifestantes pró e contra o impeachment (leia-se golpe), durante a votação na Câmara Federal, neste domingo, 17 de abril de 2016. Um muro de placas metálicas que será protegido por cerca de 4 mil policiais que farão a segurança. Mesmo com todo o aparato policial, é uma temeridade juntar num mesmo espaço, separados por apenas alguns metros, talvez 50 mil manifestantes de cada lado. E se forem 100 mil de cada lado? Terminada a votação, um lado irá comemorar e não é difícil imaginar que poderá haver provocações. Quem segura essa massa? Algo pode fugir ao controle, mesmo com todo o esquema de segurança. É muita gente num espaço quase compartilhado. E o ódio que já tomou conta das redes sociais e do país, pode assumir, ao vivo, proporções temerárias.
Na Esplanada dos Ministérios, um frágil muro em frente ao Congresso, erguido por presidiários (se não era ironia, agora é!) vai separar os manifestantes pró e contra o impeachment (leia-se golpe), durante a votação na Câmara Federal, neste domingo, 17 de abril de 2016. Um muro de placas metálicas que será protegido por cerca de 4 mil policiais que farão a segurança. Mesmo com todo o aparato policial, é uma temeridade juntar num mesmo espaço, separados por apenas alguns metros, talvez 50 mil manifestantes de cada lado. E se forem 100 mil de cada lado? Terminada a votação, um lado irá comemorar e não é difícil imaginar que poderá haver provocações. Quem segura essa massa? Algo pode fugir ao controle, mesmo com todo o esquema de segurança. É muita gente num espaço quase compartilhado. E o ódio que já tomou conta das redes sociais e do país, pode assumir, ao vivo, proporções temerárias.
terça-feira, 12 de abril de 2016
O irmão "fantasma" de Jair Bolsonaro
Por Altamiro Borges
Com seu discurso de ódio e intolerância, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) ganhou adeptos entre os "midiotas" e já desponta nas pesquisas eleitorais como presidenciável para 2018. Ele seria o candidato da extrema-direita, travestindo-se com a fantasia de vestal da ética. Mas, aos poucos, seus podres começam a aparecer. Na semana passada, uma reportagem do SBT mostrou que o seu irmão, Renato Antônio Bolsonaro, era funcionário fantasma da Assembleia Legislativa de São Paulo com um salário mensal de mais de R$ 17 mil. Diante da denúncia, o falso moralista alegou que não sabia da maracutaia familiar e ainda deu uma "bronca" no irmão. "Ele que se exploda". Baita cinismo!
Com seu discurso de ódio e intolerância, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) ganhou adeptos entre os "midiotas" e já desponta nas pesquisas eleitorais como presidenciável para 2018. Ele seria o candidato da extrema-direita, travestindo-se com a fantasia de vestal da ética. Mas, aos poucos, seus podres começam a aparecer. Na semana passada, uma reportagem do SBT mostrou que o seu irmão, Renato Antônio Bolsonaro, era funcionário fantasma da Assembleia Legislativa de São Paulo com um salário mensal de mais de R$ 17 mil. Diante da denúncia, o falso moralista alegou que não sabia da maracutaia familiar e ainda deu uma "bronca" no irmão. "Ele que se exploda". Baita cinismo!
Os golpistas não dormirão tranquilos
Por Rubens Casara, no blog Viomundo:
Golpe, por definição, é um estratagema, um ardil, uma manobra ilegítima. Assim, por exemplo, a utilização de um cheque (uma ordem de pagamento prevista na legislação brasileira) é legítima, mas utilizar um cheque sem fundos para lesar o patrimônio de uma outra pessoa é um golpe.
Da mesma maneira, a utilização da forma jurídica “impeachment” para derrubar um governante eleito sem que exista um fato concreto que encontre adequação típica entre os “crimes de responsabilidade” é um golpe, por mais que juristas de ocasião (os chamados de “juristas de estimação das corporações midiáticas”), que sempre aparecem em contextos golpistas, busquem justificar aos olhos de uma população desinformada (desinformação, em grande medida, produzida por esses mesmos meios de comunicação) a ruptura com as regras do jogo democrático.
Golpe, por definição, é um estratagema, um ardil, uma manobra ilegítima. Assim, por exemplo, a utilização de um cheque (uma ordem de pagamento prevista na legislação brasileira) é legítima, mas utilizar um cheque sem fundos para lesar o patrimônio de uma outra pessoa é um golpe.
Da mesma maneira, a utilização da forma jurídica “impeachment” para derrubar um governante eleito sem que exista um fato concreto que encontre adequação típica entre os “crimes de responsabilidade” é um golpe, por mais que juristas de ocasião (os chamados de “juristas de estimação das corporações midiáticas”), que sempre aparecem em contextos golpistas, busquem justificar aos olhos de uma população desinformada (desinformação, em grande medida, produzida por esses mesmos meios de comunicação) a ruptura com as regras do jogo democrático.
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