quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Ação de Temer contra fake news é censura

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Anunciada em Brasília em clima de providência cívica, a formação de um grupo de trabalho dedicado a monitorar a divulgação das chamadas fake news no ano eleitoral de 2018 não passa de uma nova versão para uma velha inimiga da liberdade de expressão - a censura.

"Isso é censura e não pode haver dúvida nenhuma a respeito," alerta a professora Maria Aparecida de Aquino, do curso de pós-graduação de História Contemporânea da Universidade de São Paulo, e vários trabalhos sobre a censura do regime militar, em entrevista ao 247. "Quem tem a vara de condão para dizer o que é falso e o que é verdadeiro?", questiona, colocando o problema básico num país onde a Constituição diz, de forma límpida e enfática, no parágrafo IX do seu artigo 5 que: "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença".

O vício da hipocrisia no Brasil

Por Flávio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

É famosa a máxima de La Rouchefoucauld, filósofo e moralista francês do século 17: “a hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude”.

Pois é: agora neste nosso Brasil do submundo Temer estamos vendo uma paródia do dito. Como vivemos momentos de falsos moralismos, a falsa virtude apregoada é uma homenagem – um tributo, um preço, um dividendo – que ela paga ao vício despudorado.

Nunca o vício foi tão despudorado, em tudo. No governo, no Congresso, no Judiciário, na política externa, na mídia… Todas as formas de comunicação de tudo isto estão viciadas, e viciadas pela hipocrisia. Lembrando: o termo “hipocrisia” vem do teatro, da capacidade de alguém atuar em nome daquilo que não é. Mas o ator e as atrizes são pessoas sinceras: “fingem tão completamente….”, como diz Fernando Pessoa. Já os atores, acima nomeados, da nossa vida pública, são péssimos. Fingem tudo, completamente; ninguém acredita neles; mas continuam fingindo.

A cabeça de Torquato Jardim vai rolar

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Na entrevista que dá a O Globo, onde reafirma a sua acusação de que “os comandantes da PM (no Rio) são sócios do crime organizado”, o Ministro da Justiça, Torquato Jardim, disse que “que não falou em nome do governo federal.

- Fiz uma crítica pessoal. Mas, se estou errado, que me provem.

É verdade, mas o ministro não é um tolo que acha que pode falar em público em termos “pessoais” ocupando o cargo que ocupa.

As "propostas de governo" de Bolsonaro

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A participação de Jair Bolsonaro no programa de Mariana Godoy já entrou para o anedotário político nacional.

Bolsonaro se embananou numa pergunta sobre o “tripé macroeconômico”, admitindo que não entende patavina do assunto e dando uma resposta sem sentido sobre a infraestrutura dos militares.

Imagine o cidadão nos debates. Vai ser divertido.

Uma prévia do despreparo de Jair foi dada no programa de seu amigo Danilo Gentili em março, quando ele falou de algo remotamente parecido com propostas de governo.

Os dois meses da ocupação Povo Sem Medo

Por Sarah Fernandes, no jornal Brasil de Fato:

Há exatos dois meses um grupo de 500 pessoas reuniu coragem, esperança e um sonho em comum e aceitou o desafio de travar uma luta por moradia sem data pra terminar.

Juntos, ocuparam um terreno no ABC Paulista, na área metropolitana de São Paulo, vazio há 30 anos. Lá iniciaram a ocupação Povo Sem Medo de São Bernardo, que hoje reúne, pelo menos, 8 mil famílias e é uma das maiores do país.

Enfrentando truculência de vizinhos, isolamento pela guarda municipal e decisões judiciais consideradas preconceituosas, os moradores seguem dando lições de organização, solidariedade e resistência.

EUA, Alcântara e o "controle" do Brasil

Por Samuel Pinheiro Guimarães

Os Estados Unidos, além de suas frotas de porta aviões, navios e submarinos nucleares que singram todos os mares, possuem mais de 700 bases militares terrestres fora de seu território nacional nos mais diversos países, em muitas das quais instalaram armas nucleares e sistemas de escuta da National Security Agency (NSA).

Os Estados Unidos têm bases de lançamento de foguetes em seu território nacional, como em Cabo Canaveral, perfeitamente aparelhadas com os equipamentos mais sofisticados, para o lançamento de satélites.

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Temer quer "apagar" o professor

Caetano Veloso e a banalidade do mal

Pré-sal: a estratégia de abutres

Por Cloviomar Cararine Pereira, Eduardo Costa Pinto, Rodrigo Pimentel Ferreira Leão e William Nozaki, no site Outras Palavras:

A segunda e terceira rodadas de leilão das jazidas do pré-sal, realizadas na sexta-feira 27, começaram com atraso de mais de quatro horas em razão de uma liminar da 3ª Vara Federal Cível da Justiça do Amazonas que suspendeu o pregão na noite de quinta-feira 26. A ação, uma iniciativa do Sindipetro-AM, foi fundamentada a partir de dois eixos: lesão ao patrimônio público por uma possível perda de receita tributária, e lesão contra o desenvolvimento nacional, dada a potencial perda para a indústria nacional.

Globo Rural: reportagem ou marketing?

Por Marcelo Auler, em seu blog:

“A reportagem, como bem disse a produtora, havia sido encomendada: ‘não vou mentir para os senhores, a reportagem foi encomendada pela CBA‘. Ou seja, não haveria a necessária imparcialidade que deve caracterizar o bom jornalismo”. (Nota assinada por 10 entidades que lutam pela preservação da Serra do Brigadeiro – BH, em 05/2017).

“A acusação seria ofensiva se não fosse ridícula. A Globo não faz reportagem por encomenda. Faz reportagens legítimas”. (Da Assessoria de Comunicação da Globo, em 30/05/2017).



Cai a máscara de João Doria

Por Muna/Causa Operária
Por Sâmia Bomfim, no site Mídia Ninja:

As últimas semanas não foram de muitas alegrias para a gestão de João Doria. Mesmo apostando em suas peças de marketing para promover as decisões do Executivo, a aprovação de sua gestão na prefeitura de São Paulo declinou novamente, de acordo com a Folha de São Paulo em matéria publicada no domingo (08).

Apoiando-se no slogan “AceleraSP”, João Trabalhador prometeu ao paulistano comprometimento com a cidade, principalmente com as regiões mais carentes, jamais aplicado por qualquer outro prefeito.

A urgência da unidade contra os retrocessos

Do site do SindJustiça do Rio Grande do Norte:

"Se correr o bicho pega e se ficar o bicho come, mas Laerte {cartunista} acrescentou: Se a gente se unir derrota o bicho". Com essa frase, o blogueiro e jornalista Altamiro Borges encerrou sua palestra neste sábado, 28, no 1º Conjustiça.

A frase significou uma conclamação à união dos trabalhadores e trabalhadoras, após uma exposição sobre a conjuntura nacional e internacional, qualificada por ele como sombria. "Muito sombria", reforçou.

Temer detona premiado programa de cisternas

Lula em inauguração de cisterna, Lagoa Seca/PB, 2003
Foto: Ricardo Stuckert
Por Cauê Ameni, na revista Caros Amigos:

O corte de 85% no programa de Segurança Alimentar não atinge apenas o principal programa responsável por auxiliar pequenos agricultores e pessoas em situação de insegurança alimentar, como mostrou o De Olho nos Ruralistas.

Também afetará drasticamente o programa de implantação de cisternas, dificultando a vida na região mais árida do país: o semiárido.

O Programa de Cisterna, premiado na COP 13 pela ONU como uma das mais efetivas políticas para áreas desertificadas no mundo, terá seu orçamento reduzido de R$ 248,8 milhões para R$ 20 milhões.

Doria demite tucano e nomeia aliado do MBL

Da revista Fórum:

Conforme informa a coluna de Cristiana Lôbo, Bruno Covas vai deixar a secretaria de Subprefeituras, a mais forte da administração municipal, e irá para a articulação política da Prefeitura junto à Câmara de Vereadores.

A troca deste e de outros secretários deve ser anunciada até esta quarta-feira (1º).

A mudança revela mais do que o desgaste na relação do prefeito com seu vice, mas também um aceno político importante: sai o político Bruno Covas (PSDB) e entra Cláudio Carvalho, que assumirá o papel de gestor de ações importantes da prefeitura.

A grave censura a Caetano Veloso

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Uma característica destes tempos estranhos que estamos vivendo é a “naturalização” do que não é natural, não é normal e foge ao Estado Democrático de Direito. Neste “novo normal”, vamos engolindo pedras em lugar de pão sem nos espantar. Pela manhã, esperei mais espanto, pelo menos, diante da proibição do show que Caetano Velloso faria ontem no acampamento “Povo Sem Medo”, do MTST, em São Bernardo do Campo.

O que fizeram o Ministério Público, através de uma promotora, e o Judiciário, através de uma juíza, foi censura e interdição da liberdade de expressão, alegando supostas questões de segurança. Mas há algum tempo nos acostumamos com o poder maior que vem sendo exercido por estas duas instituições, mais potentes que os outros poderes. Mas Caetano, mesmo impedido de cantar “pela primeira vez depois da redemocratização”, como disse, furou a bolha de esquecimento com que a mídia trata a ocupação (que já dura dois meses) de São Bernardo.

O jornalismo de guerra na América Latina

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A radicalização política na América Latina, a relação do continente com o imperialismo e os desafios colocados ao processo de integração regional foram os temas de curso realizado entre 23 e 26 de outubro, no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. As aulas, ministradas por Breno Altman, Paola Estrada, José Reinaldo de Carvalho e Laurindo Leal Filho tiveram como pauta transversal o papel jogado pelos meios de comunicação em cada um desses eixos temáticos.

Por um referendo revogatório no Brasil!

Por Paulo Kliass, no site Vermelho:

O ritmo alucinante de escândalos envolvendo Michel Temer e a marca de um ano para as eleições presidenciais de 2018 são alguns dos elementos que contribuem para que o debate a respeito de alternativas de projeto de país comece a ganhar espaço nos meios de comunicação.

A popularidade próxima de zero atribuída ao atual ocupante do Palácio do Planalto se soma às incontáveis manobras com recursos públicos para evitar que as duas denúncias contra ele fossem autorizadas pela Câmara dos Deputados a seguir para tramitação no interior do Supremo Tribunal Federal.

Lula cresce graças a Moro, PSDB e Bolsonaro

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Mais uma pesquisa sobre a sucessão presidencial de 2018 revela que Lula não para de se fortalecer eleitoralmente apesar de ter uma condenação criminal nas costas e de sofrer uma das campanhas difamatórias mais inclementes que alguém já sofreu.

Que fenômeno é esse? De onde vem esse apoio CRESCENTE da sociedade a alguém com inimigos tão poderosos quanto o Poder Judiciário, que elegeu Lula seu inimigo e, contra ele, move todos os seus recursos, tendo tornado impossível ao ex-presidente obter qualquer vitória contra si?

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Cinco famílias controlam 50% da mídia

Por José Antonio Lima, na revista CartaCapital:

Cinco famílias controlam metade dos 50 veículos de comunicação com maior audiência no Brasil. A conclusão é da pesquisa Monitoramento da Propriedade da Mídia (Media Ownership Monitor ou MOM), financiada pelo governo da Alemanha e realizada em conjunto pela ONG brasileira Intervozes e a Repórteres Sem Fronteiras(RSF), baseada na França.

A pesquisa MOM sobre o Brasil é a 11ª versão do levantamento, realizado anteriormente em dez outros países em desenvolvimento: Camboja, Colômbia, Filipinas, Mongólia, Gana, Peru, Sérvia, Tunísia, Turquia e Ucrânia. Trata-se de um projeto global do Ministério de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha que tem como objetivo promover transparência e pluralidade na mídia ao redor do mundo.

Esqueçam as panelas. Elas seguirão mudas

Por Guilherme Coutinho, no blog Socialista Morena:

A esquerda precisa parar de exigir da turma do Fora Dilma as mesmas alegorias que eles fizeram durante o processo do impeachment. Já está mais do que claro que a revolta da classe média era contra o resultado das eleições de 2014 e não contra a corrupção. Ademais foi o peculiar canto de suas Le Creusets que promoveram o Sr. Mesóclise de vice decorativo a presidente inimputável. Não dá para reclamar muito de um subproduto das próprias reivindicações.