sábado, 30 de dezembro de 2017

Feliz 2018, ano em que o bicho vai pegar

Por Bepe Damasco, em seu blog:

2017 marcou a aceleração do roubo dos direitos do povo pela quadrilha que ocupa o governo da República e a entrega das riquezas estratégicas da nação aos capitalistas estrangeiros.

Contudo, o ano termina com os golpistas encurralados numa autêntica "sinuca de bico". É que a aliança mafiosa entre o capital, as instituições do Estado e o cartel da mídia, protagonista do planejamento e da execução da ruptura da ordem constitucional, fecha o ano fazendo água por todos os lados.

Oma Tünes e o fim de feira de Temer

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

O que tem a ver minha avó materna alemã com os melancólicos últimos dias do ano do presidente Temer num cenário de fim de feira?

Tudo começou com um vídeo do começo dos anos 60 do século passado que o escriba amigo Humberto Werneck me mandou junto com os votos de feliz ano novo.

Mostra cenas do patético aniversário de 90 anos de uma aristocrática senhora alemã em sua mansão, na companhia apenas do mordomo, também um ancião.

EBC e a fake news de Alckmin

Freixo deveria pedir desculpas ao PSoL

Reprodução: Facebook
Por Renato Rovai, em seu blog:

Freixo deu ontem uma entrevista para a Folha de S. Paulo que bombou nas redes. E o prato principal da polêmica foi a frase: “A gente vive um momento de reconstrução: qual esquerda a sociedade vai enxergar? Porque precisa enxergar o diferente. Não sei se esse é o momento de unificar todo mundo, não”. Os mais petistas vão me odiar, mas tendo a concordar com Freixo neste aspecto, em especial se Lula for candidato.

O golpe do satélite e a conta do cidadão

Arte: Ninja
Por Margarida Salomão, no site Mídia Ninja:


Primeiro satélite produzido integralmente com tecnologia nacional, o SGDC havia sido previsto para a implementação do Plano Nacional de Banda Larga. Contudo, uma vez nas mãos daqueles que hoje dirigem o país, quase teve sua capacidade de tráfego de dados vendida às todo-poderosas teles – servindo, portanto, não ao interesse público, mas prioritariamente à realização de
lucro. Tal disposição fez água quando nenhum candidato se apresentou para o processo licitatório.

2018 começará com cortes no orçamento

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Nesta hora de tantas previsões sobre 2018, uma coisa é certa: Temer e Meirelles vão impor novos sacrifícios à população, pela razão elementar de que não fizeram ajuste fiscal algum ao longo de 2017. A meta era um déficit de 159 bilhões mas ela já foi para o beleléu porque praticamente todas as medidas que poderiam garantir seu cumprimento deixaram de ser aprovadas pelo Congresso. O governo festejou a ligeira melhora fiscal em novembro, por conta dos leilões de outubro na área do petróleo e do início da vigência do Refis. Mas foi uma arrecadação sazonal, que não terá continuidade nem se projetará em 2018. E assim, preparamo-nos para as tesouradas que a equipe econômica aplicará no orçamento do novo ano, e que certamente atingirão os investimentos programados, já escassos, além de setores já muito castigados pelo teto dos gastos, como Saúde, Seguridade Social e Ciência e Tecnologia.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Os dez piores acontecimentos de 2017

Por João Pedro Stédile, no site Sul-21:

A cada final de ano sempre se costuma fazer o balanço de avanços e atrasos na vida do povo. Mas neste 2017, cheio de acontecimentos memoráveis, está muito difícil selecionar.

Sendo assim, sugiro que você também faça sua lista! Veja a minha lista, a ordem não importa muito…

10 – Paralisação da reforma agrária e das políticas públicas para a agricultura familiar e camponesa, com fechamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), sucateamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), a liberação de mais sementes transgênicas e mais agrotóxicos para envenenar nossos alimentos. Soma-se a isso, o projeto de vender nossas terras ao capital estrangeiro.

A chantagem de Temer e os governadores

Editorial do site Vermelho:

"O governo espera que aqueles governadores que têm recursos a serem liberados, financiamentos a serem liberados, uma reciprocidade no que tange a questão da Previdência."

Estas palavras do ministro da Articulação Política, Carlos Marun (PMDB-MS), revelam que, no balcão de negócios costumeiro para obter apoio parlamentar, o governo golpista de Michel Temer ultrapassou os limites do escárnio. Agora usa a chantagem para forçar governadores a usar sua influência para convencer deputados federais a apoiarem a reacionária contra reforma da Previdência, cuja votação está prevista para ocorrer na Câmara dos Deputados em fevereiro próximo.

Furgões da 'Folha' voltam a cruzar as ruas

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

“O cacique petista se põe acima da lei; no desespero, aposta no descrédito da Justiça e da própria legitimidade do processo eleitoral”, diz a Folha, em editorial, ele sim desesperado.

A Folha mergulhou tão fundo no golpe de Estado de 2016, um golpe que ela não quer chamar de golpe, assim como tentou chamar a ditadura de “ditabranda”, que agora não sabe como sair dele. Nem consegue enxergar mais nada à sua volta.

Desorientada, a Folha se dispõe novamente (como fez na ditadura) a emprestar seus forgões ao regime de exceção, um regime desta vez não liderado por militares, mas por bandidos de toga.

Condenação de Pizzolato e a justiça de exceção

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

É preciso comemorar a notícia de que o ministro do STF Luiz Roberto Barroso decidiu conceder indulto a Henrique Pizzolato, um dos personagens centrais do julgamento da AP 470, o Mensalão, processo que inaugurou essa absurda etapa da vida brasileira na qual o Judiciário tornou-se a força central de nosso sistema político.

Numa tentativa de estimular a reflexão sobre aquele período e seus personagens, republico aqui um texto que escrevi em agosto de 2013, momento em que Pizzolato aguardava o julgamento de um recurso ao Supremo Tribunal Federal. O título original, “A Inocência Provada de Henrique Pizzolato” diz com clareza o que pensava na época – e penso hoje.

O avanço da direita nas Américas em 2017

Da Rede Brasil Atual:

Como no mundo todo, o continente americano também foi marcado pelo avanço da direita neoliberal em 2017. A eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos, deu novo ânimo a projetos neoliberais pelo continente, naquilo que o cientista político e sociólogo Emir Sader classifica como "restauração conservadora".

Após mais de uma década de governos progressistas em quase todo o continente, as forças políticas de direita se consolidam na Argentina do presidente Maurício Macri e, mais recentemente, com a volta ao poder do também empresário milionário Sebastián Piñera, no Chile.

Cúpula militar descarta Bolsonaro

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Antonio Lassance, no site Carta Maior:

Uma reportagem do Congresso em Foco aferiu opiniões de militares influentes na cúpula das forças armadas, na ativa e da reserva.

Para eles, Bolsonaro é "imprevisível" e "incapaz de dialogar". As alfinetadas no subalterno não param por aí:

"Peca por excesso de vaidade e de pretensão. Acha que sabe tudo e dessa forma fica difícil conversar”.

O mais importante, porém, não está nas linhas, mas nas entrelinhas da matéria.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

O Caixa-3 de Rodrigo Maia, o “Botafogo”

Por Altamiro Borges

Reportagem publicada na Folha nesta terça-feira (26) informa que a Polícia Federal encontrou indícios de que Rodrigo Maia, o capacho dos patrões que preside a Câmara Federal, recebeu grana indireta da Odebrecht, o chamado “caixa três”, para as suas campanhas eleitorais. A denúncia é grave, mas como o demo tem sido impecável na defesa dos interesses da cloaca empresarial logo deverá desaparecer do noticiário. “Em relatório de um dos inquéritos que investigam o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a PF apontou indícios de que suas campanhas receberam dinheiro de empresas a mando da Odebrecht, prática chamada pelos investigadores de ‘caixa três’”, descreve o jornalista Reynaldo Turollo Jr.

Waack demitido e a Globo em ‘pé de guerra’

Por Altamiro Borges

Na sexta-feira (22), a Rede Globo anunciou a demissão do outrora todo-poderoso William Waack. A rescisão do milionário contrato foi divulgada em nota assinada pelo diretor de jornalismo, Ali Kamel. Após elogiar a sua “excelência profissional”, ela afirma que o defenestrado e a empresa “decidiram que o melhor caminho a seguir é o encerramento consensual do contrato de prestação de serviços que mantinham”. Ela também tenta livrar a cara do ex-âncora do Jornal da Globo e do programa Painel, da GloboNews, que “reitera que nem ali nem em nenhum outro momento de sua vida teve o objetivo de protagonizar ofensas raciais”. Apesar das aparências de civilidade, há boatos de que a demissão foi traumática e de que o clima no império global não é dos melhores.

Aos golpistas só falta rezar

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Até outro dia, nas conversas a respeito da próxima eleição presidencial, a moda era falar na “terceira via”. Prossegue, mas agora com um componente novo: passou a ser de bom-tom descartar os resultados das atuais pesquisas de intenção de voto. Até alguns pesquisadores aderiram à novidade.

Embora nunca explícito, o raciocínio subjacente parece ser de que “estamos longe demais da eleição” e que somente “quando ela começar de fato” é que poderemos saber o que os eleitores farão em outubro. Por enquanto, as pesquisas pouco (ou nada) diriam.

Direita esperneia e exige privataria

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Confesso que meu lado obscuro se compraz com o esperneio derivado da pesquisa Datafolha que tomou de estupefação e inconformismo essa direitalha asquerosa que infecta o país.

Andei buscando as reações dessa escória e recolhi algumas pérolas.

Primeiro, as folclóricas.

Porta-voz de João Doria, Bolsonaro e Michel Temer, Joice Hasselmann desbundou e saiu logo xingando de burra a maioria esmagadora dos brasileiros que, por acaso, discorda dela. O problema é fazer isso em uma concessão pública de rádio. Mas, no Brasil, dono de meio de comunicação grande pode fazer o que quiser. Até sonegar impostos…

Os 12 meses que abalaram o Brasil

Por Pedro Rafael Vilela, no jornal Brasil de Fato:

Como numa volta ao seu pior passado, o Brasil termina 2017 com a sensação de ter perdido décadas em um ano. O governo golpista de Michel Temer (MDB), que ostenta uma reprovação de 77% da população, segundo dados do Ibope, vem patrocinando medidas para aprofundar ainda mais as desigualdades sociais e enfraquecer o Brasil no cenário internacional.

A volta da miséria e do desemprego em níveis alarmantes, além da retirada de direitos trabalhistas e, mais recentemente, a tentativa de restringir até a aposentadoria dos mais pobres formam a face mais perversa de um governo que só chegou ao poder depois de um golpe parlamentar que afastou uma presidenta eleita pelo voto direto.

Cantanhêde, Waack e os piores da mídia no ano

Por Pedro Zambarda de Araujo, no blog Diário do Centro do Mundo:

Num universo pleno de nulidades, eis os jornalistas que, em 2017, prestaram um serviço inestimável para desmoralizar sua própria profissão e uma imprensa já com a credibilidade no lixo.

1. Eliane Cantanhêde

A colunista que mais bajulou Temer (o que foi aquele Roda Viva, pelo amor de Deus?) atravessou 2017 com uma série de lambidelas constrangedoras em possíveis candidatos a destruir Lula.

Em 5 de fevereiro, ela fez uma previsão de Mãe Dinah sobre Temer que tinha o título apropriado de “Agora Vai”. Acabou fondo.


Carlos Marun é um Cunha explícito

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Carlos Marun, ontem, mostrou que veio para ser o Cunha explícito de Michel Temer, declarando, sem nenhum pudor, que o governo está trocando,financiamentos em bancos públicos por votos na reforma da Previdência.

“Veja bem, é uma ação de governo, sendo uma ação de governo, obviamente o nível de apoio que governador puder prestar a favor da reforma vai ser considerado nesta questão”, declarou.

As 10 piores maldades do governo golpista

Por Katia Guimarães, no blog Socialista Morena:

Tudo de ruim que aconteceu no Brasil em 2016 foi superado em 2017, e vem mais por aí. No país de Michel Temer, Aécio Neves e Romero Jucá, o golpe não tem fim. Mas se para uma coisa este ano serviu foi para deixar claro que o golpe não foi contra o PT e a presidenta eleita Dilma Rousseff, mas contra o cidadão brasileiro. Até mesmo parte dos coxinhas já reconheceu isso.

Recentemente, Temer justificou suas maldades: “Usei a minha impopularidade para fazer as reformas necessárias”, que “ninguém tinha coragem de fazer”. Sem dar a mínima para sua falta de legitimidade, o presidente postiço já planeja mais perversidades para 2018, como a “reforma” da previdência que fará o brasileiro trabalhar até morrer. Com seu fiel escudeiro e ministro do STF, Gilmar Mendes, Michel planeja ainda a aprovação de um semipresidencialismo no país. Sem qualquer consulta popular, como é do feitio de golpistas, uma pré-proposta já foi enviada ao Senado por Mendes para se transformar em emenda constitucional.