Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:
O senador Antonio Anastasia está perto de se tornar uma figura menor por aceitar o cumprimento de um papel que lhe subtrai a trajetória construída como servidor público e professor de direito. Está prestes a trocar a ética pela ambição; a convicção pela oportunidade; a biografia pelo opróbio. O julgamento do impeachment da presidente Dilma Rousseff, do qual é o relator, deixou a esfera jurídica para se afirmar como um julgamento político. Não há palavra mais manchada de ambiguidade que “política”. Quando deixa de ser substantiva para se tornar uma mera adjetivação, a política perde sua origem para se tornar um instrumento de manipulação. Julgamento político, no sentido estrito do termo, é um oxímoro, uma expressão composta de termos que se repelem.
O senador Antonio Anastasia está perto de se tornar uma figura menor por aceitar o cumprimento de um papel que lhe subtrai a trajetória construída como servidor público e professor de direito. Está prestes a trocar a ética pela ambição; a convicção pela oportunidade; a biografia pelo opróbio. O julgamento do impeachment da presidente Dilma Rousseff, do qual é o relator, deixou a esfera jurídica para se afirmar como um julgamento político. Não há palavra mais manchada de ambiguidade que “política”. Quando deixa de ser substantiva para se tornar uma mera adjetivação, a política perde sua origem para se tornar um instrumento de manipulação. Julgamento político, no sentido estrito do termo, é um oxímoro, uma expressão composta de termos que se repelem.

















