quarta-feira, 28 de setembro de 2016

O estelionato eleitoral da Previdência

Por Altamiro Borges

Preocupado com o desgaste de seus candidatos, o covil golpista de Michel Temer deve deixar o golpe da Previdência, que elevará as contribuições e a idade da aposentadoria – entre outras maldades – para depois do pleito municipal deste domingo. O descarado estelionato eleitoral é defendido pelos partidos fisiológicos da sua base de sustentação, segundo matéria da Folha desta terça-feira (27): “Diante das pressões dos aliados para adiar o envio da reforma da Previdência ao Congresso, o presidente Michel Temer pode acatar o pedido em reunião agendada com ministros, líderes partidários e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e deixar o projeto para depois das eleições”.

Quais são os anseios da juventude?

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Os anseios da juventude brasileira são o tema da 11ª e última edição do Ciclo de Debates Que Brasil é Este?. Pablo Capilé (Mídia Ninja e Fora do Eixo), Carina Vitral (União Nacional dos Estudantes - UNE) e Djamila Ribeiro (secretária-adjunta da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo) debatem o assunto a partir das 19 horas da segunda-feira (3), em São Paulo.

Marta fez o que fez para perder a eleição

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A história de Marta Suplicy é o que o que se chama em inglês de cautionary tale - simplificando, algo que serve de alerta. Uma fábula moral.

Em nome de sua ambição, maior do que sua competência, ela passou por cima de tudo para conseguir uma vaga para concorrer à prefeitura de São Paulo.

Foi para o PMDB com uma conversa mole inacreditável sobre sua surpresa com a corrupção do PT, falou que nunca se considerou uma pessoa de esquerda, pediu desculpas de joelhos sobre as taxas, tirou o Suplicy do sobrenome, deu flores a uma Janaína Paschoal, posou para fotos com Cunha, Renan e Temer, abraçou o golpe.

O triângulo Temer, Moraes e Lava Jato

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Michel Temer, embora não vá dar em nada (enquanto não quiserem que dê), é oficialmente um investigado na Lava Jato.

Seu Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, é ao menos um “confidente” da Lava Jato, ficou mais que provado com o vídeo onde antecipa as prisões de ontem.

Como ficou provado que a Polícia Federal mentiu ao dizer que não o avisou.

Um pacto pode evitar o horror em SP

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Restam poucas horas para o desastre anunciado se consumar.

Mas a experiência mostra que poucas horas de lucidez, com ação coordenada de projeto, rua e propaganda podem sacudir a vida de um povo. E mudar o curso da história.

O desfecho que se esboça na disputa municipal em São Paulo, e na do Rio, deixará uma lição dura às forças progressistas.

Se a derrota se confirmar domingo, levando para o segundo turno candidaturas de direita nas duas principais capitais do país, ficará flagrante o irrealismo inscrito na dispersão eleitoral das forças progressistas nos dois casos.

O escancarado viés político da Lava-Jato

Por Marcelo Auler, em seu blog:

Há quem diga que não existe coincidência. Ou, simplesmente, quem nela não acredite.

Na sexta-feira (23/09), à tarde, Alexandre de Moraes, o ministro da Justiça do governo que jogou no lixo 54 milhões de votos destinados à Dilma Rousseff com o golpe do impeachment, esteve na superintendência do Departamento de Polícia Federal (DPF) de São Paulo. Foi uma visita atípica, pois o habitual é que ministros de Justiça visitem superintendências acompanhados do Diretor Geral da instituição. Moraes foi sozinho.

Haddad é o voto contra o retrocesso

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Primeira eleição depois do golpe de 31 de agosto, a votação do próximo domingo, quando os brasileiros vão às urnas para escolher prefeitos e vereadores, guarda um traço semelhante com os pleitos ocorridos nos tempos do regime militar.

A conjuntura é marcada pela tentativa, por parte dos aliados de Michel Temer, de consolidar um estado de exceção, primeiro passo para reduzir direitos e diminuir liberdades num período próximo.

Elas não cabem na 'democracia' brasileira

Por Carmela Zigoni, no site Outras Palavras:

A análise do perfil das candidaturas para as Eleições 2016 revela, mais uma vez, o sexismo e o racismo das estruturas de poder no Brasil. Das 493.534 candidaturas em todo o Brasil, sendo 156.317 candidaturas do sexo feminino, apenas 14,2% (70.265) são mulheres negras concorrendo ao cargo de vereadora e 0,13% (652) ao cargo de prefeita – considerando-se “negra” a somatória das variáveis ‘pretas’ e ‘pardas’. Se considerarmos somente as candidatas que se auto-declararam ‘pretas’, o número é ainda menor: 0,01% (60) para prefeitura, 0,03% vice prefeitura (135), 2,64% (13.035) se candidataram ao cargo de vereadora.

José Serra, um chanceler 'decorativo'

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, ameaçou demitir todos os assessores de seu gabinete, exceto um, assim que voltou a Brasília de uma viagem a Nova York, aonde fora acompanhar o presidente Michel Temer. A conferir se as demissões se confirmarão nos próximos dias, mas o rompante é compreensível. Serra regressou enfraquecido dos Estados Unidos, país ao qual sonha atrelar o Brasil.

O chanceler foi ignorado na elaboração do discurso presidencial proferido na terça-feira 20 na Assembleia Geral das Nações Unidas, motivo principal da viagem da dupla. Viu Temer assumir posições conflitantes com as suas. Ficou (por opção própria) em um hotel diferente daquele usado pelo chefe e por ministros da comitiva. Ausentou-se de uma histórica reunião global sobre refugiados.

PMDB, PSDB e o Brasil dos brutamontes

Por Wanderley Guilherme dos Santos, no blog Segunda Opinião:

Há quem resvale à beira do ridículo, ou do adesismo, angustiado com o inexistente dilema de apoiar o governo Temer contra o que seria um golpe ainda mais reacionário do PSDB, de Aécio Neves e de Fernando Henrique Cardoso. Estava demorando aparecer o pretexto para a velha cantilena de ser preciso combater a reação por dentro. Em geral, o combate se dá por dentro de bons hotéis, bons empregos e bons salários.

Teto de gastos e o tiro no pé do Congresso

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Michel Temer pretende convidar "lideranças" do Congresso, para um primeiro jantar no Palácio do Alvorada.

No cardápio, obter apoio para o mais importante (para ele) projeto do Ministro Henrique Meirelles nesse governo, a medida que limita, em princípio por 20 anos, os gastos do governo federal.

É a primeira vez que a área política de um país tomará a iniciativa de aprovar, por sua própria conta, seu esmilinguamento institucional.

A erosão da democracia brasileira

Por Boaventura de Sousa Santos, no site Sul-21:

O golpe parlamentar-judicial que ocorreu no Brasil vai ter repercussões na vida social e política do país difíceis de prever, ainda que, na versão oficial e na dos EUA, tudo tenha corrido dentro da normalidade democrática. Mas são também de prever repercussões internacionais, não só porque o Brasil é a sétima economia do mundo e assumiu nos últimos anos uma política internacional relativamente autônoma, tanto no plano regional como no plano mundial, através da participação na construção do bloco dos BRICS, mas também porque o modelo de desenvolvimento que adotou nos últimos treze anos parecia indicar que são possíveis alternativas parciais ao neoliberalismo puro e duro, desde que não se toque na sua guarda avançada, o capital financeiro global (é certo que os BRICS pretendiam a prazo tocar-lhe – banco de desenvolvimento, transações nas moedas próprias – e por isso tornou-se urgente neutralizá-los).

Na dúvida, vá pela esquerda!

Por Gustavo Noronha, no site Brasil Debate:

“Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros” . Ernesto Che Guevara.

“Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres”. Rosa de Luxemburgo.


O grupo que assaltou o poder no Brasil apresenta uma agenda para o país com dois pontos bem claros: a flexibilização dos direitos da classe trabalhadora (direitos trabalhistas e previdenciários) e a diminuição do papel do Estado na economia. Uma proposta que jamais foi submetida ao escrutínio popular. No voto, ideias como estas quando explicitadas de maneira honesta são sistematicamente rejeitadas pelas urnas.

Haddad começa a desmentir pesquisas

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A menos de uma semana das eleições de 2016, um fenômeno revoltante ameaça se repetir. Trata-se de fenômeno que poderia ter mudado o rumo da eleição paulistana de 2012 e que só não mudou porque a capital paulista chegou a um ponto em que não suportará outro governo ultraconservador e voltado para os ricos como o de José Serra, por exemplo.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Alexandre de Moraes aparelha a Lava-Jato

Por Altamiro Borges

Durante o governo Dilma Rousseff, que se jactava da sua ingênua postura “republicana”, a midiática Operação Lava-Jato serviu para desgastar a presidenta e para criminalizar seu partido. Agora, no covil de Michel Temer, ela serve para abafar as sujeiras dos golpistas e para seguir atacando o PT. Baita republicanismo! Neste domingo (25), Alexandre de Moraes – o carniceiro dos estudantes paulistas que hoje é ministro da Justiça – deixou explícito o aparelhamento da ação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Em qualquer outro país minimamente civilizado, ele seria imediatamente exonerado e processado por abuso de poder.

Temer “contrata” os mercenários do MBL

http://paraalemdocerebro.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Depois do ator-pornô Alexandre Frota, o covil golpista tem novos conselheiros de alto padrão intelectual. Segundo reportagem de Mônica Bergamo, publicada na Folha desta sábado (24), “o governo de Michel Temer está chamando movimentos sociais que apoiaram o impeachment para ajudá-lo a pensar na melhor forma de tornar as reformas da Previdência e do trabalho palatáveis à maioria da população. O Movimento Brasil Livre [MBL] está na lista. Um dos líderes do movimento, Renan Santos, se reuniu na quinta-feira (22) com Moreira Franco, que é secretário do Programa de Parcerias de Investimentos, mas ocupa espaço cada vez maior na área da comunicação de Michel Temer, substituindo Eliseu Padilha, da Casa Civil. Novo encontro pode ocorrer na próxima semana, desta vez com as agências de publicidade que detêm a conta do governo”.

Lava Jato errou com Dirceu. E a pena?

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Movida por convicções, a Lava Jato deduziu que a sigla ‘JD’, na planilha de pagamentos da Odebrecht, era uma referência a José Dirceu ou à sua empresa, a JD Consultoria. Agora, ao prender Antonio Palocci, convencida de que ele é o “italiano”, a Lava Jato admite que errou e que a sigla ‘JD’ é uma referência a Jucelino Dourado, ex-chefe de Gabinete de Palocci.

Haddad pode surpreender na reta final

Por Renato Rovai, em seu blog:

Esta eleição não é para amadores. E tão pouco para profissionais. É a eleição dos búzios, dos videntes, dos amigos do desconhecido. Daqueles que têm interlocução com forças cósmicas e cujas vozes não se pode encontrar nos grupos de pesquisas qualitativas.

O número de indecisos nesta semana nas pesquisas espontâneas ainda se encontra na faixa dos 50% em muitas cidades brasileiras. Sendo que em algumas está acima de 60%. É algo absolutamente inédito para a semana de uma disputa municipal, quando os candidatos são pessoas que todos conhecem de no mínimo ouvir falar. Quando há carros de som passando a cada dez minutos por todas as ruas e gente distribuindo santinhos em todas as esquinas.

Relator da OEA critica monopólio da mídia

Foto: Felipe Bianchi
Por Camila Boehm, na Agência Brasil:

O relator para a Liberdade de Expressão da Organização dos Estados Americanos (OEA), Edison Lanza, considera que a violência contra jornalistas e a falta de políticas sobre diversidade e pluralismo nos meios de comunicação do Brasil são problemas para a democracia brasileira.

No entanto, Lanza citou como exemplos positivos no país o Marco Civil da Internet e a Lei de Acesso a Informação. As declarações ocorreram no debate A Situação da Liberdade de Expressão no Brasil, organizado pela Ong Artigo19 e feito, na noite de hoje (26), no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.

O braço terrorista do regime de exceção

Por Jeferson Miola

O golpe não se encerrou na sessão do Senado que cassou o mandato da Presidente Dilma na farsa do impeachment. Ali apenas se abriu um capítulo novo do ataque à democracia para a consolidação do regime de exceção que se vive no Brasil.

Os objetivos com a suspensão das regras democráticas são: [1] extirpar Lula e o PT do sistema político brasileiro – portanto, a representação dos pobres na política; [2] transferir a riqueza nacional ao capital estrangeiro mediante a regressão dos direitos do povo; e [3] inserir subalternamente o Brasil, a sétima potência econômica planetária, no sistema mundial.