Semanas antes de deixar a Procuradoria-Geral da República, Rodrigo Janot entregou a primeira denúncia encaminhada ao Supremo Tribunal Federal contra o presidente ilícito Michel Temer. Nela o procurador equiparava o acusado a um chefe de quadrilha apoiado em três crimes: corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização criminosa.
Por ter julgado os indícios apontados como consistentes, o relator da Lava Jato, ministro Edson Fachin, autorizou a abertura de investigação. “Temer dava a necessária estabilidade e segurança ao aparato criminoso, figurando ao mesmo tempo como cúpula e alicerce da organização”, Janot apontou na denúncia. Isso significa que Michel Temer comprou a consciência da Câmara.