quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Temer salva os ricos e paralisa o país

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

A aprovação pelo governo Temer da PEC 55 que congela em termos reais os gastos federais não financeiros aprisiona os próximos 20 anos à semi-estagnação dos rendimentos do conjunto dos brasileiros. No país da financeirização da riqueza, a referida PEC não limita do crescimento real somente os gastos financeiros que seguem livres para continuar crescendo.

Como o Brasil se encontra há muito tempo entre os países das mais altas taxas de juros do mundo, os rentistas que vivem sem a necessidade do trabalho árduo, mas da fácil apropriação das transferências dos recursos públicos, ganham o passaporte para o futuro. Atualmente, mais de um terço do Produto Interno Bruto (PIB) nacional encontra-se absorvido pela economia da financeirização da riqueza, o que retira dinamismo da economia real para crescer e, portanto, gerar empregos e renda nacional.

Propaganda do governo vira antigoverno

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Anuncia Lauro Jardim que o Planalto abriu licitação para a escolha de agências de publicidade que se dedicarão à inglória tarefa de cuidar da imagem de um governo em ruínas.

Segundo a nota de O Globo, o tema proposto às agências é a crise, a recessão, a retomada da economia? Não…São os, acredite, Direitos Humanos, a proteção a LGBT, idosos e crianças e a pregação da igualdade racial e de gênero.

O erro de Dilma e Lula no trato com a mídia

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Os barões da mídia gostam de manter a pose à luz do sol, mas na sombra a história é bem diferente.

No último Roda Viva, o jornalista e escritor Carlos Maranhão falou sobre a biografia que lançou há pouco de Roberto Civita.

Num determinado momento, Maranhão citou traços fundamentais de RC.

Um deles, típico dos liberais clássicos, era a fé cega no mercado. O governo, para RC, jamais deveria se meter na economia.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Temer taxa Netflix. Globo agradece!

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Por Altamiro Borges

Na virada do ano, o Judas Michel Temer deu mais um presentão às emissoras privadas que exploram as concessões públicas de rádio e tevê. Ele sancionou a lei complementar que determina a cobrança do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) para as transmissões online de áudio e vídeo, conforme publicação do Diário Oficial da União de sexta-feira (30). Desta forma, Netflix, Spotify e outros serviços online serão taxados, o que elevará os seus preços. A bondade presidencial atende a uma antiga demanda dos impérios midiáticos, que reclamavam da "concorrência desleal" que fez desabar as audiências das emissoras de tevê e rádio e diminuir os bilionários anúncios publicitários.

O ano em que se tentou matar a esperança

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Por Leonardo Boff, em seu blog:

A situação social, política e econômica do Brasil mereceria uma reflexão severa sobre a tentativa perversa de matar a esperança do povo brasileiro, promovida por uma corja (esse é o nome) de políticos, em sua grande maioria corruptos ou acusados de tal, que, de forma desavergonhada, se pôs a serviço dos verdadeiros forjadores do golpe perpetrado contra a Presidenta Dilma Rousseff: a velha oligarquia do dinheiro e do privilégio que jamais aceitou que alguém do andar de baixo chegasse a ser Presidente do Brasil e fizesse a inclusão social de milhões dos filhos e filhas da pobreza.

Globo e Lava-Jato mataram em Campinas

O ano do asno. Pomposo

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Pompous ass, expressão da língua inglesa para qualificar o medíocre empolado

A se adotar o costume chinês que a cada ano atribui a influência, ou as características de um bicho, feroz ou manso, 2016 no Brasil foi o ano do asno, ou do burro, se preferirem. Houve uma contribuição fluvial para tanto.

A partir dos autores do golpe e a terminar com quantos acreditaram que bastaria defenestrar Dilma Rousseff, destruir o PT e seu líder Lula, para colocar o País na rota da felicidade. Não, não foi ano de tigres ou lobos.

Salário-mínimo e a mesquinharia de Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A lei orçamentária aprovada para 2017 previu um reajuste do salário-mínimo de R$ 880,00 para R$ 945,80, com base na inflação projetada de 7,5%.

Como ela fechará menor, em 6,74%, o decreto de Temer, assinado ontem, fixando o novo valor, expurgou a diferença no índice. Até ai tudo bem. Mas além desta adequação, o governo fez outro ajuste que levou ao encolhimento do valor do novo mínimo para R$ 937,00. A diferença de R$ 8.80 entre o valor aprovado pelo Congresso na lei orçamentária e o valor fixado por Temer deriva da queda na inflação e também de um expurgo retroativo, revelador da mesquinharia social do governo.

Movimentos sociais: o que esperar de 2017?

Por Rute Pina, no jornal Brasil de Fato:

“Derrota dos campos progressistas”, “esgotamento da política de conciliação” ou “ perda institucional da esquerda”. O ano de 2016 foi definido de diferentes formas por ativistas e dirigentes de movimentos sociais, mas há consenso em um aspecto: no ano que passou, pouco se avançou em pautas importantes do movimento social - ao contrário, o período foi marcado por retiradas de direitos historicamente conquistados.

No entanto, os acontecimentos do ano passado, como a proposta de Reforma da Previdência, podem pavimentar o terreno para um aumento da indignação das pessoas e alcançar parcelas da população que ainda não saíram às ruas em manifestações contra o governo não eleito de Michel Temer (PMDB). Ainda que grandes, os protestos estão restritos aos movimentos organizados e tradicionais da esquerda.

Campinas: Saiu do portal e matou a família

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Os mortos e feridos na chacina de Campinas são as primeiras vítimas fatais do ódio à esquerda estimulado pela mídia nos últimos anos. Para arrancar o PT do poder, revistas, jornais e emissoras de rádio e TV incentivaram o machismo, a misoginia, a homofobia, a raiva irracional a todo pensamento progressista. Alimentaram a besta.

A carta do assassino nada mais é do que uma colagem dos pensamentos toscos que lemos nos comentários dos portais noticiosos todos os dias, inspirados em (de)formadores de opinião aos quais a mídia deu espaço. Não há nada de surpreendente ali: à parte seus problemas pessoais e psicológicos, o atirador utiliza as mesmas palavras que a direita usa nas redes sociais cotidianamente para atingir “inimigos”, sobretudo mulheres, homossexuais e defensores dos direitos humanos.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Vídeo do exterior: Lula é culpado!

FHC sabia de tudo e não contou nada

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Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Sete meses depois do afastamento de Dilma Rousseff, centenas de milhares de brasileiros que foram às ruas apoiar o pedido de impeachment têm todo direito de se mostrar indignados com as descobertas recentes sobre Michel Temer e seus auxiliares diretos.

Minha opinião é que essas pessoas deveriam pelo menos admitir que vestiram nariz de palhaço quando resolveram ignorar denúncias frequentes que mostravam que o país assistia a um espetáculo de caráter seletivo, onde objetivos de natureza política tinham prioridade sobre fatos e provas de caráter criminal.

Quem ganhou em 2016 vai perder em 2017

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Muito se falou de 2016. Que não vai terminar ou que foi o annus horribilis do século XXI para o Brasil. Alguns, porém, dirão que foi magnífico. Há os que têm o que comemorar. É gente que quer que o país se dane; enquanto quase todos perderam, esses grupelhos ganharam justamente porque quase todo mundo se deu mal.

A Folha de São Paulo captou muito bem essa disparidade de visões dos agentes políticos no ano que (não) se encerrará algumas horas após a confecção deste texto. O jornal abriu a dois agentes políticos opostos a seção de suas páginas destinada a um artigo para cada lado das polêmicas que elege.

Calar Jamais! A luta pela democracia em 2017

Por Renata Mielli, no site Vermelho:

O enfrentamento do conservadorismo e do golpe exige ações que unifiquem amplos setores democráticos e populares em várias frentes. A construção dessa unidade só será efetivada se estiver lastreada em propostas que aglutinem a sociedade. A luta em defesa dos direitos trabalhistas, da Saúde, da Educação, da Soberania Nacional precisam se desdobrar em uma agenda política concreta. Essa é uma das principais tarefas e desafios para o ano de 2017.

A luta pela democratização dos meios de comunicação precisa fazer parte desta agenda. Ela tem como um de seus elementos centrais a garantia do direito à comunicação, da liberdade de expressão e, para tanto, a promoção de mais diversidade e pluralidade na mídia. Tem uma importante dimensão democrática e que afeta o desenvolvimento da sociedade.

Propaganda federal cresce 107% em dezembro

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

No Tijolaço, blog do companheiro Fernando Brito, leio um post intitulado "O ano em que acabará o sonho de Temer". No texto, Brito comenta artigos de Elio Gaspari, Miriam Leitão e Luis Veríssimo.

É emblemático que, em 2017, mais de trinta anos à frente de 1984, o ano em que George Orwell ambientou sua obra apocalíptica sobre um mundo dominado por um Big Brother que tudo via e tudo sabia, estejamos ainda rodando em volta da grande mídia, cujo poder de manipular a opinião pública nacional é maior do que qualquer escritor de ficção científica já tenha concebido.

A nova (e velha) estratégia da mídia, por exemplo, é brincar de Fora Temer. Todo mundo cai como um patinho.

Que 2017 traga um antídoto à barbárie

Editorial do site Brasil Debate:

Muito ainda se vai falar desse ano de 2016, sobre o qual talvez não tenhamos, no momento, exata dimensão do significado histórico. Algumas certezas, porém, existem: a de que a democracia retrocedeu algumas casas e a de que um projeto de governo mais inclusivo, que perseguia desenvolvimento com distribuição de renda, foi substituído por outro de ideais neoliberais, empenhado em defender os interesses de elites econômicas. Uma substituição que se deu por meio de um golpe parlamentar, com apoio de setores do judiciário e da mídia.

João Doria poderia se “vestir” de prefeito

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

O prefeito João Dória vestiu-se com um uniforme de trabalho de gari, na manhã desta segunda (2), e fez uma ''limpeza simbólica'' na região da praça 14 Bis, no Centro de São Paulo, em companhia de seus secretários de governo. Simbólica, porque a praça já havia sido limpa antes de sua chegada. Ele diz que repetirá a ação semanalmente até o final de seu mandato.

Como peça de marketing, a fim de sensibilizar quem acredita no voluntarismo como método de fazer política, ou para chamar a atenção de nós, jornalistas, sedentos por notícias que quebrem a monotonia desesperadora do primeiro dia útil do ano, pode funcionar.

Retornemos ao tempo da delicadeza

Por Maria Inês Nassif, no Jornal GGN:

Eu não sonho com um Ano Novo. Sonho com um mundo novo, delicado. Com pessoas novas, delicadas.

Que a delicadeza invada as suas vidas e as tornem humanas. Que a humanidade dentro delas exploda em direção ao mundo e o transforme em um mundo delicado.

E o mundo delicado trate com delicadeza todos os contemporâneos dessa era insana, que acreditam que eliminar pessoas pela guerra, pela fome e pelo preconceito faz parte de uma torpe lei natural, que consiste em eliminar os mais fracos para que os mais fortes prosperem.

Temer, Macri e a expressão do fracasso

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

As promessas eram as mesmas de há três décadas: acabar com os gastos inúteis do Estado, com sua administração ineficiente, controlar as finanças públicas como primeira prioridade, retomar a confiança na economia, recuperar o crescimento econômico. No passado, a novidade permitiu que as promessas tivessem duração mais longa: elegeram e reelegeram governos, baseados no controle da inflação, mesmo frente ao processo de estouro da dívida pública, do aumento da desigualdade e da exclusão social.

Doria no seu primeiro dia como prefeito

Por Renato Rovai, em seu blog:

O novo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), escolheu para primeiro ato de seu governo ir às ruas com todo o seu secretariado e presidentes de empresas municipais vestido de gari e empunhando vassouras. A cena, além de constrangedora, não é nada nova. Muito pelo contrário, remete ao populismo imbecilizado que teve em Jânio Quadros seu principal expoente. Jânio, o homem da vassourinha, que depois de renunciar e levar o país ao golpe de 64, se tornou prefeito de São Paulo, em 1985, utilizando os mesmos métodos.