sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Petroleiros denunciam desmonte da Petrobras

Por Tatiana Carlotti, no site Carta Maior:

Principal fórum dos petroleiros, o XVII Congresso Nacional da Federação Única dos Petroleiros (FUP) começa a partir desta quinta-feira (3 de agosto), em Salvador (Bahia). Na pauta, o desmonte da Petrobras e o impacto da privatização de unidades estratégicas da empresa.

Como a mídia apoia e naturaliza o desmonte da Petrobras, para termos a dimensão do impacto que isso significa, é preciso acompanhar a discussão travada por quem fez e faz a Petrobras: os trabalhadores do setor. No site da Federação Única dos Petroleiros (FUP), por exemplo, é possível encontrar análises e dados que derrubam qualquer justificativa em prol das privatizações.

Temer quer criar a república do lixo

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Recém saído das catacumbas após o desembolso de R$ 13,4 bilhões que garantiram os votos de parlamentares para evitar uma investigação sobre corrupção passiva, Michel Temer abriu o verdadeiro jogo do golpe – instituir o regime parlamentarista e castrar a democracia de uma vez por todas. "Acho que podemos pensar em parlamentarismo para 2018," disse. "Não seria despropositado."

Do ponto de vista da lógica em vigor na política do país após a deposição de Dilma Rousseff, não seria despropositado mesmo. Seria o capitulo final de um esforço coerente e ilimitado para retirar direitos dos brasileiros e transformar o país numa republiqueta de lixo.

Apoio dos ruralistas ao golpe custará caro

Por Luiza Dulci, no site Brasil Debate:

No dia 22 de dezembro de 2016, às vésperas do natal, o executivo federal enviou ao Congresso Nacional a Medida Provisória (MP) 759, que veio a ser sancionada pelo presidente Michel Temer no dia 11 de julho deste ano. Conforme a descrição do próprio texto da MP (agora Lei n. 13.465), “dispõe sobre a regularização fundiária rural e urbana, sobre a liquidação de créditos concedidos aos assentados da reforma agrária e sobre a regularização fundiária no âmbito na Amazônia Legal, institui mecanismos para aprimorar a eficiência dos procedimentos de alienação de imóveis da União, e dá outras providências”.

Não à toa, foi apelidada como a MP da Grilagem.

O preço político da vitória de Temer

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Os analistas da mídia, convertidos hoje em meros estafetas a serviços do golpe, terão trabalho extra com a vitória de Michel Temer, por isso devem estar bastante mal humorados.

Não serão eles, de qualquer forma, que poderão escrever sobre algumas consequências óbvias da votação de ontem, na qual o governo obteve uma vitória esmagadora, que não pode ser medida pelo placar de 263 votos a 227 votos em favor do governo.

Como a oposição precisava de 342 votos para autorizar a investigação e cassar o presidente, todos os deputados da direita com eleitorado de “opinião”, como são boa parte dos tucanos, além dos Bolsonaro, votaram “não”, ou seja, em favor da continuidade das investigações.

Como reagir à "reforma" trabalhista?

Editorial do jornal Brasil de Fato:

A reforma trabalhista (Lei nº 13.467/2017) foi aprovada em julho e sancionada pelo presidente golpista Michel Temer. Ela será aplicada em menos de quatro meses, no dia 13 de novembro.

Entre as medidas mais duras para os trabalhadores está a chance de negociar, de forma coletiva ou individual, em patamares abaixo do que garante a lei. Foi também criada uma série de problemas para que trabalhadores não consigam reparação na Justiça do Trabalho caso seus direitos sejam violados.

Pisos salariais rompidos e jornadas de trabalho fracionadas também serão comuns. Na história das leis brasileiras, a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) já passou por dois momentos de retirada de direitos: um com o golpe militar de 1964 e outro nos anos 1990. A atual reforma é o terceiro e mais grave momento de enfraquecimento da proteção legal aos trabalhadores.

Mídia segue dividida sobre futuro de Temer

Por Bia Barbosa e Camila Nóbrega, na revista CartaCapital:

O que quer a Rede Globo ao direcionar todo o seu jornalismo para desgastar Temer ao mesmo tempo em que outros grandes veículos preferem a suposta estabilidade que o governo traria à economia?

Essa é a pergunta de um milhão de dólares.

Desde as denúncias contra Michel Temer feitas pelos donos da JBS, em maio passado, uma das grandes questões que tem intrigado os que acompanham o noticiário político é por que o principal grupo de comunicação do país entrou de cabeça na derrubada do presidente enquanto outros parecem ainda apostar na sobrevivência da atual gestão.

Ninguém parece conseguir cravar uma resposta.

Lava-Jato e a fábula do burro ou do canalha

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

“Entre um burro e um canalha, não passa o fio de uma navalha” - Millor Fernandes

Na abertura do 8o Congresso Nacional do Ministério Público, o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, foi incisivo: o Ministério Público se orienta pela Constituição, e não se fala mais nisso.

Disse mais:
- Afirmo aos senhores e senhoras que uma instituição plural, democrática e altiva como é o Ministério Público brasileiro jamais estaria a reboque dos acontecimentos, de pessoas ou de interesses menores. Ao contrário, fomos moldados pelo constituinte para ser uma instituição de vanguarda, que dita o próprio caminho e que busca como norte apenas as leis e a Constituição.

Voto de Bolsonaro revolta seus eleitores

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O voto dos Bolsonaros Jair e Eduardo na Câmara a favor da denúncia contra Temer causou um curto circuito em seu eleitorado e uma debandada.

Antipetistas, anticomunistas, pouco inteligentes e sobretudo com pânico de Lula, fãs de Bolsonaro preferem manter um corrupto amigo como Michel Temer.

Bandidos de estimação, desde que à direita, estão liberados na utopia fascista.

Salvação do Temer na 'assembléia de bandidos'

Por Jeferson Miola

O trancamento da investigação do Michel Temer pela Câmara dos Deputados é a síntese perfeita do Brasil golpeado na sua democracia, na sua dignidade e na sua decência.

A Câmara dos deputados, batizada naquela sessão deplorável de 17/4/2016 pelo cronista político português Miguel Sousa Tavares como uma “assembléia geral de bandidos comandada por um bandido chamado Eduardo Cunha”, não autorizou o STF investigar o “chefe da quadrilha mais perigosa do Brasil” flagrado na prática de crime de corrupção ocorrida em encontro clandestino altas horas da noite com o empresário corruptor Joesley Batista em pleno Palácio Jaburu, a residência oficial.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Jornalistas repudiam machista Wladimir Costa

Ontem (03/8) na Câmara dos Deputados. Foto: Lula Marques
Do site do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal:

Nós, jornalistas do Distrito Federal, viemos a público rechaçar a conduta antiética, misógina, machista e racista do deputado Wladimir Costa (SD-PA) contra a jornalista Basília Rodrigues, da CBN. Na noite do dia 1º de agosto, durante o exercício da profissão, Basília foi assediada sexual e moralmente pelo parlamentar.

A jornalista expôs o fato em sua página no facebook. O relato foi intitulando como “Um ensaio sobre a idiotice”. A repórter afirma que questionou se a tatuagem em homenagem ao presidente Michel Temer era de verdade e se o deputado poderia mostrar a imagem. Em resposta, Wladimir disse: “Pra você, só se for o corpo inteiro”.

A metástase que se espalha pelo Brasil

Por Marco Aurélio Weissheimer, no blog RS-Urgente;

No início deste ano, em um debate realizado no Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, Flavio Koutzii falou do retorno de alguns sentimentos incômodos vivenciados no período pós-golpe de 64 no Brasil: o sentimento de sentir-se exilado dentro do próprio país e o de um profundo estranhamento em relação ao que nos cerca. A palavra “cerca” aqui tem um duplo sentido: o que nos rodeia e o que nos prende a um pequeno espaço, como se fosse a ante-sala de um matadouro.

O nível de degradação, cinismo, mentira e corrosão de qualquer coisa que possa ser chamada de estado de direito e de justiça hoje no país parece alimentar esses sentimentos de exílio e estranhamento nos corações e mentes de muita gente. A sensação de estranhamento em relação aos cenários para os quais fomos empurrados nos últimos meses é crescente. Há cenários e personagens bizarros circulando com uma naturalidade tal que parece configurar a invasão de uma realidade paralela, uma versão tupiniquim do clássico “Invasores de Corpos”.

Jornal Nacional exibiu os canalhas

Temer ganha, mas sua base encolhe

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Na manhã de quarta-feira, antes da votação da denúncia contra Temer por corrupção passiva, seus aliados projetavam uma vitória por cerca de 300 votos e antecipavam uma forte ofensiva na agenda de contrarreformas. Numa sessão que lembrava as xepas de fim de feira, com ministros negociando favores dentro do plenário, o governo ganhou com apenas 262 votos. A oposição, unida, obteve 227 votos, e como os partidos de esquerda têm apenas 100 deputados, cerca de 120 votos vieram de dissidentes da base governista. 

Partidos como o PPS e o PSB deram maioria de votos contra Temer, enquanto o PSDB rachou literalmente (22 contra, 21 a favor da denúncia). Ficou evidente que o governo não tem a maioria de 3/5 (308 votos) para aprovar emendas constitucionais, como a da reforma previdenciária e que o colosso da base trincou. O mercado, que também esperava vitória mais robusta, está analisando com lupa o mapa de votação.

A quadrilha resiste no Planalto

Do blog Viomundo:

O Centrão assumiu diretamente o poder, sem intermediários, pela primeira vez desde os mandatos de FHC, Lula e Dilma.

Foi consequência da votação desta noite, em que Michel Temer obteve os 172 votos necessários a barrar a denúncia da Procuradoria Geral da Justiça contra ele no Congresso.

PSD, PP, PR, PTB, Pros, SD e PSC lideraram o bloco que salvou Michel Temer, além do PMDB.

O autor do relatório que salvou Temer foi o deputado Paulo Abi-Ackel, do PDSB mineiro, que pretende ser o herdeiro político de Aécio Neves.

Deputados votam pela "estabilidade". Qual?

Foto: Alex Capela
Por Ruben Berta, no site The Intercept-Brasil:

O deprimente espetáculo da votação do prosseguimento da denúncia da PGR contra o presidente Michel Temer terminou com um final já esperado. Depois de abrir a torneira das emendas parlamentares, o governo conseguiu com folga os votos de que precisava para manter se manter no comando. Em suas justificativas, boa parte dos deputados resolveu apelar para a “estabilidade” econômica do país, deixando para outra hora a continuidade do processo.

The Intercept Brasil lista alguns dados econômicos para lembrar aos deputados da real situação do país comandado por Temer, um presidente com 5% de aprovação da população:

Jornalistas debatem cenário político do país

Do site do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo:

“Os jornalistas e a crise política” será o tema de debate nesta sexta-feira, 4 de agosto, às 19 horas, na abertura do 15º Congresso Estadual do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo. O evento acontece no auditório Vladimir Herzog e a presença é aberta a todos e todas.

A mesa de debates contará com o professor Laurindo Leal Filho, da Escola de Comunicações e Artes da USP, a jornalista Laura Capriglione, dos Jornalistas Livres, o jornalista Altamiro Borges, do Blog do Miro, e Douglas Izzo, presidente da CUT-SP, além de representantes da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e do próprio Sindicato.

Deputados aprovam relatório do PSDB

Da Rede Brasil Atual:

A base aliada do governo na Câmara dos Deputados decidiu não acolher a denúncia da Procuradoria-Geral da República, que pede a investigação do presidente Michel Temer por corrupção passiva. A votação do relatório do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) terminou nesta quarta-feira (2) com 263 votos a favor do arquivamento do pedido da PGR. A oposição obteve 227 votos, mas eram necessários 342 para que a denúncia fosse encaminhada ao STF. A votação teve ainda duas abstenções e 19 ausências.

Aliados livram Temer de julgamento

Por Christiane Peres, no site Vermelho:

Por 264 votos contra 227, base de Michel Temer na Câmara suspendeu a análise da denúncia contra o peemedebista por corrupção passiva. Agora, para Temer responder por este crime será preciso esperar até o final do mandato, no dia 1º de janeiro de 2019, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) poderá retomar a análise da denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

No total, 15 partidos (PMDB, PP, PR, PSD, DEM, PTB, PRB, PSC, Pros, SD, PEN, Pode, PTdoB, PSL e PRP) orientaram o voto “sim”, enquanto dez partidos (PT, PSDB, PSB, PDT, PCdoB, PPS, PHS, Rede, PSol e PMB) orientaram o “não”. Apenas o PV liberou a bancada para que cada deputado decidisse sua posição.

Temer se desmoraliza completamente

Por Renato Rovai, em seu blog:

A votação da Câmara hoje não foi tão ridícula quanto a do dia 17 de abril de 2016 porque naquela ocasião os deputados transforam a sessão num circo. Muitos deles estavam enrolados em bandeiras do Brasil e quase todos falavam em nome de Deus e da família, havendo quem soltasse até confetes e serpentinas no plenário.

Mas naquele dia, a despeito de tudo isso, os parlamentares votavam com a maioria da população, já que o governo Dilma era desaprovado por grande parte dela.

Temer e sua vitória de Pirro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

263 votos, apenas seis votos acima da maioria simples de 257 votos.

Não é número, obvio, para derrubar o governo, mas também não é número para que o governo passa sinalizar que possa aprovar a reforma da Previdência, ovo de ouro que o mercado ainda esperava da galinha Temer.

Temer saiu vitorioso o suficiente para se sustentar, mas não para “bancar” ao mercado ser a “grande esperança branca” para destruir os direitos previdenciários.