quarta-feira, 17 de agosto de 2016

A propina do "ético" Magno Malta

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

O senador Magno Malta (PR-ES) virou uma espécie de ídolo da extrema-direita com seus discursos raivosos e ataque a políticos à esquerda. Como se tivesse uma ficha limpíssima, usa a tribuna do plenário do Senado para falar em "moral e os bons costumes", acusar adversários políticos e até debochar. Enquanto Malta acusa sem apresentar provas, o jornal Folha de S.Paulo diz ter tido acesso a e-mails que comprovam caixa 2, ou propina, para o senador na eleição de 2014.

O mito do déficit da Previdência

Por Eduardo Fagnani, no site Brasil Debate:

O déficit da Previdência é um mito. Da Assembleia Nacional Constituinte, nos anos 1980, aos dias atuais, setores detentores de riqueza do país desenvolvem ativa campanha difamatória e ideológica orientada parademonizar a Seguridade Social e, especialmente, o seu segmento da Previdência Social (a Seguridade Social compreende, ainda, a Saúde e a Assistência Social). Há um esforço dessas elites em comprovar a inviabilidade financeira da Previdência, cujo gasto equivale a 8% do PIB, para justificar nova etapa de retrocesso em direitos garantidos pela Constituição de 1988.

Viúvas do INSS na mira de Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Os que preparam a proposta de reforma previdenciária de Temer estudam meios de impedir que beneficiários de pensão por morte, vale dizer, milhares de viúvas, possam acumular este benefício com a aposentadoria. Se vingar, será uma das maiores maldades da contrarreforma social que está em curso. A grande maioria das viúvas recebe apenas um salário mínimo de pensão e, depois de cumprirem o tempo de contribuição como trabalhadoras, fizeram jus a uma aposentadoria também pelo piso do INSS.

Serra "faz bullying” contra a Venezuela

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

O chanceler do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, acusou o governo ilegítimo de Michel Temer de querer “comprar o voto” do país para impedir a transmissão da presidência do Mercosul à Venezuela, como prevê o estatuto do bloco. A repórter Valeria Gil, do jornal uruguaio El Pais, teve acesso às notas taquigráficas de uma reunião da Comissão de Assuntos Internacionais da Câmara dos Deputados uruguaia, na quarta-feira passada, em que Nin Novoa comenta seu desagrado com a pressão de Serra. O ministro das Relações Exteriores interino esteve no país vizinho no dia 5 de julho, acompanhado do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, como se este também tivesse cargo no governo.

O patrimônio milionário do João Dória

Da revista Fórum:

João Dória (PSDB) é o mais rico entre os candidatos à prefeitura de São Paulo em 2016. O patrimônio do tucano, calculado em R$ 179,8 milhões, é 13 vezes maior do que o da segunda candidata com mais bens, Marta Suplicy (PMDB), que possui R$ 13,3 milhões. Os valores foram declarados à Justiça, uma tarefa obrigatória para quem disputa as eleições.

E como anda a Selic?

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

O esforço hercúleo realizado pelos grandes meios de comunicação para blindar os membros da equipe econômica do governo interino parece que tem obtido algum resultado sobre o comportamento das pessoas em geral. A situação de crise aberta só tem se aprofundado a cada dia que passa: desemprego, número de falências, redução do consumo e da massa salarial, diminuição das verbas orçamentárias para serviços públicos essenciais, entre tantos outros aspectos. Mas o Brasil das editorias de economia parece ser outro.

Lula, Dilma e a boa fé de Moro

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Dias depois de o juiz Sérgio Moro ter dito no Congresso que provas ilícitas poderiam ser válidas numa investigação caso tivessem sido obtidas "de boa fé", o país tem uma boa oportunidade de passar a limpo a aplicação prática de um conceito tão subjetivo.

Autorizada ontem pelo ministro Teori Zavaski, do STF, a investigação sobre a denuncia de que Lula e Dilma agiram em conjunto para obstruir uma investigação da Lava Jato tem como base uma questão de fé.

Se é boa fé, má fé, ou zero fé, não é difícil responder.

A "reforma agrária" de Michel Temer

Por Rafael Tatemoto, no jornal Brasil de Fato:

Michel Temer (PMDB), presidente interino, estuda um pacote de medidas voltadas para o campo. As ideias sinalizadas incluem a oferta de crédito rural e a entrega de títulos de propriedade para assentados da reforma agrária. Movimentos populares que atuam na questão, entretanto, criticam as iniciativas, que entendem como uma forma de privatização das terras.

Os financiamentos serão ofertados através do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Os valores que serão destinados ainda não foram definidos e seguem em discussão.

Golpe é para impor a velha ordem política

Por Renato Rabelo, em seu blog:

A pretendida consumação da farsa do impeachment, ainda este mês, que conduz à concretização de um golpe de Estado, é uma viragem para consolidação e desenvolvimento da velha ordem política, com suas consequências econômicas, sociais e culturais, razão de ser do golpe dito legal.

Ao processo de ruptura constitucional contido no curso de um impeachment fraudado no Brasil não interessa provar inocência ou culpa da presidenta Dilma Rousseff. Semelhante ao ocorrido no Paraguai e Honduras, o único objetivo perseguido aqui é destituir o presidente da República pelo novo modelo de intervenção golpista, seguido na atualidade pelas oligarquias de direita.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Multidão exige Fora Cartes no Paraguai

Por Leonardo Wexell Severo, de Assunção

Uma multidão tomou as ruas de Assunção nesta segunda-feira (15), data em que aniversaria a capital paraguaia, para defender “a imediata anulação do julgamento dos camponeses de Curuguaty e a renúncia do presidente Horacio Cartes”.

Portando bandeiras paraguaias, faixas e cartazes, trabalhadores do campo e da cidade, estudantes, mulheres e indígenas se concentraram em frente ao Tribunal de Justiça - onde desde a decretação da sentença do caso Curuguaty, há um mês, foi erguida a “Barraca da Resistência” - para exigir a libertação dos sem-terra condenados a até 35 anos de prisão.

WhatsApp, privacidade e autoritarismo

Por Mauro Santayana, em seu blog:

O STF, por meio do ministro Ricardo Lewandowski­, suspendeu, no mês passado, a proibição, que durou algumas horas, decretada por uma juíza do Rio de Janeiro, de funcionamento do WhatsApp em todo o território nacional. Espera-se que a sábia decisão regulamente definitivamente a questão, não apenas com relação ao aplicativo em questão, mas também a outros semelhantes, e evite que parte da Justiça continue procurando chifre em cabeça de cavalo e passando ridículo aos olhos do mundo.

A decisão da juíza e sua suspensão pelo STF se desenvolvem no âmbito da contradição entre indivíduo e sistema descrita por George Orwell, em seu profético livro 1984.

Serra tentou comprar voto contra Venezuela

Por Jeferson Miola

O chanceler legítimo do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, denunciou que o chanceler usurpador do Brasil, José Serra, tentou comprar o apoio do seu país para impedir a presidência pro tempore da Venezuela no Mercocul.

A notícia, publicada no jornal Ladiaria, é um escândalo que desmoraliza o Brasil no mundo.

Nin Novoa demonstrou profunda indignação com José Serra, que “viria ao Uruguai com a pretensão de suspender o transpasso [da presidência pro tempore do Uruguai para a Venezuela] e que, além disso, se se suspendesse [o transpasso], nos levariam nas suas negociações com outros países, como querendo comprar o voto do Uruguai”.

'Escola sem partido': pedagogia da mordaça

Por Rodrigo Gomes, na Revista do Brasil:

Ao chegar na escola em que trabalha, o professor de Biologia é chamado à sala da diretoria. O diretor informa que ele está suspenso. Dois policiais o aguardam para levá-lo a prestar esclarecimentos na delegacia. O motivo? A aula do dia anterior, sobre a teoria da evolução, do inglês Charles Darwin, contrariou as crenças de alguns alunos e seus pais. O enredo, fictício, pode se tornar uma cena factível no futuro da educação brasileira, se o projeto denominado Escola Sem Partido virar lei. A ideia inspira dois projetos em tramitação no Congresso, em sete Assembleias Legislativas e 12 Câmaras Municipais.

Globo vira garoto de recados de Cunha

Do site Vermelho:

A Globonews resolveu passar o recado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ex-presidente da Câmara, aos parlamentares ameaçando fazer delação premiada caso a votação da cassação de seu mandato, marcada para 12 de setembro, não ocorra depois das eleições municipais, ou seja, em novembro.

Segundo a Globonews, Cunha mandou recado por meio de seus aliados de que se a votação ocorrer na data agendada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ele firmará um acordo de delação premiada na Lava Jato, podendo comprometer parlamentares e governo de Temer.

Eduardo Cunha e os 260 ladrões

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Uma das armações do Mensalão foi achar 40 réus, nem um mais, nem um menos.

Era tudo que a mídia queria para usar a expressão Lula e os 40 ladrões.

Pensei nisso ao ler neste final de semana trechos de mais uma delação premiada de Júlio Camargo.

Não havia, a rigor, novidade. Mas a reafirmação de absurdos choca.

As Olimpíadas e o presidente clandestino

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Michel Temer decidiu fugir do encerramento dos Jogos Olímpicos.

Possivelmente virá ao Rio, mas para uma transmissão “privê” do comendo olímpico para o o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, que representará Tóquio, sede dos jogos de 2020.

Uma semana depois, ao que espera efetivado com presidente do Brasil, Temer vai à reunião do G-20, na China.

Esperteza do mercado e o fator Temer

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 - a arte de prever o pensamento médio do mercado

O mercado trabalha sob a ótica do investidor racional, o que toma suas decisões baseado em análises e na lógica. Não é assim. No mercado, há um efeito manada similar ao que acomete o público comum em relação a eventos de repercussão.

Há vários tipos de análises no mercado.

A mais consistente é a chamada análise fundamentalista - que se debruça sobre os fundamentos da economia e da empresa analisada. A boa análise permite ao analista prever como a economia estará daqui a algum tempo. Mas não é suficiente para prever o chamado pensamento médio do mercado. É o pensamento médio que, em última instância, define o valor da ação.

Pokémon Go e o fim da privacidade

Por Jonas Valente, na revista CartaCapital:

O lançamento do jogo Pokémon Go está cercado de expectativa e tem resultado em inúmeras discussões nas redes sociais. As polêmicas são proporcionais ao sucesso. Uma reportagem publicada no início do mês registrava mais de 100 milhões de downloads.

De um lado, críticos questionam a futilidade e o tempo desperdiçado caçando os bichinhos virtuais em todos os lugares. De outro, frenéticos defensores se deleitam com o sistema de realidade aumentada que permite misturar o mundo virtual à realidade enxergada pelo usuário.

Sérgio Moro e os tratados internacionais

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Sérgio Moro aceitou denúncia contra 14 pessoas no âmbito da 31ª fase da operação Lava Jato, chamada 'Abismo'. Entre os acusados estão Léo Pinheiro, da OAS, Renato Duque, ex-diretor de serviços da Petrobras, e Paulo Ferreira, ex-tesoureiro do PT.

Já analisamos aqui a relação desta fase da Lava Jato com a nova rodada de privatizações que virá com o governo Temer.

Na decisão que recebeu a denúncia este trecho chama a atenção:


Temer adota comitê de pureza racial

Por Laura Capriglione, no site Jornalistas Livres:

Reedição constrangedora de práticas nazistas e do regime racista do Apartheid da África do Sul, o governo golpista de Michel Temer avançou definitivamente o sinal, atropelando os direitos humanos da comunidade afrodescendente.

Não poderia ser mais vergonhosa a decisão de uma tal Secretaria de Gestão de Pessoas e Relações do Trabalho, submetida ao ministro golpista do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo de Oliveira, de criar um tribunal racial para checar se são mesmo negros os autodeclarados negros, que se candidatam em concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União.