sábado, 16 de julho de 2016

O golpe na Turquia e o Brasil

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Vamos analisar a situação do Brasil a partir da tentativa (felizmente fracassada) de golpe na Turquia.

Ontem, às 19:41, o blog O Antagonista, principal blog da direita brasileira golpista, fez um post curto e grosso sobre o caso, dando o golpe contra o presidente eleito Erdogan comofait accumpli , e praticamente festejando a violação das urnas.




Temer agora trai o "centrão"

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Temer disse ontem ao Estado de S. Paulo que vai “desidratar essa coisa do Centrão”.

Se é que ainda há “Centrão”, pois está evidente que ele deixou de existir com o óbito político – falta o sepultamento – de seu líder e unificador Eduardo Cunha.

Depois tento consertar, como bem registrou o Diário do Centro do Mundo, apenas para efeito público.

A festa de aniversário da "Agência Sindical"

Do site da Agência Sindical:

O aniversário de 25 anos da Agência Sindical reuniu nesta sexta (15) amigos, clientes e parceiros no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo. O evento recebeu cerca de 60 pessoas, que participaram de um coquetel e assistiram ao lançamento do vídeo institucional que mostra o trabalho da empresa no período.

Inflação não dá folga ao neoliberal Macri

Por Max Altman, no site Opera Mundi:

Ah, a inflação. Os populistas não se preocupam com a inflação. Gastam mais, muito mais do que arrecadam. Como decorrência, uma das sequelas é a inflação que pune exatamente os que vivem de salário. Já os neoliberais cuidam muito desse aspecto. Têm responsabilidade fiscal e não admitem explosões inflacionárias.

Isto posto vamos à realidade argentina do governo conservador de direita de Maurício Macri. Apesar da recessão e da queda de vendas, os aumentos se mantêm firmes. Dentro do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o novo cálculo da “inflação núcleo”, que exclui os serviços públicos e outros itens, se acelerou no mês passado. Escalou 3 por cento, contra 2,7 de maio.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

As contas na Suíça do homem forte de Serra

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Surge um novo personagem nas negociações das delações premiadas das empreiteiras com a Operação Lava Jato: Márcio Fortes, um dos fundadores do PSDB, ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro – não confundir com o ex-ministro das Cidades do governo Lula. Tesoureiro de campanha eleitoral, ele seria um dos arrecadadores do agora chanceler interino José Serra junto aos empresários, donos de construtoras. A repercussão das citações deixou o tucanato, além de preocupado, em alerta. Tanto é que Serra se apressou em contratar uma assessoria jurídica só para se dedicar ao tema, além de consultar mais advogados sobre o assunto.

A internet está sob ataque

Por Mônica Mourão, no site do FNDC:

Apenas dois anos depois da aprovação do Marco Civil da Internet (MCI), lei internacionalmente reconhecida como modelo para a regulação da web, as forças do retrocesso já lançam suas garras, mas recebem o devido contra-ataque da sociedade civil organizada.

Na tarde de quarta-feira 13, as 11 entidades que formam a Coalizão Direitos na Rede entregaram ao Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) uma carta com o que consideram as principais ameaças à internet e suas reivindicações para barrá-las, durante a plenária final do VI Fórum da Internet no Brasil, em Porto Alegre. Foi também durante o evento que a Coalizão foi lançada em conjunto com a sua primeira campanha, intitulada #InternetSobAtaque.

Não fale de crise, trabalhe

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Num boteco de São Paulo, a TV ligada trazia um consultor de economia dando dicas para resolver o atoleiro das dívidas. Em torno do aparelho velho, formou-se uma rodinha.

Enquanto isso, um senhor curtido pela idade, trajando boné de um antigo candidato que, hoje, faz campanha em outro plano espiritual, assumiu o papel de comentarista, mumunhando entre os dentes.

Consultor: “Verifique a possibilidade de novas linhas de crédito.''

Voz da experiência: Se o gerente aceitar me dar mais um empréstimo, é um idiota.

Temer decide cortar 30% do auxílio-doença

Por Pedro Rafael Vilela, no jornal Brasil de Fato:

O governo interino de Michel Temer decidiu restringir o acesso e cancelar boa parte dos benefícios previdenciários por incapacidade, como o auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. As mudanças, já em vigor, constam na Medida Provisória (MP) 739, publicada na semana passada. A MP permite a realização de perícia médica para reavaliação de todos os segurados.

Com isso, a expectativa da equipe de Temer é cortar cerca de 30% dos auxílios-doença, afetando mais de 250 mil dos 840 mil beneficiários em todo o país. No caso das aposentadorias por invalidez, a meta do governo interino é reduzir o benefício em 5%, índice que representa 150 mil, do total de 3 milhões de segurados. A economia de recursos pode ultrapassar os R$ 6,3 bilhões, segundo os cálculos oficiais.

Ratinho é condenado por trabalho escravo

Por Marcos Aurélio Ruy, no site da CTB:

Carlos Roberto Massa, o Ratinho, famoso apresentador de programa do SBT, foi condenado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) a pagar multa de R$ 200 mil por manter funcionários em uma de suas fazendas em situação análoga à de escravidão.

“É estarrecedor que em pleno século 21 ainda tenhamos que conviver com a prática da escravidão”, diz Carlos Rogério Nunes, secretário de Políticas Sociais da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

O imbróglio britânico em perspectiva

Por Giorgio Romano Schutte, na revista Teoria e Debate:

O surpreendente resultado do plebiscito sobre a saída do Reino Unido (RU) da União Europeia (UE) deve ser compreendido a partir de quatro dimensões que atuaram em seu conjunto e conspiraram para o pior desfecho possível: a dimensão histórica, a política, a econômica e a de migração.

Historicamente a relação entre o Reino Unido e o processo de integração europeia foi sempre muito conturbada. Nunca houve paixão ou lideranças britânicas que vestissem a camisa. Winston Churchill defendia, já na década de 1920, uma integração europeia para evitar o ressurgimento do conflito entre Alemanha e França. Falava em “Estados Unidos da Europa”, mas o Reino Unido deveria ficar fora, porque teria outro destino. Após a Segunda Guerra Mundial, com o apoio dos EUA, o esforço para a integração europeia se materializou no Tratado de Roma de 1957, que deu origem à Comunidade Europeia (CE), precursora da UE. O Reino Unido acompanhou as negociações, mas acabou não entrando, por vários motivos.

O golpe contra a EBC

Por Tatiana Carlotti, no site Carta Maior:

O desmonte da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) pelo atual governo interino – e ilegítimo – de Michel Temer foi tema de um debate promovido pelo Centro de Mídia Alternativa Barão de Itararé, na última segunda-feira (11.07).

Participaram do debate Franklin Martins, ex-ministro da SECOM; Tereza Cruvinel, ex-presidente da EBC; e o professor Laurindo Lalo Leal Filho, primeiro ouvidor da EBC e apresentador do programa Ver TV.

Privatização: a lógica da Casa Grande

Por Laura Carvalho, no site Outras Palavras:

O ministro interino da Fazenda, Henrique Meirelles, em declaração ao jornal O Estado de S. Paulo do dia 9/7/2016, afirmou que, para equilibrar as contas públicas, “o plano A é o controle de despesas, o B é privatização, e o C, aumento de imposto”.

Algum demagogo de plantão, habituado a seduzir eleitores incautos pela explicação do Orçamento da União a partir da dinâmica do orçamento doméstico, poderia aproveitar-se facilmente do roteiro proposto pelo ministro para desfazer qualquer esperança da população quanto a dias melhores na economia.

O que fazer para combater o desemprego?

Por Clemente Ganz Lúcio, no site Brasil Debate:

O desenvolvimento econômico visa a gerar bem-estar e qualidade de vida. A política econômica precisa buscar, entre outros objetivos, gerar empregos e aumento real da renda do trabalho. A economia política do desenvolvimento deve se orientar pela centralidade do trabalho como produtor e organizador da vida social.

As crises econômicas, recorrentes no capitalismo, travam o sistema produtivo, destroem os empregos, arrocham a renda do trabalho e desorganizam a vida em sociedade, gerando insegurança, precarização, pobreza e bloqueando a construção do futuro.

A primeira reforma previdenciária de Temer

Por Luiz G. Capitani e S. Reimann, no site Sul-21:

Foi publicada em 08/07/2016 a Medida Provisória nº 739/2016, que promove severas e preocupantes modificações na Previdência Social.

Diferentemente das leis de modo geral, a medida provisória é um ato exclusivo do Presidente da República que deveria ter por finalidade disciplinar matérias de relevância e urgência, através da qual são gerados efeitos antes mesmo de sua apreciação pelo Congresso Nacional.

Embora a medida publicada seja apresentada como uma forma de redução de fraudes, a sua leitura atenta conduz a outra conclusão, especialmente se prestarmos atenção ao seu artigo 11 que quase passa despercebido em meio aos debates.

A disputa pelo pré-sal brasileiro

Por Ricardo Maranhão, na revista Caros Amigos:

O pré-sal é um conjunto de rochas carbonáticas, situadas no litoral brasileiro, com grandes acumulações de óleo e gás. Sobre estas rochas foi depositada, a milhões de anos, uma extensa camada de sal que pode ter até dois mil metros de espessura. A profundidade total dessas rochas é de até 8000 metros, em relação à superfície do mar, onde a lâmina d’água é superior a dois mil metros.

O pré-sal constitui uma nova fronteira exploratória, com características inéditas. Empresas multinacionais estão explorando áreas semelhantes, na Costa Ocidental da África. Algumas aproveitando o aprendizado obtido nas parcerias com a Petrobras. Registro que o pré-sal é uma das maiores, senão a maior, descoberta de petróleo, no mundo, nos últimos 20 anos.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Carta aberta a Gilmar Mendes

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Esta é mais uma da série de cartas abertas aos golpistas. No futuro, é possível que elas sejam reunidas num livro.

Caro ministro Gilmar:

O senhor desonra a Justiça. É a pior espécie de juiz que pode existir: aquele que se move por razões políticas. Sabemos antecipadamente qual será seu voto quando se trata de um tema político. Isto, em si, é uma afronta à dignidade da Justiça.

O que significa a vitória de Rodrigo Maia

Da revista CartaCapital:

A vitória de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados representa o triunfo da antiga oposição àpresidenta afastada Dilma Rousseff. Eleito com o apoio do PSDB, do PPS, do PSB e, obviamente, do DEM – além de setores do PT –, Maia coloca partidos tradicionais no centro do poder e garante sobrevida à própria sigla.

O primeiro compromisso do novo presidente da Câmara foi uma visita ao presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves(MG), na manhã desta quinta-feira 14. Após o encontro, Maia disse que o tucano foi fundamental para sua vitória.

O mercado das delações da Lava-Jato

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Notícia de ontem, no site da Folha, dá conta de uma gravação de áudio anexada a um dos processos da Lava Jato no STF na qual é revelado o funcionamento de um verdadeiro mercado de delações. Na gravação, Alexandre Margotto, ex-sócio de Lúcio Bolonha Funaro, acusado de ser operador de Eduardo Cunha, pede dinheiro para não delatar Funaro: "Eu quero estar do lado do Lúcio e que ele não me desampare financeiramente nem juridicamente. Mas eu já quero cem pau agora, R$ 100 mil".

Os indícios de que JK foi assassinado

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Por ocasião da instalação das comissões da verdade - sobre a ditadura - um grupo de acadêmicos das Faculdades de Direito da USP e Mackenzie montaram um grupo de trabalho visando apurar as circunstâncias da morte do ex-presidente Juscelino Kubitscheck.

A proposta de trabalho foi apresentada à Comissão da Verdade nacional. Não houve interesse. Segundo os integrantes do GT, houve resistência do advogado Pedro Dallari em abrigar os estudos.

O PT e a ilusão do ‘menos pior’

Por Jeferson Miola

A política no Brasil só não alcançou o fundo do poço porque a canalhada golpista sempre pode lançar mão de algum truque ainda mais baixo.
Vale recordar que aos olhos do mundo, a sessão de votação do impeachment na Câmara dos Deputados foi considerada "uma assembléia geral de bandidos comandada por um bandido chamado Eduardo Cunha".

É vergonhoso anotar que, em pleno século 21, a Câmara dos Deputados da sétima economia planetária escolheu entre Rodrigo Maia e Rogério Rosso o sucessor do gângster psicopata Eduardo Cunha.