Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Três anos depois que o craque Daniel Alves comeu uma banana para manifestar seu repúdio ao racismo durante um jogo de futebol na Espanha, a presidente do STF Carmen Lúcia deu uma preocupante marcha-a ré no esforço dos brasileiros e brasileiras para construir uma "sociedade fraterna, pluralista e sem preconceito", como define o artigo 5 da Constituição de 1988.
A ministra foi chamada a dar palavra final numa disputa particularmente instrutiva entre os organizadores do Enem, que defendiam nota zero para redações que "desrespeitem os direitos humanos" e uma ação do Ação Escola Sem Partido, para quem a regra não passa de uma tentativa de impor "aos candidatos, respeito ao politicamente correto". Numa concessão óbvia aos tempos de conservadorismo em alta, Carmen Lucia decidiu a favor da Escola Sem Partido e escreveu: "não se combate a intolerância social com maior intolerância estatal".
Três anos depois que o craque Daniel Alves comeu uma banana para manifestar seu repúdio ao racismo durante um jogo de futebol na Espanha, a presidente do STF Carmen Lúcia deu uma preocupante marcha-a ré no esforço dos brasileiros e brasileiras para construir uma "sociedade fraterna, pluralista e sem preconceito", como define o artigo 5 da Constituição de 1988.
A ministra foi chamada a dar palavra final numa disputa particularmente instrutiva entre os organizadores do Enem, que defendiam nota zero para redações que "desrespeitem os direitos humanos" e uma ação do Ação Escola Sem Partido, para quem a regra não passa de uma tentativa de impor "aos candidatos, respeito ao politicamente correto". Numa concessão óbvia aos tempos de conservadorismo em alta, Carmen Lucia decidiu a favor da Escola Sem Partido e escreveu: "não se combate a intolerância social com maior intolerância estatal".