domingo, 13 de maio de 2018

Quem ocupa não tem culpa!

Por Juliana Cardoso, na revista Teoria e Debate:

O incêndio que pôs abaixo o edifício Wilton Paes de Almeida, conhecido também como Torre de Vidro, deixando desabrigadas mais de 100 famílias, mortos e desaparecidos – até o momento dois corpos encontrados e sete pessoas desaparecidas –, escancarou para a sociedade o drama da falta de moradia para as pessoas de baixa renda no Brasil. São 6 milhões de famílias sem teto e 7 milhões de imóveis vazios, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, Censo 2010).

O 13 de Maio e o negro no futebol

Por André Cintra, no site Vermelho:

Corinthians e Palmeiras voltam a duelar em Itaquera neste 13 de maio, data em que a assinatura da Lei Áurea completa 130 anos. Dos 22 jogadores que irão a campo, seis ou sete são negros – e a maioria é palmeirense. Mesmo afastado da imprensa esportiva desde a Copa do Mundo de 2014, tento conhecer a origem e a trajetória desses atletas em especial, até porque negros nem sempre foram bem-vindos no esporte.

"PF: A lei é para todos". Só que não!

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

No filme “Polícia Federal - A lei é para todos”, que conta a história da Lava Jato, a atriz Flávia Alessandra interpreta a personagem Bia, inspirada na delegada da força-tarefa Erika Mialik Marena. Para interpretar a heroína, a atriz esteve com a delegada, a quem qualificou como “doce”, “leve” e “sagaz”. Erika trabalhou até o final de 2016 na Lava Jato, quando foi transferida para Santa Catarina e comandou a operação Ouvidos Moucos. Flávia Alessandra não poderia imaginar que a “doce” delegada seria responsável pela investigação que destruiu a vida de um homem inocente.

A barbárie de dois anos do golpe

Por Emílio Rodriguez, no site Jornalistas Livres:

Hoje é o dia da vergonha….Cunha, Temer, MBL, Tucanos, Vem pra rua, Bolsonaro entre outros retiraram uma mulher honesta do poder e colocaram no poder Temer, aquele que já foi denunciado duas vezes, até por organização criminosa.

Esta turma se dizia contra a corrupção, mas usam uma justiça seletiva que pune os pobres e protege os nobres. Cadê as prisões dos tucanos? E o escárnio é total Paulo Preto livre e Lula preso. Cadê os responsáveis pelos tiros na caravana do Lula e no acampamento em Curitiba?

Beto Richa, Moro e os frouxos de riso

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

“Primo, você me causa frouxos de riso”, dizia o bordão de Paulo Gracindo, o Primo Rico, a Brandão Filho, o Primo Pobre, nos velhos programas humorísticos da TV Tupi.

Não há como lembrar disso diante da notícia de que o ex-governador Beto Richa, do PSDB, vai responder a inquérito policial por suposto recebimento de propina da Odebrecht, por ordem de Sérgio Moro.

Barroso, o avesso de Joaquim Nabuco

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Luís Roberto Barroso foi um aluno anódino da Faculdade de Direito da UERJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Como professor, teve seus méritos, mas foi mais um de um corpo docente brilhante. Espelho, espelho meu mostraria um arquipélago de estrelas, sem nenhum rei-sol se destacando.

Indicado Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), no entanto, nosso bravo Barroso ganhou a força. Como um menino com brinquedo novo, sua palavra passou a chegar ao público leigo e não bastava mais exarar conceitos de constitucionalista reputado ou do penalista sofrível. Ele passou a exercitar a opinião em todas as instâncias, em palestras, entrevistas, declarações, com uma falta de senso de ridículo própria dos grandes vaidosos vazios, valendo-se de um recurso dos palestrantes espertos: falar mal do país, deblaterar contra este país do jeitinho, da desonestidade, da malandragem, da falsa intimidade.

Minha mãe foi morta por ordem de Geisel

Por Octávio Costa, no Jornal do Brasil:

Filha da estilista Zuzu Angel, morta no governo Geisel, em 1976, a colunista Hildegard Angel não ficou surpresa com as revelações do memorando da CIA. Segundo ela, o gabinete de Geisel encomendou o atentado contra sua mãe, na saída do túnel Dois Irmãos, em São Conrado. O caso de minha mãe está mais do que esclarecido. Não foi um acidente mal esclarecido.

SUS 30 anos: ele está sob risco

Por Alexandre Padilha, na revista Fórum:

Após o golpe de 2016, O SUS está em risco. O governo golpista de Temer está sucateando nossa saúde pública. Eles fizeram isso ao aprovarem a PEC da Morte, que congela novos recursos por 20 anos para saúde. Além disso, ainda temos a proposta de flexibilizar as exigências e a revisão da lei de atendimentos para os planos de saúde e, agora, as tratativas nada transparentes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de aprovação do pagamento de franquia e coparticipação dos planos.

Um ano de Macron na França

Foto: Francois Mori/dpa
Por Eduardo Febbro, no site Carta Maior: 

O bom humor com que o periódico matutino Libération celebra o primeiro ano da presidência de Emmanuel Macron é um espelho reflete todas as pesquisas de opinião. A manchete diz: “a direita finalmente tem o seu presidente”. O homem que em algum momento disse ser “socialista” (em 2014) e que logo postulou à presidência com uma proposta “nem de esquerda nem de direita”, ou “ao mesmo tempo de esquerda e de direita”, se afiançou como um dirigente percebido como de direita. O ritmo acelerado das reformas e sua orientação liberal valeram a ele o adjetivo de “presidente dos ricos”, ao qual se agregou outra sentença, pronunciada pelo ex-presidente François Hollande, de quem Macron foi ministro de Finanças: “o presidente dos muito ricos”. 

Carta do MST ao povo brasileiro

Do site do MST:

O Brasil vive uma profunda crise econômica, política, social e ambiental, resultante da crise internacional do capitalismo e da própria incapacidade deste sistema em solucionar as contradições que gera. Neste contexto, as saídas autoritárias, como os golpes e ataques à democracia, tem sido a fórmula adotada para garantir uma violenta ofensiva neoliberal, que retira direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, ao mesmo tempo em que sequestra e subordina o Estado aos interesses de grandes grupos empresariais.

Datafolha prevê crise sem Lula na eleição

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O esforço descomunal da “justiça” para impedir que Lula tenha contatos políticos deriva do medo irracional que a direita acalenta de que o ex-presidente siga forte nas pesquisas. Se isso ocorrer e ele não disputar a eleição ou não indicar sucessor, o Brasil pode sofrer uma cataclísmica crise institucional que aprofundará a crise econômica e tocará fogo no país.

Chega a ser engraçado dizer que quem melhor elaborou a teoria de que o Brasil corre um grave risco de crise institucional se Lula continuar forte ou até se subir nas pesquisas e, depois, não participar da eleição sem indicar substituto, foi um dos artífices do desastre que o país vive hoje…



Relatório da CIA: o sangue nas mãos da Globo

Figueiredo e Roberto Marinho
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O Globo perpetrou um editorial canalha sobre o documento da CIA confirmando que Geisel controlava a política de extermínio de seu governo.

“Para as gerações mais novas, fica o ensinamento de como funciona um verdadeiro regime de exceção, instalado a partir de um golpe real, como foi o de 64, impondo uma ditadura radicalizada em 13 de dezembro de 1968, com a edição do Ato Institucional nº 5, o AI-5”, diz o texto.

130 anos de uma abolição inacabada

Do jornal Brasil de Fato:

Conservadora e curta, com pouco mais de duas linhas, a Lei nº 3.353, a chamada Lei Áurea, decretou, no dia 13 de maio de 1888, o fim legal da escravidão no Brasil. Mas se a escravidão teve seu fim do ponto de vista formal e legal há 130 anos, a dimensão social e política está inacabada até os dias atuais. Essa é a principal crítica de estudiosos e militantes dos movimentos negros à celebração do 13 de maio como o dia do fim da escravatura.

A promulgação da Lei Áurea foi uma ação recheada de pompa, como observado no registro fotográfico de António Luiz Ferreira, em que uma multidão aguarda do lado de fora do Paço Imperial, no centro do Rio de Janeiro, para a assinatura.

sábado, 12 de maio de 2018

O trailer oficial do filme "O Processo"

CIA, Globo, ditadores e genocidas

Por Jeferson Miola, em seu blog:

“genocídio
1 extermínio deliberado, parcial ou total, de uma comunidade, grupo étnico, racial ou religioso

genocida
1 relativo a genocídio
2 que ou quem perpetra ou ordena um genocídio”

Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa


Os memorandos da CIA sobre a ditadura civil-militar instalada com o auxílio da Globo em 1º de abril de 1964 revelam uma realidade ainda mais tenebrosa do regime sanguinário que a família Marinho apoiou durante todos os seus 21 anos de existência.


A origem oligárquica de Moro e Dallagnol

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos rostos mais famosos da força-tarefa da Operação Lava Jato, gosta de usar o Facebook para comentar a investigação. Em 23 de abril, compartilhou um artigo do jornal gaúcho Zero Hora que teorizava que a operação só seria possível em Curitiba. Em São Paulo, a grana não deixaria. No Rio, o problema seria a malandragem. Em Porto Alegre, a ideologia.

“Em Curitiba, há uma elite cultural parecida com a porto-alegrense, de boa formação cultural. Só que, em Curitiba, essa elite cultural está a salvo da tacanhice ideológica”, escreveu o jornalista e colunista David Coimbra. “Por estar longe demais das capitais, Curitiba teve tempo e ambiente para se transformar na matriz de uma nova casta de funcionários públicos que se formou no país.”

Não vale censurar Lula, Meritíssima

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ao encaminhar uma petição para a juíza Carolina Lebbos para entrevistar Lula na prisão, a Folha, o UOL e o SBT assumiram uma postura adequada ao atual momento político.

Basta lembrar que uma lei em vigor desde 1984 nas penitenciárias brasileiras autoriza entrevistas de condenados para considerar que seria uma vergonhosa forma de auto-censura deixar de ouvir o depoimento de um cidadão que, no atual momento, é um pré-candidato igual a todos os outros -- e só deixará essa condição caso seja impedido de concorrer, decisão que sequer foi tomada pela Justiça.

Do ponto de vista do jornalismo, o interesse também é evidente, pois se trata do líder absoluto em todas as pesquisas e simulações.

"Líderes do mundo inteiro, leiam Marx"

Por Pedro Oliveira, no site da Fundação Maurício Grabois:

Atenção! Este título não foi elaborado por nenhum órgão de imprensa socialista ou comunista. Foi editado para a publicação desta semana da revista mais importante do sistema econômico e financeiro do capitalismo: a The Economist, em um artigo que comemora os 200 anos do nascimento de Karl Marx, ocorrido em 1818.

Dois meses depois da fundação da revista The Economist, em setembro de 1843, que se auto-proclama “journal”, Karl Marx chegava a Paris, em novembro, com a tarefa de construir os Deutsch Franzosische Jahrbucher (O Diário Franco-Alemão), que deveria dar voz a escritores de oposição franceses e alemães.

Máfia da Merenda: Capez no banco dos réus

Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou ontem (9) denúncia contra o deputado estadual Fernando Capez (PSDB), por envolvimento na chamada Máfia da Merenda. Ele vai responder por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, com base na investigação iniciada com a operação Alba Branca, que desbaratou o esquema, que consistia no superfaturamento de produtos da Cooperativa Orgânica da Agricultura Familiar (Coaf) para fornecimento de merenda em escolas estaduais. Em troca de propina, Capez teria intermediado facilidades para contratação da Coaf.

Geisel, Figueiredo e a máquina de matar

Por Adriano Diogo, no site Outras Palavras:

O Brasil foi surpreendido com a revelação do pesquisador Matias Spektor sobre um documento da CIA relatando uma reunião do presidente Ernesto Geisel e generais que, em março de 1974, decidiram prosseguir com o programa macabro de execução sumária de opositores do regime. Geisel assumiu a Presidência da República e logo nomeou o general João Baptista Figueiredo para a chefia do SNI. O motivo da reunião era o relatório segundo o qual no governo Médici 104 pessoas teriam sido executadas. O documento, Centro de Informações do Exército (CIE), pedia autorização ao novo presidente e ao novo chefe do SNI para que as execuções continuassem. Geisel pediu um tempo para reflexão e logo deu luz verde a Figueiredo, orientando-o a supervisionar o programa de execuções, especialmente de “subversivos perigosos” para serem executados.