terça-feira, 28 de novembro de 2017

O balão de ensaio do egocêntrico Huck

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ao se transformar em mais um ex-candidato de 2018, Luciano Huck pediu ajuda à mitologia grega, comparando-se ao Ulysses da Odisseia, mas fez marketing político escancarado.

Fingindo desconhecer as responsabilidades de seu amigo Aécio Neves - e de si próprio - no golpe de abril de 2016, que está na origem do descalabro atual, no artigo no qual anuncia a decisão de sair da campanha Huck defende, como ideia central, a tese de que o Brasil "é um país à deriva".

Lava-Jato declara guerra às eleições de 2018

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Procuradores da Lava Jato no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Curitiba se reuniram na segunda-feira (27) na capital fluminense e anunciaram “ações conjuntas” em 2018.

Durante o evento, Deltan Dallagnol afirmou que nenhum dos investigadores tem pretensão eleitoral e que o ano que vem é decisivo.

Dallagnol e amigos não precisam se arriscar na urnas ou na democracia. Fazem política em cargos que não deveriam estar sendo usados para proselitismo vagabundo.

Golpe da Previdência penaliza mais a mulher

Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:

Estudiosos têm apontado que as mudanças propostas pela reforma da previdência não resolvem os verdadeiros problemas que afligem os brasileiros, tais com a falta de cobertura de grande parte da população, que atinge mais acentuadamente as mulheres.

Marilane Teixeira defende, em texto publicado pela Fundação Friedrich Ebert no Brasil (“O desmonte trabalhista e previdenciário: reinventando novas formas de desigualdades entre os sexos”), que em 2015 havia 23,8 milhões de pessoas sem proteção social. Desses desprotegidos, aponta a autora que as mulheres são especialmente penalizadas. Por exemplo, entre as pessoas com mais de 55 anos no Brasil, em 2017 há 3,5 milhões de homens sem proteção social e 5,6 milhões de mulheres na mesma situação.

O governo lesa-pátria de Michel Temer

Por Mário Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:

O governo do lesa-pátria entreguista Michel Temer está promovendo mudanças no seu gabinete. E quando se imaginava que pior do que os golpistas atuais que ocupam o governo não poderia ser, eis que se anunciam novos integrantes nos Ministérios.

Para se ter uma ideia da mediocridade reinante, se anuncia a nomeação para chefiar a articulação política como Ministro Secretário de Governo nada mais nada menos do que o deputado federal Carlos Marun, um político vinculado ao ex-deputado Eduardo Cunha, que por sinal o defendeu com a máxima veemência e fez o possível para livrá-lo dos rigores da lei.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Doria será humilhado também pelo Serra?

Por Altamiro Borges

O “prefake” João Doria, que abandonou a capital paulista e “acumulava milhas” em viagens pelo Brasil e pelo mundo, mostrou-se um político amador. Paparicado pela mídia venal, ele achou que emplacaria a sua candidatura presidencial detonando os tucanos de “pijama” do PSDB – como qualificou o ex-governador e vice-presidente da sigla, Alberto Goldman. Aliado aos fascistas mirins do sinistro Movimento Brasil Livre (MBL), o direitista avaliou que surfaria na onda conservadora em curso no país. Não deu certo. Ele virou alvo do fogo amigo no ninho e empacou nas pesquisas eleitorais. Acabou como a farinata da sua “ração para os pobres”.

Sem candidato, direita vai melar a eleição

Por Altamiro Borges

As forças golpistas estão em uma encruzilhada. Elas patrocinaram uma aventura perigosa ao abortar a jovem democracia brasileira, depondo uma presidenta legitimamente eleita e alçando ao poder a quadrilha de Michel Temer. Com uma velocidade alucinante, elas impuseram uma pauta regressiva sem precedentes na história – que inclui, entre outras maldades, a PEC da Morte que congela por 20 anos os investimentos em saúde e educação; a “reforma” trabalhista que extingue a CLT; e o projeto de “reforma” da Previdência que elimina com a aposentadoria dos trabalhadores. Este plano, batizado de “Ponte para o futuro” – mas que na verdade é uma “pinguela para inferno” –, está sendo execrado pela sociedade em todas as pesquisas de opinião. O covil golpista tem apenas 3% de aprovação – dentro da chamada margem de erro.

Moacyr Franco e o fim de festa no SBT

Por Altamiro Borges

O facão segue degolando os profissionais do SBT. Até veteranos da emissora, como Moacyr Franco, foram dispensados sem dó nem piedade. Com 81 anos de idade e 58 anos de atuação na tevê brasileira, ele foi cortado após 20 anos na empresa do prepotente e arrogante Silvio Santos. Em entrevista ao jornalista Mauricio Stycer, da Folha, ele se disse surpreso com a demissão. “Estranhei um pouquinho porque meu salário era tão insignificante. Tive o salário reduzido há uns cinco, seis anos. Fiquei só com 30%. Concordei porque a gente tem que jogar junto o jogo. Embora haja boatos de apresentadores ganhando milhões e milhões… Isso é problema deles e eu tenho que cuidar da minha vida e tentar melhorar o meu salário”.

O STF e a bandidagem política

Por Aldo Fornazieri, no Jornal GGN:

O atual Supremo Tribunal Federal é o mais indigno da história do país. Durante o regime militar, o STF teve ministros cassados e houve uma alteração imposta pela força militar para torná-lo um órgão subserviente ao poder armado. O atual STF não sofre nenhum constrangimento armado, mas resolveu galgar os pináculos da indignidade por vontade própria. Certamente existem alguns ministros sérios, honestos e responsáveis. Contudo, seja por decisões coletivas ou seja por decisões individuais, a fisionomia que o STF foi adquirindo não é a do tabernáculo das leis, a do guardião da Constituição, mas a de casamata de corruptos, de golpistas e de criminosos do colarinho branco.

O que a mídia alternativa faz pelo Brasil?

Por Pedro Zambarda, no site do FNDC:

Impeachment ou golpe? Bolivarianismo ou projeto de país? A notícia que está na mídia de massa está correta? Por que questionar?

A mídia alternativa brasileira que se propaga hoje é muito diferente dos anos 70 e 80, fruto de censores que invadiram as redações dos maiores jornais e revistas do país para impôr a ideologia e as pautas da ditadura militar. No entanto, há semelhanças.

O Pasquim durou entre 1969 e 1991 publicando palavrões, deboche e entrevistas com tons sarcásticos, além de reunir os melhores nomes da imprensa daquele tempo, como Henfil, Paulo Francis, Ivan Lessa, Ruy Castro e muitos outros.

Tratado Mercosul-UE é pior que a ALCA

Por Jeferson Miola

Os governos da Argentina, Brasil, Paraguai e [inclusive o] do Uruguai anunciam a assinatura do Tratado de livre-comércio do Mercosul com a União Européia [UE] no marco da 11ª Reunião Ministerial da OMC, que acontecerá na semana de 10 a 14 de dezembro, em Buenos Aires.

Se for assinado, este Tratado será equivalente à sentença de morte do Mercosul, e trará comprometimentos graves às economias dos países do bloco, porque interdita a perspectiva de desenvolvimento econômico autônomo e soberano e elimina as políticas tecnológicas e industriais de cada país e deste importante bloco regional:

É importante derrotar as elites do atraso

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Por mais críticas que se façam e se tenha que fazer ao PT, com ele ocorreu algo inédito na história política do país. Alguém do andar de baixo conseguiu furar a blindagem que as classes do poder, da comunicação e do dinheiro, por séculos, montaram, para minimizer ao máximo políticas públicas em benefício de milhões de empobrecidos. O mote era: políticas ricas para os ricos e políticas pobres para os pobres. Assim estes não se rebelariam.

A verdade é que as elites endinheiradas nunca aceitaram um operário, eleito por voto popular e chegar ao poder central. É fato que elas também se beneficiaram, pois a natureza de sua acumulação, uma das mais altas do mundo, sequer foi tocada.

Desastre anunciado: o golpe dentro do golpe

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Com as quadrilhas no poder é impossível negociar, e peço perdão pela obviedade. Outra é a seguinte: não há saída afora um protesto popular maciço e destemido, como, em situações similares, se deu em outros países. Dói-me pronunciar a terceira obviedade: não há como esperar pela revolta do povo espezinhado no país da casa-grande e da senzala.

Creio firmemente que, de volta à Presidência, Lula saberia recolocar o País na rota certa. Está muito além de claro, contudo, que o objetivo principal do golpe de 2016 é alijar o ex-presidente da próxima etapa eleitoral.

Greve nacional contra o ataque à Previdência

Editorial do site Vermelho:

Seguindo sua tradição de luta, que se confirma cotidianamente, os trabalhadores brasileiros realizarão uma greve nacional em 5 de dezembro, em defesa de seus direitos e contra a reforma da Previdência, que piora em muito as restrições já existentes (como o fator previdenciário, por exemplo) e impede, na prática, que os trabalhadores se aposentem tamanhas são as restrições aos direitos previdenciários que Michel Temer tenta impor.

Temer será candidato com três stents?

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A eleição presidencial do ano que vem continua incerta quanto aos concorrentes e não sabemos sequer se vai mesmo acontecer. Mas esta semana trará algumas definições, embora esteja longe, muito longe, o clareamento do quadro.

Para começar, devemos ter hoje a desistência de Luciano Huck, num aviso para o bloco anti-Lula de que não é muito simples fabricar um candidato “outsider”, dotado de popularidade e amparado por alguma máquina, no caso a da Globo. Como Dória queimou a largada, vai restando apenas Jair Bolsonaro , um anti-Lula que as elites consideram temerário. Sua rusticidade política sugere que seu teto de crescimento é baixo e que num segundo turno com Lula produziria uma torrente de voto útil favorável ao petista.

Antes do Huck, outros foram capa da IstoÉ

Por Renato Rovai, em seu blog:

A ex-revista IstoÉ dá a capa desta semana ao apresentador Luciano Huck, aquele que escreveu um texto indignado na Folha por ter tido seu Rolex roubado. Aquele que estava ao lado de Aécio Neves na fatídica foto da apuração de 2014.

Isto É de hoje vale o quanto pagam. Ou seja, manda pra capa quem lhe oferecer mais possibilidades de negócios futuros. Ou presentes. Foi assim com Aécio, Temer, Doria e agora Huck.



A EBC e o grito parado no ar

Por Ricardo Melo, no blog Cafezinho:

Foi preciso um ator de renome, num momento de rara altivez nos dias de hoje, para que o drama brasileiro viesse a público sem disfarces. Convidado para um programa na TV Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação, Pedro Cardoso rasgou o verbo literalmente. A empresa está em greve, e ele não fora avisado. Ao vivo, disse desconhecer a fundo as reivindicações dos funcionários, mas soube que o movimento era contra um governo golpista, o que, para ele, já dizia o suficiente.

Torcedor é a maior vítima da sujeira na Fifa

Por Felipe Mascari, na Rede Brasil Atual:

O cenário internacional do futebol vive seu momento de maior turbulência. Cercado de denúncias, como a compra de votos do Catar para sediar a Copa do Mundo de 2022, ou de propinas pagas por emissoras de televisão, incluindo a Rede Globo, para transmissões do evento da Fifa, o torcedor é a principal vítima dessa estrutura corrompida do esporte. É o que aponta o jornalista especializado na cobertura internacional e autor do livro Política, Propina e Futebol (Cia das Letras, 2015), Jamil Chade.

domingo, 26 de novembro de 2017

Marun, o jagunço de Cunha e Temer, dançou?

Por Altamiro Borges

No show de horrores que castiga o país, com golpes e retrocessos inimagináveis no passado, algumas figuras grotescas se projetam no lodaçal político e ganham os holofotes da mídia. Um deles é o deputado Carlos Marun, do PMDB do Mato Grosso do Sul. Antes inexpressivo e medíocre, ele agora virou um astro em Brasília. Na votação da segunda denúncia contra Michel Temer por formação de quadrilha e obstrução da Justiça, ele até ensaiou uma dancinha em frente às câmeras de tevê. Devido aos serviços prestados, na semana passada o parlamentar foi cotado para assumir o cargo de ministro da Articulação Política – no lugar do desgastado tucano Antonio Imbassahy. O anúncio só não se confirmou porque gerou ainda maiores atritos no covil golpista. A máfia não se entende!

Temer e os escravos do final de semana

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O anúncio está aí, no jornal, bem nítido, incontestável.

Falta mostrar a conta da reforma trabalhista de Michel Temer.

Cinco horas, aos sábados e domingos – em geral, 9 dias por mês- a R$ 4,45 a hora, cinco horas por dia.

Salário mensal de R$ 200,25.

Menos de um quarto do salário mínimo que se ganha com 22,5 dias úteis do mês corrido.

O antipetismo não paga as contas

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Desde que começaram os eventos que levaram ao impeachment de Dilma Rousseff, os que pretendiam ocupar o lugar dos políticos petistas então caídos em desgraça adotaram uma fórmula única para “justificar” de atos de corrupção a fracassos administrativos, bem como medidas antipopulares e, portanto, impopulares: discursos contra o PT.

O mais curioso é que, ao mesmo tempo em que sabem que medidas como reforma trabalhista, terceirização e redução drástica de programas sociais são medidas que se tornaram altamente impopulares, os políticos tucanos e peemedebistas – a começar por Michel Temer – desencadeiam campanhas publicitárias para tentar fazer a população aceitar aquilo que não quer.